postado em 11/05/2020 04:00 / atualizado em 11/05/2020 10:11
Eduardo Montenegro tem forma��o em seguran�a de sistema, mas chegou a trabalhar como motorista de aplicativo e agora atua como corretor de im�veis (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Enquanto a situa��o de algumas pessoas que foram entrevistadas no ano passado pela reportagem do EM continua a mesma na luta pela recoloca��o no mercado de trabalho, h� tamb�m aqueles que conseguiram empregos e hoje est�o em condi��es melhores. � o caso de Eduardo Montenegro, p�s-graduado em seguran�a de sistemas, e que na �poca, come�ou a trabalhar de motorista de aplicativo depois de ser dispensado da empresa onde trabalhava h� anos.
''Comecei a pesquisar sobre o mercado de investimento e corretagem e comecei a trabalhar em uma imobili�ria. N�o sou contratado, sou corretor associado, vendo im�vel e ganho comissionamento''
Eduardo Montenegro
Hoje, 376 dias depois, Eduardo est� em uma situa��o muito mais confort�vel. Isso porque, em novembro do ano passado, resolveu largar a profiss�o de origem e a de motorista para investir na �rea de venda de im�veis, trabalhando para uma imobili�ria na Regi�o da Savassi. “Tive que me reinventar. Eu tinha chegado a uma situa��o no Uber que n�o dava mais, sabia que n�o conseguiria sobreviver naquelas condi��es. Em novembro do ano passado, conversei com minha esposa e decidi parar tudo. Comecei a pesquisar sobre o mercado de investimento e corretagem e comecei a trabalhar em uma imobili�ria. N�o sou contratado, sou corretor associado, vendo im�vel e ganho comissionamento”, explica.
Durante a pandemia, ele viu a demanda diminuir, mas contou com o que chama de sorte: uma semana antes do decreto da PBH que determinava o fechamento do com�rcio n�o essencial, ele vendeu dois apartamentos e conseguiu arrecadar uma quantia que o deixou mais relaxado durante o per�odo de isolamento. Mesmo assim, aproveitou a pandemia para fazer cursos e se aprimorar na �rea.
“Quando eu resolvi ir a esse mercado, as perspectivas eram boas e as construtoras estavam com muitos produtos para vender. Mas quando veio a pandemia, o mercado parou total. O que a gente tem feito � usar tecnologias e ferramentas. Estamos fazendo um tour virtual para que o cliente possa passear dentro do pr�dio e do empreendimento. Al�m disso, quando o cliente est� interessado no im�vel, eu vou sozinho e, chegando l�, fa�o uma videochamada com ele, mostrando os detalhes”, conta. Agora, o corretor tem mais tempo para conviver com o filho de apenas 3 anos. O nascimento dele coincidiu com a demiss�o de Eduardo da empresa onde trabalhava inicialmente.
“EMPREGADA, GRA�AS A DEUS” La�za Am�lia, de 28 anos, estava desesperada no ano passado. Na �poca, tinha acabado de formar em contabilidade, mas n�o conseguia emprego. Com a situa��o dif�cil para criar a filha de at� ent�o 7 anos, ela j� cogitava virar guarda municipal, profiss�o que n�o tinha muito a ver com seu perfil.
Depois de ficar um per�odo desesperada por falta de emprego, La�za Am�lia foi chamada pela Prefeitura de Santa Luzia para trabalhar na �rea educacional (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Tudo mudou em outubro do ano passado, quando recebeu um e-mail da Prefeitura de Santa Luzia, convocando-a para uma entrevista de emprego na �rea educacional. “Eu tinha feito um processo seletivo em 2017 e nem estava lembrando. Foi a� que recebi um e-mail da prefeitura me convocando e me tornei secret�ria escolar. Ainda procuro servi�o na minha �rea, mas n�o com aquela intensidade de antes. A escola fechou por causa do coronav�rus, mas, gra�as a Deus, continuo empregada e recebendo sal�rio”, comemora.
Por fim, a jornalista Ana Carolina Dias, de 24 anos, tamb�m foi uma das entrevistadas que conseguiu emprego. Desempregada h� seis meses no in�cio do ano passado, ela j� cogitava outras �reas. Mas um m�s depois, ela foi contratada por uma construtora e foi para o setor de marketing da empresa.
“Minha vida est� bem melhor. � na �rea de marketing institucional, ent�o, querendo ou n�o, � minha �rea. Nesse per�odo de quarentena, estamos fazendo home office e a nossa empresa adotou um programa de n�o demiss�o”, celebra.