
Tain� depende de um aparelho para respirar e outro para se alimentar. Ela � v�tima de um caso raro: operada de c�ncer no cerebelo aos quatro anos, na Santa Casa, acabou contraindo meningite, o que a deixou inerte. N�o fala e n�o se movimenta.
Tain� depende dos pais, Max e Eneida Cesarina Gon�alves, de 48, que agora n�o t�m mais renda mensal e temem n�o ter como manter a filha internada. Max e Eneida pedem socorro.
A hist�ria dram�tica teve in�cio, segundo Max, quando Tain� come�ou a andar cambaleante. “Na �poca, a levamos a m�dicos, mas n�o se descobriu de imediato, pois os planos de sa�de n�o autorizavam resson�ncia magn�tica. Quando conseguimos realizar o exame, se constatou que ela tinha um tumor classificado como meduloblastoma grau 4. A �nica solu��o seria a cirurgia, mas os m�dicos n�o nos davam muita esperan�a”, conta Max.
Tain� foi operada e a cirurgia foi um sucesso, segundo o pai. “Um novo exame de resson�ncia confirmou o que o m�dico havia dito, de que todo o tumor tinha sido retirado. Ela foi levada ent�o para o CTI, onde aconteceu a trag�dia maior.”
Com a contra��o da meningite, diz Max, a filha n�o teve mais chances de se recuperar. Ele passou a depender de um aparelho que ajuda na respira��o e uma traqueostomia para se alimentar.
“Montamos um verdadeiro hospital em casa. Tain� era totalmente dependente da gente. Por isso, ou eu ou a Eneida t�nhamos de ficar por conta dela o dia todo. E tivemos outra filha, Giovana Valentina, que est� com 12 anos". completa Max.
Dono de uma firma de ensino profissionalizante na �poca, a �mega Treinamentos, ele se viu obrigado a fechar o neg�cio e mudar de ramo: “Eu viajava muito e n�o podia mais deixar minha mulher sozinha. A solu��o foi montar um restaurante e lanchonete, pois assim estaria perto de casa”.
O restaurante e lanchonete Beta Lanches foi montado na Rua Al�m Para�ba, 144, na Lagoinha. Pouco tempo depois, a situa��o de Tain� se complicou. “A gente tinha de lev�-la v�rias vezes ao hospital. Isso tinha de ser feito por ambul�ncia. Chegamos � conclus�o de que seria melhor mant�-la internada, pois n�o t�nhamos condi��es de mant�-la em casa. Ela precisava de uma equipe m�dica”, explica Max.
H� seis anos, Tain� est� no Fel�cio Rocho. Max e Eneida v�o at� l� diariamente, no entanto, com a pandemia, o restaurante teve de ser fechado e eles temem, agora, n�o ter como mant�-la no hospital. Tamb�m n�o t�m condi��es de mant�-la em casa.
D�vidas acumuladas
Max diz que desde o inicio da crise causada pelo novo coronav�rus, teve de fechar o seu com�rcio. “A gente vende, hoje, cerca de 20 marmitex, mas isso n�o d� para sustentar nossas despesas. Est� dando para pagar as contas da casa, mas estou devendo quatro meses do aluguel e da luz do restaurante.”
O dinheiro que entra, segundo ele, n�o d� tamb�m para pagar o hospital: “Nos dois �ltimos meses, meus amigos da pelada � que est�o ajudando, com uma vaquinha. Mas n�o � garantido que possam ajudar no m�s que vem. O hospital aceitou conversar com a gente, mas eles n�o podem dar nenhuma garantia”.
Max decidiu ent�o pedir ajuda: “Estou aceitando qualquer tipo de ajuda. Doa��o, vaquinha, o que for, s� para pagar o hospital. Se minha filha morrer, vou entrar em parafuso, numa depress�o, nem sei o que vou fazer. Nesta semana morreu uma menina que estava internada no hospital. Fiquei muito mal. N�o sei se vou resistir se isso acontecer com a Tain�”.
Qualquer ajuda poder� ser comunicada pelo telefone (31) 98812-7000.