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Estado de Minas Inova��o

Primeiro equipamento port�til para desinfec��o de m�scaras contra COVID-19 � validado na Unicamp

Hospitais, unidades de sa�de e empresas ser�o beneficiados com invento acess�vel para reusar m�scaras e EPIs


25/04/2020 13:53 - atualizado 25/04/2020 13:53

(foto: Fernando Zhiminaicela/Pixabay )
(foto: Fernando Zhiminaicela/Pixabay )


Um dos maiores gargalos e desafios que hospitais e outras unidades de sa�de, al�m de empresas de diversos segmentos, t�m passado no enfrentamento da pandemia do novo coronav�rus est� relacionado � desinfec��o dos chamados equipamento de prote��o individuais (EPIs), como m�scaras, luvas, al�m instrumentos cir�rgicos etc.

Por�m, essa situa��o ir� mudar ainda neste m�s de abril, j� que de modo in�dito um renomado centro de pesquisa atestou e indicou um novo aparelho em condi��es reais e imediatas de uso com efici�ncia para desinfec��o de v�rus da fam�lia coronav�rus.

Com testes iniciados h� pouco mais de tr�s semanas, Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, atestou por meio de laudo liberado no dia 23 de abril, que um aparelho que utiliza o g�s oz�nio, desenvolvido por uma empresa de Piracicaba (SP), � indicado para inativar os coronav�rus de EPIs como m�scaras.

� o primeiro laudo do g�nero no Brasil emitido tendo inclu�dos v�rus da fam�lia coronav�rus nos testes.

Para utilizar o aparelho n�o h� necessidade de qualquer pr�-disposi��o para instala��o, a n�o ser uma tomada el�trica.

A m�quina pode fazer at� 20 ciclos por dia, cada um com dura��o de uma hora, totalizando 1 mil unidades de m�scaras em condi��es de reuso ap�s o processo de limpeza.

Depois desse per�odo, os EPIs podem ser reutilizados, conferindo seguran�a aos usu�rios e permitindo reduzir a depend�ncia de insumos, cada vez mais raros no mercado e com custos altos por conta da pandemia, al�m da diminui��o de lixo hospitalar gerado, um problema que vem se agravando com a crise.

"Durante os testes na Unicamp, usamos um ciclo de 45 minutos para desinfec��o viral por meio do oz�nio", explica o empres�rio e inventor Carlos Heise, da Panozon Ambiental, empresa do interior paulista respons�vel pela produ��o dos novos aparelhos e cuja capacidade atual � fabricar 2 mil m�quinas por m�s.

Os testes foram conduzidos pela profª drª Clarice Weis Arns, que assina o laudo e est� ligada ao Laborat�rio de Virologia do Departamento de Gen�tica, Evolu��o e Bioagentes do Instituto de Biologia da Unicamp.

A conclus�o do laudo diz: "Considerando que houve inibi��o da infec��o viral na m�scara, pode-se concluir que a mistura do g�s oz�nio gerado a 45 minutos de exposi��o mais tecido da m�scara foi eficaz para a inativa��o de part�culas virais do coronav�rus e, portanto, recomendamos o uso como potencial agente desinfectante para as m�scaras testadas".

Carlos Heise relata que a prioridade � atender pedidos da �rea de sa�de, a chamada linha de frente no combate � pandemia. Segundo ele, como a tecnologia � 100% nacional, no caso de necessidade de aumento de produ��o, a linha de produ��o da empresa pode ser ampliada.

O g�s oz�nio � conhecido h� d�cadas como um poderoso desinfectante para v�rus, bact�rias e fungos. "V�rus encapsulados como o H1N1 e os da fam�lia coronav�rus n�o resistem � a��o do oz�nio, que destr�i a camada lip�dica protetora desses tipos de organismos. O desafio era testar com o coronavirus, que � o grande problema mundial atualmente e, felizmente, o aparelho foi efetivo na elimina��o das amea�as", comemora Carlos Heise.

O desenvolvimento do aparelho foi r�pido, conta o empres�rio paulista: "J� temos quase 20 anos de experi�ncia do segmento, com dezenas de aplica��es e aparelhos para tratamento de �gua e ar com oz�nio. Como j� temos um aparelho para desinfec��o de ar ambiente optamos por adapt�-lo com o in�cio desta crise mundial para esta nova fun��o. Ele trabalha com desinfec��o a seco e com temperatura ambiente, permitindo que o g�s do oz�nio penetre em todos os pontos dos EPIs, inclusive nos poros dos tecidos das m�scaras. Este � um diferencial do aparelho em rela��o aos que se valem de luz ou l�quidos para a mesma finalidade", detalha o inventor, que � engenheiro eletr�nico formado pela pr�pria Unicamp.

Carlos Heise informa ainda que qualquer material que n�o seja oxid�vel (exemplos: objetos pl�sticos, de vidro, de a�o inoxid�vel, m�scaras, ferramentas, panos e canetas entre outros) poder� ser esterilizado na m�quina, refor�ando a facilidade de uso: "Basta ligar o aparelho na tomada e coloc�-lo num lugar firme e seguro como uma mesa ou estante. A partir da� o uso � imediato. O consumo de energia � baixo, uma vez que a pot�ncia da m�quina � de apenas 70W. O g�s O3, o oz�nio, � gerado a partir do pr�prio oxig�nio, o O2 do ambiente, n�o sendo necess�rio qualquer outro insumo adicional", explica Carlos Heise.

Outra inova��o do aparelho desenvolvido em Piracicaba e com recomenda��o da Unicamp para eliminar coronav�rus � que ele tem sensor de falha para garantir que o oz�nio gerado � suficiente para cumprir seu objetivo.

Carlos Heise enfatiza a import�ncia desse diferencial para a seguran�a dos usu�rios com uma pergunta: "Como garantir que os EPIs e outros objetos v�o sair totalmente esterilizados uma vez que n�o enxergamos os v�rus e n�o sabemos quanto tem de oz�nio dentro da c�mara durante a aplica��o?"

CABINE DE DESINFEC��O POR OZ�NIO


No �ltimo dia 23 de abril, a Prefeitura de Piracicaba instalou na base local do Samu um equipamento doado pela Panozon Ambiental S/A, que tamb�m utiliza oz�nio para desinfec��o por meio de pulveriza��o de �gua numa estrutura de cabine. Este aparelho � projetado para locais de grande circula��o, como entradas de edif�cios, f�bricas e supermercados.

"Esse equipamento inclui o gerador de oz�nio e a estrutura da cabine. Voc� tamb�m pode utiliz�-lo junto com seu sistema de pulveriza��o de �gua, garantindo maior seguran�a para todos. Ap�s a instala��o do equipamento no reservat�rio de �gua, o equipamento produz oz�nio suficiente para manter um residual do g�s dissolvido na �gua. Ap�s o acionamento da bomba, haver� a aspers�o do oz�nio dissolvido na �gua em forma de got�culas", destaca Carlos Heise.


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