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Estado de Minas PANDEMIA

Caso de COVID-19 no Morro do Papagaio liga alerta nas comunidades

L�deres comunit�rios v�o intensificar campanhas, pois moradores acreditam ter pouca informa��o; caracter�sticas de vilas e favelas dificultam o distanciamento social


postado em 29/05/2020 16:05 / atualizado em 29/05/2020 19:16


 
A informa��o de que o Morro do Papagaio, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, registrou o primeiro caso de COVID-19 acendeu o alerta da comunidade, de outras comunidades e das autoridades. Muita gente teme que o cont�gio se alastre em um local em que manter distanciamento social � quase imposs�vel e s� com muita disciplina ser� poss�vel conter o avan�o do novo coronav�rus.


“Infelizmente algumas pessoas n�o ca�ram na realidade, mas as nossas a��es foram bem eficientes. O problema � que, como n�o tivemos casos (at� agora), o pessoal passou a desacreditar (na letalidade da doen�a), relaxou as medidas (de seguran�a e higiene), passou a n�o respeitar nossoas sugest�es. Agora, com o primeiro caso, est� todo mundo alarmado, querendo saber quem �, onde foi, como foi. Acredito que v�o todos ficar mais atentos. O medo vai bater � porta”, afirma Dan Machado, presidente da Associa��o de Moradores da Barragem Santa L�cia, onde est� situado o Morro do Papagaio.

Ele diz que pretende intensificar as a��es contra a dissemina��o da COVID-19, com carro de som alertando sobre os perigos e a distribui��o de m�scaras e �lcool em gel.

Moradores de outros aglomerados da capital admitem que nem todos os moradores levaram a pandemia a s�rio. E esperam que, agora, haja maior conscientiza��o e que medidas como distanciamento social e uso de m�scaras sejam adotas integralmente.

� o caso de Dayane Joice Ferreira, de 24 anos, moradora do Conjunto Felicidade, na Regi�o Norte de BH. “Aqui no bairro o pessoal ainda est� meio desacreditado. Eu sou super medrosa, ent�o fico dentro de casa. Meu pai � motorista, tem contato com muita gente o tempo inteiro e pode acabar se contaminando, fico apavorada com isso. Mas meus vizinhos que s�o adolescentes acham que � fake news, inven��o do estado porque n�o viram ningu�m pr�ximo morrer. � aquela coisa, s� acreditam quando um parente pega, um amigo pega”, afirma.

Dayane viu o sonho de arrumar um emprego adiado pela COVID-19 e comemora o fato de a fam�lia ter recebido cesta b�sica e kit de higiene da Prefeitura de Belo Horizonte.

Para outros moradores da regi�o, a falta de informa��o e de fiscaliza��o tamb�m contribui para que as medidas necess�rias n�o sejam aplicadas. “As pessoas n�o est�o cientes, porque a maioria n�o est� se informando para saber a gravidade da situa��o. A rua vive cheia, mesmo com gente sabendo que a m�e e a av�, ou uma vizinha, podem acabar morrendo. Aqui n�o chega campanha, mobiliza��o, nada”, diz  Jhonatan Detteman, de 23, estudante de Educa��o F�sica.

“Moro bem na �rea de com�rcio do bairro e, como a casa tem dois andares, d� pra ver o fluxo de pessoas, e ao meu ver elas n�o est�o respeitando nada. Os com�rcios colocaram a limita��o de pessoas, tem a obrigatoriedade da m�scara, mas n�o adianta porque o pessoal faz fila do lado de fora sem m�scara, fica todo mundo grudado um no outro conversando, com som alto, e isso � muito preocupante porque no bairro n�o tem nenhuma medida, n�o tem fiscaliza��o, n�o tem panfleto com informa��o. A minha fam�lia fica morrendo de medo porque meu pai � diab�tico e minha m�e trabalha com idosos. A gente t� tomando esse cuidado, ningu�m l� em casa est� saindo sem m�scara, ningu�m recebe visita e a gente v� que as pessoas n�o est�o ligando. O risco � muito grande porque se um pega, para espalhar � um pulo”, comenta St�nio Azevedo Silva, de 21, estudante de Direito.

Precau��o e informa��o

Para infectologistas, as vilas e favelas merecem especial aten��o por parte de todos pelas pr�prias caracter�sticas. “V�rias s�o as dificuldades para a conten��o (da dissemina��o do novo coronav�rus), como a impossibilidade de manter o distanciamento social, a falta de renda fixa ou at� mesmo de acesso a benef�cios para a sobreviv�ncia”, explica Cristiano Cavei�o, doutor em enfermagem e coordenador da �rea da sa�de do Centro Universit�rio Internacional (Uninter), que aponta campanhas de conscientiza��o como o caminho para evitar o pior. 

J� a Prefeitura de Belo Horizonte, que n�o confirmou o caso do Morro do Papagaio imediatamente, diz ter distribu�do 240 mil planfletos em “200 �reas informais”.  “Al�m disso, est�o sendo entregues cestas b�sicas e kits de higiene para a popula��o de vilas, favelas e ocupa��es. Foram disponibilizadas, nos meses de abril e maio, cerca de 600 mil cestas para as fam�lias de estudantes com matr�culas na rede municipal de educa��o e fam�lias em situa��o de vulnerabilidade social e econ�mica”, afirma o Executivo municipal, por meio de nota.

*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina
 
 
As próprias associações de moradores vêm realizando trabalho de conscientização em Belo Horizonte(foto: Júlio Fessô/Reprodução)
As pr�prias associa��es de moradores v�m realizando trabalho de conscientiza��o em Belo Horizonte (foto: J�lio Fess�/Reprodu��o)
 


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