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Estado de Minas C�RREGO DO FEIJ�O

Drama s� diminui com fim do isolamento


postado em 21/04/2020 04:00 / atualizado em 20/04/2020 22:36


Sem comércio no Córrego do Feijão, Claudineia Oliveira tem de 'viajar' a Brumadinho para comprar mantimentos(foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)
Sem com�rcio no C�rrego do Feij�o, Claudineia Oliveira tem de 'viajar' a Brumadinho para comprar mantimentos (foto: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)

A situa��o de abandono, inclusive sem transporte p�blico para ligar a comunidade do C�rrego do Feij�o ao Centro de Brumadinho, s� deve passar mesmo com o fim dos decretos de isolamento social. Desde 23 de mar�o, a comunidade, que fica a 12 quil�metros do Centro da cidade, n�o tem mais meios p�blicos de transporte, uma vez que a mineradora Vale removeu as tr�s linhas existentes, com viagens feitas por seis ve�culos de transportes de passageiros, como mostrou na edi��o de ontem com exclusividade a reportagem do Estado de Minas.

O argumento � que o transporte promoveria aglomera��o de pessoas e por isso foi interrompido pela empresa. O C�rrego do Feij�o foi a comunidade mais arrasada pelo rompimento da Barragem B1 da Mina C�rrego do Feij�o, o desastre com ruptura de barramento mais letal do Brasil, com 270 mortos, sendo que 11 corpos ainda permanecem desaparecidos.

Com isso, seguem os dramas de quem ainda n�o abandonou a comunidade arrasada e sofre com a falta de meios de transporte. Como o da dona de casa Maria Gon�alves Braga, de 82 anos, que tem de encontrar carona, muitas vezes debaixo de chuva, para ver os parentes quando sai de Casa Branca, um outro bairro do munic�pio, onde ela mora e que fica a 13 quil�metros do C�rrego do Feij�o.

Outra que reclama do que considera um “descaso” � a ajudante de servi�os gerais Claudineia Carvalho Oliveira, de 36 anos. Ela e a filha, que sofre de bronquite n�o podem comprar nada no C�rrego do Feij�o, porque os comerciantes fecharam suas portas. Para ir a Brumadinho, a 12 quil�metros de dist�ncia, precisariam contratar um t�xi. O custo do transporte individual tem sido de cerca de R$ 70 e � disso que dependem para fazer supermercado, comprar medicamentos e outros artigos de primeira necessidade dos quais a comunidade n�o mais disp�e. O transporte era realizado a cada duas horas nos trechos do C�rrego do Feij�o a Brumadinho (tr�s �nibus), Casa Branca a Brumadinho (dois �nibus) e Cantagalo a C�rrego do Feij�o (uma van).

A Prefeitura de Brumadinho reiterou que o decreto que instituiu o isolamento social e resultou no fechamento dos com�rcios que resistiam no C�rrego do Feij�o foi necess�rio. Em nota, a administra��o municipal declarou que o Decreto 54 segue as orienta��es do governo do estado, Minist�rio da Sa�de e OMS. “Determina o fechamento do com�rcio, exceto servi�os essenciais, como mercados, mercearias, padarias, a�ougues, farm�cias. Lanchonetes e restaurante, apenas para entrega. � uma medida dura, mas importante neste momento de transmiss�o do coronav�rus”, informou.

Contudo, a administra��o municipal discorda da suspens�o do transporte. “Quanto ao transporte, a Vale, respons�vel pelo servi�o, cortou justamente pela aglomera��o de pessoas dentro dos �nibus. A prefeitura j� notificou a Vale para tentar pensar em uma alternativa”.

A mineradora Vale informou que “o cuidado com as fam�lias j� afetadas pelo rompimento da barragem I, em Brumadinho, � o principal objetivo das medidas adotadas pela Vale. A retomada do transporte de pessoas foi uma das primeiras a��es com esse fim. No entanto, com o in�cio da pandemia da COVID-19 e seguindo as recomenda��es das autoridades de sa�de de distanciamento social, o mesmo foi interrompido em 23 de mar�o. A Vale ressalta que o mesmo ser� retomado assim que o cen�rio de sa�de p�blica for normalizado”.




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