
No comunicado, ao se referir ao papa Francisco, o arcebispo de Belo Horizonte disse que “ningu�m � estrangeiro” e que essa afirma��o deve ser entendida pelas pessoas para que os preconceitos sejam superados. “Ao olhar para cada migrante, precisamos enxergar um irm�o, uma irm�. O migrante n�o � somente aquele que vem de longe, uma pessoa de h�bitos e costumes diferentes. � nosso irm�o, � nossa irm�.”
Ao final da mensagem, dom Walmor desejou que o festival comemorativo seja uma “oportunidade para fortalecer cora��es no exerc�cio da solidariedade” e fez um agradecimento especial ao SJMR Brasil, mencionando a entidade como uma “verdadeira escola de solidariedade, construindo uma humanidade nova”. Al�m disso, ele criticou a contradi��o existente no mundo entre a defesa da liberdade de circula��o de mercadorias e o aumento das persegui��es aos migrantes.
Outros representantes da Igreja Cat�lica tamb�m enviaram mensagens para serem exibidas durante o evento. Entre as representa��es religiosas est�o os recados do cardeal Michael Czerny, subsecret�rio da Se��o Migrantes e Refugiados da Santa F�, do padre Arturo Sosa, superior geral da Companhia de Jesus, da irm� Graciela Francoving, superiora geral das Filhas de Jesus, do dom M�rio Ant�nio da Silva, segundo vice-presidente da CNBB, e do padre Mieczyslaw Smyda, Provincial dos Jesu�tas no Brasil.
"Tantos somos, somos um"
No Brasil, ao final de 2019, cerca de 130 mil migrantes vindos da Venezuela solicitaram �s autoridades competentes serem reconhecidas como refugiadas no pa�s, segundo dados obtidos pela plataforma de pesquisa R4V. Com a pandemia do novo coronav�rus (Sars-Cov-2), a situa��o dos refugiados ficou ainda mais complexa por conta do desemprego e da dificuldade que muitos enfrentam para obter o aux�lio emergencial disponibilizado pelo governo federal, sem contar os casos de migrantes contaminados pela COVID-19 que acabaram morrendo.
De acordo com os organizadores, o objetivo do festival � a sensibiliza��o do p�blico para a causa das pessoas migrantes e refugiadas espalhadas em todo o territ�rio nacional. Para isso, eles desejam chamar a aten��o para as quest�es migrat�rias com um conte�do leve e festivo, mas consistente.
Com a apresenta��o, ser� poss�vel conhecer n�o somente a realidade enfrentada pelas pessoas refugiadas ou �s que solicitam o reconhecimento como tal, mas tamb�m como se expressam por meio da arte para tentar superar os desafios di�rios.
*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.