
Em Montes Claros, no Norte de Minas, no entanto, a medida n�o cumpriu o objetivo desejado nesta manh�. Como na quinta-feira passada, foi formada uma fila quilom�trica para o saque do benef�cio na ag�ncia da CEF, no Centro da cidade. As pessoas usaram m�scaras, cumprindo exig�ncia prevista em decreto municipal, mas ficaram pr�ximas umas das outras, sem obedecer a dist�ncia m�nima (de 1,5 metro) recomendada pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) para se evitar a transmiss�o do v�rus.
A Policia Militar auxiliou na organiza��o da fila, que se estendeu ao longo de quatro quarteir�es, por�m sem conseguir que as pessoas ficassem afastadas entre si. Pr�ximo � entrada da ag�ncia central da Caixa, na Rua Doutor Santos – uma das mais movimentadas no Centro comercial da cidade, a Empresa Municipal de Tr�nsito de Montes Claros (MCtrans) precisou colocar cones no local para evitar atropelamentos.
As aglomera��es ocorreram tamb�m nas portas de outros bancos, na �rea central de Montes Claros. Houve quem se aproveitasse da concentra��o para faturar. Foi o caso do ambulante Pedro Dami�o, que, al�m da �gua mineral (R$ 2 a garrafa de 500ml), passou a comercializar outro produto que pouco conhecia: �lcool em gel – vendido por ele a R$ 1,50 o frasco de 70 ml.
Mesmo confessando estar satisfeito com o faturamento, Dami�o reclamou do risco de transmiss�o do v�rus. “As pessoas ficam muito perto umas das outras. Isso � muito perigoso”, disse o ambulante, que usava m�scara. Ele comemorou dizendo que havia vendido “tr�s fardos” (36 garrafas) de �gua mineral.
A fila para o auxilio emergencial na ag�ncia Centro da Caixa Econ�mica Federal em Montes Claros come�ou a ser formada no meio da madrugada desta segunda. “Cheguei aqui �s 2h”, afirmou o mototaxista Joel Vicente Pereira, de 55. que s� por volta das 10h conseguiu entrar no banco. O mesmo sacrif�cio foi enfrentado pela diarista Solange Souza Dias.
A tamb�m diarista Josiane Ribeiro da Silva informou que chegou ao local �s 6h e �s 10h ainda estava na fila. Josiane disse que estava ansiosa para receber os R$ 600 “salvador”. “Estou desempregada e esse dinheiro vai servir para fazer a feira e “pagar os “compromissos” (contas de �gua e luz)”, afirmou a diarista, que mora no Bairro S�o Geraldo II (afastado tres quil�metros da sede urbana de Montes Claros). Josiane disse ainda que na casa dela moram seis pessoas.