De acordo com o catador Ricardo Fonseca, o incidente deixou parte dos associados em situa��o cr�tica. Ele relata que as vendas j� haviam ca�do 90% em decorr�ncia da pandemia de coronav�rus, j� que coleta seletiva na capital foi suspensa, o que reduziu significativamente a disponibilidade de sucata, pap�is, pl�sticos e outros itens do g�nero - fonte de sobreviv�ncia da categoria. Os compradores do material - sobretudo ind�strias recicladoras - tamb�m teriam diminu�do drasticamente a demanda pelos produtos.
Cerca de 5T foram foram queimados na noite desta segunda (11) no galp�o da Asmare, deixando catadores em situa��o cr�tica (foto: Ed�sio Ferreira/EM D.A.Press)
"J� estava ruim. Com o inc�ndio, piorou de vez. O que a gente consegue juntar, j� estamos vendendo bem mais barato ou guardando para vender depois da pandemia. Agora, quem tinha material guardado nos boxes queimados ficou numa situa��o ainda mais complicada. N�o tem mais nenhuma fonte de renda nem para agora, nem para o futuro", conta Ricardo.
"Fora que n�o temos dinheiro para reconstruir o blocos destru�dos. Vamos precisar de ajuda", acrescenta.
Ainda de acordo com o catador, a maior parte dos 134 associados da Asmare foi cadastrada no programa de aux�lio emergencial - ajuda de R$ 600 concedida pelo governo a informais trabalhadores de baixa renda durante tr�s meses.
As condi��es prec�rias de higiene e a aus�ncia de medidas de preven��o em pleno surto de COVID-19 s�o aspectos que chamam aten��o no galp�o da Asmare. A maioria dos presentes no local esta manh� trabalhava sem m�scaras ou luvas. Algumas pessoas usavam chinelos para circular no ambiente, infestado de ratos e outros bichos.
O fogo
Segundo o Corpo de Bombeiros, o inc�ndio na sede da Asmare, que fica no bairro Prado, Regi�o Noroeste de BH, foi marcado por chamas intensas, que se alastraram por cerca de 200 metros quadrados. Ningu�m ficou ferido.
Para o controle do fogo, a corpora��o utilizou 12 mil litros de �gua e mobilizou cinco viaturas, incluindo um ve�culo com maior capacidade de armazenamento de �gua, conhecido como "autojamanta".
Parte do muro dos fundos cedeu em fun��o das altas temperaturas. A estrutura de zinco ficou torcida, o que comprometeu a seguran�a. O local foi isolado.