
“T�nhamos s� op��o de voltar de avi�o e largar o carro para tr�s. E � o que estamos fazendo. O carro vai ficar na casa de um amigo, na garagem dele. Assim que passar essa crise, voltaremos para busc�-lo e, talvez, seguir para a viagem dos nossos sonhos”, contou Andr�.
A pandemia obrigou o casal a desistir da viagem quando estava na cidade chilena de La Serena, no Norte do pa�s. ‘Depois de quarenta dias em La Serena, chegamos nessa ter�a a Santiago no final da tarde. Conseguimos remarcar nosso voo. N�o � um voo de repatria��o. Tivemos que desembolsar R$3.600,00 (o casal) para voar de Santiago at� Guarulhos (Aeroporto de Cumbica).”
H� dois anos, Andr� e J�lia come�aram a planejar a viagem para percorrer as Am�ricas de carro. Os dois venderam v�rios bens e compraram um Chevrolet 51, adaptando-o com um dormit�rio e pequena cozinha. A viagem come�ou em Belo Horizonte em maio de 2018. Em outubro do ano passado, eles sa�ram do pa�s rumo � Argentina. De l�, seguiram para Chile, quando foram surpreendidos com a crise do coronav�rus.
Al�vio em Portugal
Uma boa not�cia para os 30 brasileiros que ficaram fora do voo de repatriamento no �ltimo domingo, em Lisboa, Portugal. O drama deles chegou ao fim. O Consulado-Geral do Brasil confirmou para essa quinta-feira um novo voo de repatria��o.
Nesse voo estar� a restauradora mineira Samya Gabriela Gon�alves, de 33 anos. “Gra�as a Deus vamos embora. Valeu pela luta, pela persist�ncia nossa, de ficar aqui dormindo no frio, do lado de fora do aeroporto, desde o �ltimo s�bado.”
Nesta quarta, funcion�rios do Consulado estiveram no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, acompanhados de viaturas policiais portuguesas. Os brasileiros que constavam na lista pr�via, feita no fim de semana passado, foram confirmados no voo desta quinta e levados para a parte interna do aeroporto.
Um segundo grupo, que n�o estava na lista, permanece em Portugal. Todos foram levados para um hostel.
Drama de uma senhora
J� a mineira Gislane Esteves Silva, de 62 anos, que foi a Portugal para acompanhar a irm�, Elane, no nascimento do neto, n�o conseguiu ainda contato com o Consulado. Ela precisa retornar urgentemente, pois cuida de dois netos, um deles, especial. Al�m disso, toma rem�dios controlados, que est�o por terminar.
“N�o consigo falar no Consulado e nem por meio de contatos em grupos sociais. Por isso, vou ainda de madrugada, nessa quinta-feira, para tentar esse contato, e tentar fazer parte do voo de volta ao Brasil”, disse.
