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Estado de Minas

BH tem a segunda menor taxa de casos de coronav�rus entre as capitais

�ndice � de 21,7 diagn�sticos positivos por 100 mil habitantes, maior apenas que o de Curitiba, de 20,9. Letalidade fica em 2% na capital mineira


postado em 29/04/2020 06:00 / atualizado em 29/04/2020 07:19

Pessoas transitam usando máscaras no Centro de BH: obrigatoriedade do acessório e adoção de medidas para reduzir movimentação sustentam combate à propagação da doença(foto: Edésio Ferreira/Em/D.A Press)
Pessoas transitam usando m�scaras no Centro de BH: obrigatoriedade do acess�rio e ado��o de medidas para reduzir movimenta��o sustentam combate � propaga��o da doen�a (foto: Ed�sio Ferreira/Em/D.A Press)


As pr�ticas de preven��o, afastamento social e a��es adotadas em Belo Horizonte garantiram at� agora, segundo dados oficiais, uma situa��o de controle sobre a pandemia do novo coronav�rus (Sars-Cov-2) e menos danos ante as demais capitais brasileiras. Segundo dados do Minist�rio da Sa�de e das secretarias municipais e estaduais da �rea, compilados pela reportagem do Estado de Minas, BH � a pen�ltima em volume de casos comparados � sua popula��o, de 2,5 milh�es, apresentando uma taxa de 21,7 diagn�sticos confirmados da COVID-19 por 100 mil habitantes (entre as 50 cidades com mais casos do Brasil). O �ndice s� perde para o de Curitiba, que � de 20,9 por 100 mil habitantes (confira a tabela). As a��es refletem tamb�m na mortalidade de doentes, que faz de BH a quarta capital com menos �bitos entre os que adoeceram, com uma taxa de 2%, acima apenas de Porto Velho (1,7%), Florian�polis (1,6%) e Boa Vista (0,8%).

O resultado de um controle de casos e mortes t�o efetivo � uma curva de evolu��o de �bitos com avan�o suave, ao longo de 45 dias de circula��o da doen�a na capital mineira. Nesse per�odo, os registros de 11 pacientes que n�o se recuperaram e faleceram ocorreram em nove datas. O desempenho se aproxima ao de Vit�ria, capital com um �bito a mais. Contudo, a popula��o capixaba � sete vezes menor, com 362 mil habitantes. A distribui��o dos casos � tamb�m mais abrupta, com os 12 �bitos ocorrendo em sete dias, o que garantiu uma escalada mais dr�stica de �bitos, em 42 dias de circula��o da doen�a. Para se ter uma ideia, a taxa de doentes por 100 mil habitantes de Vit�ria � mais de cinco vezes a de BH, com 115,7, enquanto a letalidade da doen�a alcan�ou 2,9%.

Os baixos n�meros de Belo Horizonte tamb�m destoam fortemente das capitais com volume populacional de mesmo patamar. Como Bras�lia, de 3 milh�es de habitantes e taxa de 34,9 casos por 100 mil residentes (1,6 vezes a capital mineira); Salvador, de 2,9 milh�es e taxa de 50 por 100 mil (2,3 vezes); Fortaleza, de 2,7 milh�es e taxa de 187 por 100 mil (8,6 vezes); e Manaus, de 2,2 milh�es com registro de 124,7 por 100 mil (5,7 vezes).

Esse quantitativo de casos e de mortes da capital mineira � uma realidade praticamente paralela se comparado ao das maiores capitais nacionais, todas com curvas bruscas e acendentes. S�o Paulo por exemplo, como epicentro da pandemia no Brasil, figura em todas as tabelas com os piores resultados e uma taxa de mortes por 100 mil habitantes de 110,3, cinco vezes a belo-horizontina, enquanto os cariocas apresentam 78,3 por 100 mil, �ndice 3,6 vezes os registros de BH.

De acordo com a Secretaria Municipal de Sa�de de Belo Horizonte (SMSA), v�rios fatores contribu�ram para uma situa��o menos cr�tica na capital mineira. O subsecret�rio de Promo��o e Vigil�ncia � Sa�de, Fabiano Pimenta, destaca tr�s como os principais pilares que sustentaram o controle mais efetivo sobre a transmiss�o do v�rus. “Primeiro foi a op��o clara da prefeitura pela preserva��o da vida, com a busca de se evitar aglomera��es. Em segundo lugar, trabalhamos com dados confi�veis para manter ou ampliar as medidas tomadas e as a��es preventivas, conscientizando a popula��o sobre a necessidade da etiqueta da tosse (usando cotovelo para aparar e mantendo dist�ncia), al�m do uso de m�scaras. O terceiro � a abrang�ncia da rede assistencial, do Sistema �nico de Sa�de consolidado”, afirma.

O subsecret�rio destaca, ainda, que a cobertura da sa�de muitas vezes n�o � valorizada como importante para os trabalhos de preven��o, mas � uma estrutura fundamental. “Por exemplo, tivemos uma campanha de vacina��o contra a gripe e o munic�pio est� com coberturas excelentes. N�o � contra o novo coronav�rus, mas ajuda ao profissional m�dico a fazer um diagn�stico preferencial (j� que a incid�ncia de doen�as que provocam s�ndrome gripal ficar�o reduzidas). Essa cobertura, nos idosos, chegou a 100%, mas n�o se reverteu em filas e aglomera��es que seriam perigosas, porque conseguimos a parceria com farm�cias e outros locais para atend�-los separadamente de pessoas que poderiam transmitir a COVID-19”, destaca Pimenta.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Autoridades receitam uso de recursos privados

O drama das 23 capitais brasileiras com mortalidade de doentes do novo coronav�rus acima de Belo Horizonte e 25 com n�mero de casos afetando proporcionalmente mais pacientes de sua popula��o � destacado por nota t�cnica divulgada pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Minist�rio da Sa�de. Justamente devido � aglomera��o que � inerente a essas realidades, em seus sistemas de transporte, servi�os de sa�de e abastecimento. Uma das sa�das para evitar o estrangulamento do sistema de sa�de p�blico quando a dissemina��o da doen�a foge ao controle, pode ser a utiliza��o de espa�os particulares para o tratamento dos doentes. “H� muitos desafios para comportar a demanda por cuidados em centros de maior aglomera��o populacional, onde j� s�o maiores os n�meros de casos de COVID-19, mas tamb�m se situam mais recursos. A possibilidade de regula��o �nica dos recursos p�blicos e privados precisa ser considerada fortemente”, sugere a nota.

A avalia��o leva em conta tamb�m a distribui��o dos casos pelo Brasil e os efeitos sendo agravados onde h� menos disponibilidade de recursos. “Em termos gerais, as an�lises apontam as enormes diferen�as regionais na disponibilidade dos recursos hospitalares considerados, com �reas amplas de vazios nas regi�es Norte e Nordeste e maior concentra��o de recursos nas regi�es Sul e Sudeste”.

O distanciamento social e as medidas preventivas figuram com destaque como sendo as a��es que fazem com que cidades como Belo Horizonte tenham um controle maior dos casos e mortes. “As medidas para minimizar a circula��o de pessoas continuar�o sendo fundamentais para diminuir os n�veis de transmiss�o da COVID-19, atenuar a propaga��o acelerada do v�rus, distribuir a demanda por atendimentos no tempo e evitar colapso do sistema de sa�de, mesmo sem desconsiderar que simultaneamente outras iniciativas de preven��o e tratamento sejam implementadas”, informa a nota.
 

O que � o coronav�rus?

Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

Como a COVID-19 � transmitida?

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia


Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o coronav�rus � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

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