
Na �ltima ter�a-feira (14), algumas lojas da cidade amanheceram com faixas nas entradas: “Est�o matando nossas empresas e nossos empregos!”. A mensagem foi uma rea��o ao decreto da prefeita Simone Carvalho Moreira (PTB), que suspendeu as atividades comerciais n�o essenciais.
O com�rcio da cidade est� fechado desde o dia 21 de mar�o. A partir da�, os comerciantes v�m protestando para abrirem as lojas. Padarias, supermercados e bancos, considerados essenciais, continuam em funcionamento.
Com isso, comerciantes locais come�aram a questionar as aglomera��es em determinados pontos da cidade. “A avenida principal (Get�lio Vargas) est� lotada”, relata o presidente da Associa��o Comercial, Industrial e Presta��o de Servi�os de Jo�o Monlevade (Acimon), C�ssio Barros.
Comerciantes afirmam que h� uma grande quantidade de pessoas nos estabelecimentos permitidos a atender. Segundo a prefeita Simone Moreira, a fiscaliza��o de aglomera��es ocorre todos os dias. "Entretanto, este trabalho � dif�cil e encontra resist�ncia, situa��o semelhante � que vem ocorrendo em diversas outras cidades", afirma.
Em contraponto � faixa que pedia a volta geral do com�rcio, surgiu um cartaz colocado ao lado: “Sua vida e a vida da sua fam�lia valem + (mais). Fique em casa”. Respons�vel pela a��o, um estudante, que preferiu o anonimato, alega que h� uma maioria silenciosa contr�ria � retomada de atividades comerciais, por causa do risco de propaga��o da COVID-19.
“Eu sei que tem muita gente que est� com medo e prefere ficar em casa. Fiz este cartaz como uma forma de mostrar que a gente n�o est� sozinho. � um recado para trazer al�vio”, afirma o estudante. Ele diz ter acompanhado a repercuss�o sobre o cartaz nas redes sociais e afirma ter apoio a sua posi��o. “H� muitos moradores ficando em casa e seguindo a quarentena. � bom que aqueles que est�o na rua percebam que est�o fazendo errado”, completa.
O presidente da Acimon admite que at� mesmo entre alguns comerciantes h� temor se houver flexibiliza��o, enquanto aponta para o risco de fal�ncias. “A abertura (do com�rcio) � boa para o lado financeiro, mas, ao mesmo tempo, � ruim, pois o comerciante fica se expondo ao coronav�rus”.
Em contrapartida, Barros sustenta que os lojistas est�o preocupados com poss�veis fal�ncias. “� um momento de inseguran�a e tamb�m tem o lado da frustra��o. Ser� que eu vou conseguir abrir o meu com�rcio mais uma vez ou eu vou falir?”, questiona. “A sa�de (mental) dos lojistas tamb�m fica ruim”.

O representante de classe alega que os comerciantes est�o tendo dificuldades em se comunicar com prefeitura, o que tem sido feito virtualmente. “A prefeita est� afastada, mas o jur�dico est� respondendo por ela. S� que n�o estamos tendo respostas para as nossas d�vidas” reclama, sugerindo que t�m faltado informa��es e orienta��es oficiais. “Os lojistas que est�o assistindo � televis�o est�o com mais conhecimento sobre a doen�a”, comenta.
Entretanto, a prefeita Simone afirma que t�m ocorrido reuni�es com a CDL, Acimon, Pol�cia Militar e a Associa��o M�dica. "Estamos nos comunicando atrav�s de decretos municipais, mensagens no r�dio e nas redes oficiais de divulga��o, al�m de contatos com aquipe de secret�rios e assessoria da prefeitura", alega.
Na quarta-feira (15), reuni�o dos prefeitos do Vale de Piracicaba, decidiu que o com�rcio dessas cidades n�o ser� flexibilizado. A prefeita revela que n�o p�de comparecer � confer�ncia, onde foi representado por duas assessoras. E conta que tem evitado sair de casa, j� que mora com o pai, de 84 anos, pessoa do grupo de risco para a COVID-19. "Neste sentido, estou priorizando reuni�es on-line", completa.
SEM RELAXAMENTO
A Prefeitura de Jo�o Monlevade afirma que n�o h� inten��o de flexibilizar o funcionamento do com�rcio. "Estamos seguindo as diretrizes de Estado e, dessa forma, aguardamos orienta��es das autoridades m�dicas e sanit�rias. Al�m disso, para uma decis�o no sentido de flexibiliza��o, � necess�rio a conclus�o do hospital de campanha, bem como uma retaguarda no n�mero de leitos do Hospital Margarida (�nico da cidade e que atende parte dos munic�pios da regi�o)", afirma a prefeita Simone Carvalho Moreira.
*Estagi�ria sob supervis�o de