(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Coronav�rus: Montes Claros prorroga quarentena at� 30 de abril

Cidade ter� hospital de campanha com 70 leitos de baixa complexidade para abrir vagas para pacientes de COVID-19 no hospital municipal


postado em 18/04/2020 16:21 / atualizado em 19/04/2020 12:08

UPA onde será instalado o hospital de campanha em Montes Claros(foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)
UPA onde ser� instalado o hospital de campanha em Montes Claros (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)
A Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas, por meio de decreto, decidiu prorrogar at� 30 de abril a suspens�o das atividades do com�rcio e servi�os n�o essenciais no munic�pio, dentro das medidas do isolamento social contra a transmiss�o do coronav�rus (COVID-19). Foi alterada a validade decreto anterior, que previa o fechamento do com�rcio at� a pr�xima ter�a-feira (21). At� agora, a cidade teve confirmados cinco casos e uma morte por conta do coronav�rus. Foram 1.169 pacientes suspeitos e 295 casos est�o sob investiga��o.

Em entrevista ao Estado de Minas neste s�bado (18), o prefeito de Montes Claros, Humberto Souto (Cidadania), antecipou uma s�rie de medidas que pretende adotar nos pr�ximos dias para o refor�o contra a COVID-19. Ele disse que vai implantar um hospital de campanha com cerca de 70 leitos, criar uma ala em um hospital municipal com mais 40 leitos e implantar tamb�m barreiras sanit�rias nas entradas da cidade.

Al�m disso, Souto cobra dos governos Federal e Estadual a cria��o de um hospital de campanha “regional” em Montes Claros, para o recebimento de pacientes de v�rios munic�pios, considerando que a cidade � o segundo entroncamento rodovi�rio nacional. 

ABAIXO-ASSINADO

Neste s�bado, um grupo de comerciantes come�ou a recolher assinaturas em um abaixo-assinado no centro da cidade, pedindo a reabertura do com�rcio local. Os l�deres do movimento alegam que, se as atividades continuarem paralisadas, muitos comerciantes v�o quebrar e a cidade ter� desemprego em massa. Com esses argumentos, anunciaram que v�o entrar com um mandado de seguran�a na Justi�a, solicitando a flexibiliza��o das medidas restritivas do isolamento social

Em resposta, Humberto Souto alegou que o fechamento dos estabelecimentos comerciais para impedir a transmiss�o do coronavirus n�o est� sendo feito somente pela vontade ele. “O que est� em jogo � um processo que est� sendo feito no mundo todo, que � o isolamento social. N�o � Montes Claros, isoladamente, que est� fazendo isso, � Nova York, Londres, S�o Paulo, Rio (de Janeiro), Belo Horizonte... e assim por diante. � um processo mundial, recomendado pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS)”, comentou. “N�o �  apenas o prefeito de Montes Claros, pelo seu bel prazer, que est� fazendo isso.. N�s somos apenas um pontinho no mapa”, completou o chefe do Executivo.
Sobre o recurso judicial, ele disse: “� bom que se fa�a um mandado de seguran�a. Vamos ver o que vai decidir o juiz. � assim que funciona a democracia”. 


POLITIZA��O

Na entrevista ao EM, Humberto Souto, condenou a “politiza��o” das medidas de isolamento social, lembrando que o foco das medidas � a preven��o contra a Covid-19, que � uma doen�a grave. “N�o se pode politizar as medidas de isolamento social. As a��es s�o tomadas seguindo uma politica mundial de prote��o � vida”, afirmou. 

Ele tamb�m criticou o posicionamento das pessoas que “est�o vendo somente o lado do com�rcio e da economia” e, por meio das redes sociais,  tentam influenciar outras contra o isolamento social. Lembrou que muitos indiv�duos se deixam levar por outras no “efeito manada”. “As pessoas precisam ser conscientes para n�o levarem � sociedade a uma posi��o irracional. Temos que evitar o efeito manada, em que as pessoas agem sem pensar  e v�o na onda . E, como uma boiada estourada, que passa por cima de tudo”, alertou. 

O prefeito afirmou que ainda n�o pode permitir a abertura do com�rcio n�o essencial, como cobram os empres�rios, porque o munic�pio ainda n�o atende aos quatro requisitos estabelecidos pelo Minist�rio da Sa�de para a flexibiliza��o do isolamento social. O primeiro deles � ter a ocupa��o de leitos hospilares limitada a 50%. Segundo o prefeito, a lota��o dos hospitais da cidade, ultrapassa a 80%, situa��o que j� ocorria antes da pandemia porque o munic�pio recebe pacientes do Sistema �nico de Sa�de (SUS) de todo o Norte de Minas.

Os outros crit�rios para exigidos para o relaxamento das restri��es s�o: boa quantidade de respiradores, realiza��o de um grande n�mero de testes de diagn�stico do coronavirus e aquisi��o de uma quantidade suficiente de Equipamentos de Prote��o Individual (EPIs) para todos os profissionais dos servi�os de sa�de da cidade. 

 
HOSPITAL REGIONAL

Humberto Souto anunciou que a Prefeitura de Montes Claros vai implantar um hospital de campanha com 70 leitos na Unidade Pronto de Atendimento (UPA) que est� em fase de acabamento no Bairro Chiquinho Guimar�es, regi�o sul da cidade. O Objetivo do hospital de campanha � receber pacientes de baixa complexidade, com diferentes enfermidades - ou vitimas de acidentes, a fim de “liberar” os leitos dos outros hospitais do munic�pio mais estruturados, para o atendimento aos pacientes da COVID-19, sobretudo, os casos graves.

Com o mesmo prop�sito e tamb�m em car�ter emergencial, ele anunciou que a prefeitura abrir uma nova ala no Hospital Municipal Alpheu de Quadros, onde ser�o oferecidos mais 40 leitos. A nova ala ser� instalada no terceiro pavimento do pr�dio do Hospital Alpheu de Quadros, onde h� espa�o ocioso. 

Por outro lado, Souto cobra da Uni�o e do governo Estadual a implanta��o de um hospital de campanha regional  em Montes Claros. “Tem que ser levada em conta a posi��o geogr�fica de nossa cidade, que atende pacientes de mais de 100 munic�pios. Al�m disso, Montes Claros � o segundo maior entroncamento rodovi�rio nacional. O Governo do estado e o Governo Federal precisam avaliar essa situa��o e implantar aqui um grande hospital de campanha”, sugere o chefe do executivo municipal.

Ele informou que, nos pr�ximos dias, a prefeitura vai implantar barreiras sanit�rias nas entradas principais da cidade, com  o cadastramento e medi��o da temperatura de todos os indiv�duos que chegarem ao munic�pio. Todos os visitantes - mesmo assintom�ticos – ser�o orientados a permanecer sete em dias em casa, com agentes de sa�de indo as resid�ncias, para conferir o cumprimento da quarentena. “O indiv�duo precisa entender que o objetivo � prote��o dele pr�prio e proteger os outros tamb�m”, assegura Humberto Souto, de 85 anos, que, por ser integrante do grupo de risco, est� em quarentena h� mais de 20 dias, sem sair de casa.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)