
Todas as poss�veis altera��es do com�rcio foram debatidas na sexta-feira passada (29). Na pr�xima reuni�o, sem data confirmada, ser� feita uma vota��o para determinar se o segmento comercial ser� aberto, fechado ou ter� as atuais regula��es alteradas.
Os votos ser�o determinantes nas poss�veis altera��es, definindo se as alternativas propostas n�o colocam em risco a sa�de e a qualidade de vida dos cidad�os. A ideia � que a nova matriz intensifique a precis�o das decis�es do Comit� e, consequentemente, torne tais medidas mais eficazes no controle da pandemia.
"Entre os in�meros pontos positivos, podemos destacar que uma vota��o torna as decis�es mais diretas. Assim, podemos garantir certa agilidade nas poss�veis mudan�as no �mbito comercial", afirmou o secret�rio municipal de Sa�de, Amarildo de Sousa.
Ap�s as regras definidas, ser�o elaborados decretos regulamentando as decis�es.
Sem participa��o
O comit� � formado basicamente por especialistas na �rea da sa�de. As entidades de classe t�m criticado a postura do governo municipal por exclu�-las das discuss�es. “As informa��es que recebemos s�o apenas as divulgadas pela imprensa”, afirma o presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL), Luiz �ngelo Gon�alves.
Elas desconhecem qualquer planejamento ou previs�o para normaliza��o das atividades.
A elabora��o da matriz s� foi iniciada ap�s o Minist�rio P�blico (MP) solicitar que o munic�pio fizesse o planejamento de retomada das atividades econ�micas.
A expectativa � que sejam contemplados shoppings, escolas de cursos profissionalizantes, bares e restaurantes, por exemplo, que est�o com restri��es desde o final de mar�o.
"Tem setores como esses que est�o h� mais de 70 dias fechados, e � urgent�ssimo a reabertura para a sobreviv�ncia, pois n�o h� capital de giro para mant�-los fechados por tanto tempo”, destacou o presidente da entidade.
Parte das empresas, segundo Gon�alves, concedeu, no primeiro momento, f�rias para os funcion�rios. “Depois adotaram a suspens�o tempor�ria de trabalho por 60 dias. J� est� terminando esse prazo para algumas, e as empresas voltar�o a arcar com a folha”, explica.
Mesmo que com restri��es e adapta��es, o presidente da CDL trata como urgente a normaliza��o. Ele ainda defende o fim do escalonamento do com�rcio. “Normalmente uma empresa comercial atinge o ponto de equil�brio no dia 25, 26 de cada m�s, quando consegue pagar todas as despesas. Funcionando em dias alternados, ela tem 13 dias uteis, � muito dif�cil alcan�ar o ponto de equil�brio para pagar as contas”, afirma.
Com o Dia dos Namorados se aproximando, a expectativa � que a normaliza��o ocorra antes da data. “Floricultura, chocolate, joalheria. Para alguns o Dia dos Namorados � a segunda data, ficando at� pr�ximo � do Natal. Essa restri��o pode gerar um impacto para o ano todo”, argumenta.
Pesquisa encomendada pela CDL mostrou que 56,5% dos comerciantes discorda da altera��o do hor�rio de funcionamento do com�rcio, enquanto um quarto deles n�o julga ter sido uma a��o acertada, por�m compreendem que a situa��o assim exige.
Exatamente metade dos empres�rios considera que a situa��o est� ruim e, a continuar assim, correm o risco de fechar. Para 52,4%, � necess�rio retornar � normalidade de funcionamento imediatamente. A pesquisa foi realizada pelo Instituto Censuk e ouviu 168 pessoas.
*Amanda Quintiliano especial para o EM
