
Todos teriam recebido prazo de at� segunda-feira para que as c�pias dos documentos sejam enviados. O problema, segundo ele, � que muitos brasileiros est�o em Debrecen, como � o caso dele, e correm o risco de os vistos expirarem.
“O dinheiro que temos aqui � da bolsa do governo H�ngaro. Essa bolsa vai at� junho. Depois disso a situa��o poder� se complicar, pois em junho estar�o vencendo os alugu�is e ningu�m mais ter� receita, ou seja, dinheiro para sobreviver. Vamos passar dificuldades. Por isso, estamos com pressa.”
Victor diz que o mais importante para todos os brasileiros – s�o 46 cadastrados no grupo – � ter uma via de sa�da da Hungria. "O espa�o a�reo est� fechado aqui na Hungria, assim como em todos os pa�ses europeus", destaca.
Ele diz que tem uma passagem comprada, pela TAP, para o princ�pio de junho, mas que o voo j� est� cancelado. “Pelo menos agora conseguimos um contato e uma resposta com o Consulado. N�o existe nada de concreto para a nossa sa�da daqui, mas pelo menos j� obtivemos uma resposta. Existe uma linha de emerg�ncia aberta pelo Consulado para ajudar quem tem problemas de sa�de ou de fome. Mas esperamos n�o chegar nesse ponto.”
At� ontem, segundo Victor e Larissa, cerca de 20 pessoas j� haviam enviado a c�pia do documento solicitado para o grupo. Ele espera que seja dada uma solu��o assim que remeterem os documentos.
Agonia
J� o engenheiro mineiro Francisco Almeida, de 58, vive a agonia de ter um filho na Hungria e n�o saber quando nem se ele conseguir� retornar ao Brasil. “Meu filho, Pedro Almeida, de 23 anos, � estudante de mecatr�nica. Faz o curso na PUC, mas est� na Hungria fazendo est�gio na Eaton, empresa norte-americana, que fica na capital Budapeste. Antes ele esteve na Alemanha, tamb�m estagiando. Tem visto alem�o. Espero que, se n�o conseguir voltar, pelo menos possa retornar � Alemanha.”
A incerteza vem deixando Francisco agoniado. “Ele precisa voltar. Primeiro, porque aqui est� a fam�lia dele. E tamb�m tem de concluir o curso aqui em BH. O pior � n�o ter certeza de nada. Espero, sinceramente, que o Itamaraty tome uma provid�ncia e que possa ter meu filho de volta.” Pedro est� na Europa h� um ano.