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Reabertura do turismo na Serra do Cip� provoca fila quilom�trica de carros

Turistas aproveitaram o feriado de Corpus Christi para visitar a regi�o, se esquecendo que a orienta��o para evitar o cont�gio pelo coronav�rus continua sendo o isolamento social


postado em 11/06/2020 12:15 / atualizado em 11/06/2020 14:03

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O primeiro dia de flexibiliza��o do turismo na Serra do Cip� provocou uma fuga em massa de pessoas para o local. Uma barreira sanit�ria montada pr�ximo � ponte que liga o munic�pio de Jaboticatubas a Santana do Riacho provoca uma fila quilom�trica de carros, evidenciando a enorme quantidade de pessoas que foram aproveitar o feriado em plena pandemia do coronav�rus.

De acordo com Nayara Poliana Carvalhais, enfermeira chefe da barreira sanit�ria, no per�odo da manh�o foram abordados aproximadamente 300 ve�culos. “Durante as abordagens tivemos o caso de uma adolescente que estava com a temperatura elevada. Orientamos que eles retornassem e procurarassem atendimento m�dico no munic�pio de origem”, relatou. Ainda segundo a enfermeira, os turistas que foram visitar pontos tur�sticos como as cachoeiras e o parque, que est�o fechados, foram orientados a retornar. “Alguns turistas vieram para almo�ar. Como tem restaurantes abertos, orientamos algumas medidas de cuidados e autorizamos entrar”, completou Nayara.

 

Cena incomum da Cachoeira do Pedrão, um dos pontos centrais de Cardeal Mota, completamente vazia; na Cachoeira Grande, outro ponto central, somente vigilantes na área (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Cena incomum da Cachoeira do Pedr�o, um dos pontos centrais de Cardeal Mota, completamente vazia; na Cachoeira Grande, outro ponto central, somente vigilantes na �rea (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
A reportagem visitou a Cachoeira Grande e a Cachoeira do Pedr�o, pontos que costumam ficar cheios de pessoas nos feriados, mas ningu�m foi encontrado. E, enquanto a maioria dos moradores v�o �s ruas de m�scara, v�rios turistas n�o usam o equipamento, aumentando a chance de contamina��o.

Turistas circulam pelas ruas sem usar máscara de proteção(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Turistas circulam pelas ruas sem usar m�scara de prote��o (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O decreto Municipal que determina abertura parcial do turismo na regi�o divide opini�es. Enquanto alguns empres�rios e trabalhadores comemoram a volta parcial das atividades tur�sticas, moradores e associa��es comunit�rias da Serra do Cip� protestaram ontem contra a flexibiliza��o. Moradores da regi�o est�o organizando uma “vaquinha” virtual para entrar com uma a��o junto ao Minist�rio P�blico Estadual para embargar a reabertura do com�rcio.

O Decreto nº 041/PM511/2020 autoriza a retomada do funcionamento de bares, restaurantes, pousadas e outras atividades econ�micas n�o essenciais. Mesmo com uma s�rie de regras de seguran�a impostas, moradores manifestaram rep�dio � medida na ponte onde come�a o distrito de Cardeal Motta.

Enquanto isto, os contr�rios � flexibiliza��o denunciam a falta de condi��es sanit�rias do munic�pio para cuidar de pacientes com suspeita do novo coronav�rus. Por outro lado, apoiadores da volta �s atividades defendem a retomada com cautela, uma vez que n�o h� casos de COVID-19

Inicialmente impedidos de funcionar, supermercados conseguiram liminar junto a Justiça e estão atendendo os turistas(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Inicialmente impedidos de funcionar, supermercados conseguiram liminar junto a Justi�a e est�o atendendo os turistas (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Apesar dos cuidados, como o uso constante de m�scaras e capacidade m�xima de 50% de ocupa��o nas pousadas, todas as cachoeiras e atrativos naturais permanecem fechados, assim como o Parque Nacional da Serra do Cip�.

Empres�rios e comerciantes que est�o h� meses sem abrir as portas e anseiam por um respiro nas contas, alegam que est�o com reservas lotadas at� julho. Enquanto isso, outros donos de pousadas, moradores e a comunidade em geral questionam a medida e alegam que, no caso de uma disparada da doen�a na regi�o, n�o h� estrutura necess�ria nem para primeiros-socorros.

Apesar da flexibiliza��o, pelo menos duas pousadas contatadas pela reportagem informaram que n�o v�o abrir. O dono de uma pousada e morador, que preferiu n�o se identificar, conta que recusou quatro reservas em um dia e que, em uma delas, ao cancelar, o cliente chegou a abrir reclama��o em um site de hospedagem. “Os turistas v�m se divertir e desanuviar neste momento de pandemia aqui na Serra, mas n�o est�o preocupados com sa�de das pessoas do lugar”, conta.

Em outra pousada, o relato � de insist�ncia constante por parte dos h�spedes. “Querem fazer reservas sem caf� da manh�, sem troca de roupa de cama, o que � proibido. Prop�em condi��es absurdas, s� para que aceitemos a reserva, sendo que a pousada � tamb�m a minha casa e de minha fam�lia, e, portanto, n�o d� para arriscar a vida deles, mesmo necessitando muito do dinheiro”, desabafa o dono.
 
Para J�lio Barroso, empres�rio e  presidente da Associa��o Comercial da Serra do Cip�, a flexibiliza��o chega em hora certa e est� seguindo todos os tr�mites necess�rios para acontecer. Representante de 45 associados, entre bares, pousadas, restaurantes, atrativos e prestadores de servi�o, lembra que as regras de higiene e de n�o aglomera��o ser�o seguidas � risca.

Barroso, que � dono da pousada Carumb�, diz que est� com seus 11 quartos (metade da capacidade) reservados at� o terceiro fina de semana de julho. “Mantive os 30 funcion�rios da pousada por conta das reservas e da ajuda do governo, com a suspens�o tempor�ria dos contratos. Empregamos muitos moradores locais e estamos seguindos as regras. Aos poucos, todos vamos nos readequando”.

O decreto mant�m ainda, por tempo indeterminado, a suspens�o de casas de shows e eventos, sal�es de festas e centros comunit�rios, clubes, pra�as esportivas p�blicas e privadas. O uso das m�scaras faciais � obrigat�rio para entrar em quaisquer dos estabelecimentos autorizados nesta fase.

No of�cio enviado ao prefeito contra a flexibiliza��o, os vereadores lembram a falta de estrutura da regi�o e alegam que a abertura traz inseguran�a � popula��o. “Diante de todo o exposto venho atrav�s deste dar conhecimento da situa��o expressar a preocupa��o surgida ap�s a edi��o do �ltimo decreto”. O oficio � assinado pelo presidente da C�mara, vereador Neilton da Paz Marques, que informou que, somente em suas redes sociais, “mais de 500 pessoas expressaram discord�ncia com a medida”.


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