O subsecret�rio em Vigil�ncia e Sa�de da Secretaria de Estado de Sa�de (SES), Dario Ramalho, admitiu que pode ocorrer subnotifica��o em rela��o aos casos de COVID-19 em Minas. Ele diss que a secretaria trabalha com a estimativa de um para cada 10 casos. A afirma��o foi feita durante entrevista coletiva com a presen�a do secret�rio de Estado de Sa�de, Carlos Eduardo Amaral, nesta ter�a (26).
"Dentro de uma l�gica de vigil�ncia, � natural supor que voc� tem um grau de sub detec��o e um grau de subnotifica��o. Isso para qualquer patologia, em qualquer momento. Isso antes, durante e ap�s o COVID. Para qualquer patologia, existem in�meras pessoas l� fora, que n�s n�o temos capacidade de fazer o diagn�stico de todas elas", pontuou Dario.
A admiss�o se deu ap�s a reportagem do Estado de Minas mostrar desde o in�cio deste m�s que os dados de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SRAG) est�o altos sem testes. Ontem (25), a reportagem mostrou que a SRAG j� afetou expressivamente mais mineiros que em 2019, com 8.099 doentes neste ano contra 1.024 do mesmo per�odo do ano passado, uma alta de 691%. As mortes saltaram de 116 para 1.088, um aumento de 838% durante a pandemia. Contudo, entraram na testagem para a COVID-19 apenas 3.139 (38,7%) doentes e 307 (28,2%) mortos com esse quadro segundo o Minist�rio da Sa�de. MG � um dos estados que menos testes realiza.
Dario afirmou que, em qualquer patologia, n�o � poss�vel saber ao certo o n�mero de pessoas infectadas. Ele fez uma compara��o da COVID-19 com a febre amarela. Segundo ele, quando as doen�as apresentam sintomas mais graves, como � o caso da febre amarela, a subnotifica��o pode ser menor, mas ainda assim ocorre. Reafirmou que as pessoas com quadros leves e assintom�ticos n�o procuram o sistema de sa�de e, por isso, n�o � realizada a notifica��o. Dario afirmou ainda que Minas fez menos testes em compara��o a outros Estados brasileiros, por ter menos casos graves.
O secret�rio informou que foram distribu�dos para as prefeituras 551 mil testes r�pidos e que a orienta��o � para que sejam feitos em servidores da �rea da sa�de e seguran�a que apresentem sintomas. A testagem, nesses casos, seria prioridade para que os servidores possam voltar ao trabalho o quanto antes. No entanto, Carlos Eduardo disse que cada prefeito pode escolher a melhor forma de aplicar os testes.