
De acordo com n�meros da Secretaria de Estado de Sa�de (SES) analisados pela reportagem, foram confirmados oficialmente 271 �bitos entre 8 de mar�o - quando o v�rus foi detectado pela primeira vez em solo mineiro - e 31 de maio. Em junho, o n�mero j� � superior: 299.
O total de mortes por COVID-19, portanto, mais que dobrou neste m�s. Segundo os dados oficiais do governo estadual, s�o 570 �bitos confirmados em decorr�ncia da doen�a em Minas Gerais. Dos 853 munic�pios mineiros, 163 (19,1%) contabilizam v�timas.
Os dez maiores n�meros de mortes por coronav�rus a cada 24 horas foram registrados em junho. O recorde � dessa quarta-feira, quando foram confirmados 35 �bitos. Nesta quinta, foram 33.
Preocupa��o
Assim como a quantidade de mortes, o n�mero de casos no estado tem crescido com maior velocidade nas �ltimas semanas. Conforme reportagem publicada pelo EM na �ltima ter�a-feira, Minas Gerais precisou apenas dos 14 primeiros dias de junho para mais que dobrar a quantidade de infectados dos tr�s meses anteriores juntos.
Entre mar�o e maio, Minas Gerais detectou oficialmente 10.464 pessoas com a doen�a. S� nas duas primeiras semanas de junho, foram registrados 10.917 novos casos no estado. O n�mero total, portanto, mais que dobrou e chegou a 21.381. Atualmente, de acordo com a SES, s�o 24.906.
O avan�o acelerado da doen�a tem causado preocupa��o nas autoridades estaduais. Em entrevista coletiva nesta quinta, o governador Romeu Zema admitiu que a velocidade de dissemina��o da COVID-19 aumentou no estado nas �ltimas semanas e demonstrou preocupa��o sobre um eventual colapso no sistema de sa�de.
"Essa trajet�ria ascendente n�o pode continuar como est�, caso contr�rio, em um m�s, teremos o estrangulamento total do sistema de sa�de", disse. “A situa��o tem se deteriorado, como os n�meros mostram”, completou.
Segundo dados disponibilizados nesta quinta-feira pela SES, as taxas de ocupa��o de leitos de UTI e cl�nicos em Minas s�o 72,17% e 75,33%, respectivamente. Os n�meros consideram interna��es por todas as enfermidades.
Algumas �reas do estado j� n�o possuem vagas para novos pacientes. As macrorregi�es de sa�de Vale do A�o, Tri�ngulo do Norte, Leste e Nordeste t�m 100% de ocupa��o nas UTIs, enquanto a Central e, novamente, a Tri�ngulo do Norte n�o disp�em de leitos cl�nicos livres.