
Reabertura do turismo na Serra do Cip� provoca fila quilom�trica de turistashttps://t.co/laQq3pxtnP#coronavirus #covid19 #SerradoCipo #coronavirusMG pic.twitter.com/APJcgyQK1T
%u2014 Estado de Minas (@em_com) June 11, 2020


O Decreto nº 041/PM511/2020 autoriza a retomada do funcionamento de bares, restaurantes, pousadas e outras atividades econ�micas n�o essenciais. Mesmo com uma s�rie de regras de seguran�a impostas, moradores manifestaram rep�dio � medida na ponte onde come�a o distrito de Cardeal Motta.
Enquanto isto, os contr�rios � flexibiliza��o denunciam a falta de condi��es sanit�rias do munic�pio para cuidar de pacientes com suspeita do novo coronav�rus. Por outro lado, apoiadores da volta �s atividades defendem a retomada com cautela, uma vez que n�o h� casos de COVID-19

Empres�rios e comerciantes que est�o h� meses sem abrir as portas e anseiam por um respiro nas contas, alegam que est�o com reservas lotadas at� julho. Enquanto isso, outros donos de pousadas, moradores e a comunidade em geral questionam a medida e alegam que, no caso de uma disparada da doen�a na regi�o, n�o h� estrutura necess�ria nem para primeiros-socorros.
Apesar da flexibiliza��o, pelo menos duas pousadas contatadas pela reportagem informaram que n�o v�o abrir. O dono de uma pousada e morador, que preferiu n�o se identificar, conta que recusou quatro reservas em um dia e que, em uma delas, ao cancelar, o cliente chegou a abrir reclama��o em um site de hospedagem. “Os turistas v�m se divertir e desanuviar neste momento de pandemia aqui na Serra, mas n�o est�o preocupados com sa�de das pessoas do lugar”, conta.
Em outra pousada, o relato � de insist�ncia constante por parte dos h�spedes. “Querem fazer reservas sem caf� da manh�, sem troca de roupa de cama, o que � proibido. Prop�em condi��es absurdas, s� para que aceitemos a reserva, sendo que a pousada � tamb�m a minha casa e de minha fam�lia, e, portanto, n�o d� para arriscar a vida deles, mesmo necessitando muito do dinheiro”, desabafa o dono.
Para J�lio Barroso, empres�rio e presidente da Associa��o Comercial da Serra do Cip�, a flexibiliza��o chega em hora certa e est� seguindo todos os tr�mites necess�rios para acontecer. Representante de 45 associados, entre bares, pousadas, restaurantes, atrativos e prestadores de servi�o, lembra que as regras de higiene e de n�o aglomera��o ser�o seguidas � risca.
Barroso, que � dono da pousada Carumb�, diz que est� com seus 11 quartos (metade da capacidade) reservados at� o terceiro fina de semana de julho. “Mantive os 30 funcion�rios da pousada por conta das reservas e da ajuda do governo, com a suspens�o tempor�ria dos contratos. Empregamos muitos moradores locais e estamos seguindos as regras. Aos poucos, todos vamos nos readequando”.
O decreto mant�m ainda, por tempo indeterminado, a suspens�o de casas de shows e eventos, sal�es de festas e centros comunit�rios, clubes, pra�as esportivas p�blicas e privadas. O uso das m�scaras faciais � obrigat�rio para entrar em quaisquer dos estabelecimentos autorizados nesta fase.
No of�cio enviado ao prefeito contra a flexibiliza��o, os vereadores lembram a falta de estrutura da regi�o e alegam que a abertura traz inseguran�a � popula��o. “Diante de todo o exposto venho atrav�s deste dar conhecimento da situa��o expressar a preocupa��o surgida ap�s a edi��o do �ltimo decreto”. O oficio � assinado pelo presidente da C�mara, vereador Neilton da Paz Marques, que informou que, somente em suas redes sociais, “mais de 500 pessoas expressaram discord�ncia com a medida”.