Paralisa��o em BH: contra avan�o da COVID-19, metr� funciona s� em hor�rios de pico nesta quarta

O metr� de Belo Horizonte come�ou a operar com escala reduzida a partir desta quarta-feira. O hor�rio estava normalizado desde 25 de maio, mas retornou ao itiner�rio estabelecido em 21 de mar�o, com a cirula��o somente em hor�rios de pico, depois de decis�o do Sindicato dos Empregados em Transportes Metrovi�rios de Minas Gerais (Sindimetro-MG). Com isso, os trens v�o rodar de 5h30 �s 10h e de 16h �s 20h.

O Sindimetro-MG, que anunciou a paralisa��o na �ltima segunda-feira, informou que a medida visa � seguran�a de todos os funcion�rios. Ainda segundo o sindicato, tr�s empregados foram diagnosticados com o novo coronav�rus desde que o metr� retomou o funcionamento padr�o, em maio.

“Tivemos tr�s casos confirmados na �ltima semana, entre funcion�rios da �rea operacional e do administrativo. Tentamos v�rias vezes articular com a empresa uma escala de trabalho, mas n�o houve acordo. Eles s� querem acompanhar a demanda”, disse Romeu Machado, presidente do Sindimetro.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), administradora do metr� de BH, disse por meio de nota que “vem trabalhando em favor da prote��o e seguran�a de seus empregados e dos milhares de usu�rios que circulam pelo sistema diariamente”.

Ontem, a CBTU ajuizou uma a��o na Justi�a e solicitou ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) uma escala distinta da proposta pelo sindicato. Inicialmente, o sindicato prop�s o funcionamento somente de 6h �s 9h e de 16h30 �s 20h. Com a liminar, j� repassada ao Sindimetro-MG, as manh�s ter�o uma hora e meia a mais de circula��o, enquanto na parte da tarde os trens v�o rodar por mais 30 minutos.

Hoje, representantes do sindicato estiveram nas esta��es Eldorado, Lagoinha, Central, S�o Gabriel e Vilarinho para acompanhar o fechamento. A entidade informou que liminar foi recebida nesta manh�. 

Conforme o TRT, o 1º vice-presidente do �rg�o, desembargador Fernando Rios Neto, destacou que “embora o direito de greve esteja consagrado no artigo 9º da Constitui��o, a pr�pria norma constitucional estabelece limites para exerc�-lo, com �nfase para o atendimento das necessidades inadi�veis da comunidade nos servi�os ou atividades essenciais”.

 Ainda segundo o Tribunal, para Rios Neto, “no atual momento em que h� not�cia de expressivo aumento dos casos de contamina��o do novo coronav�rus em Belo Horizonte, as pessoas precisam, mais do que nunca, dirigir-se aos hospitais, e os profissionais de sa�de e outros trabalhadores dos servi�os que n�o admitem interrup��o necessitam se deslocar at� os seus postos de trabalho”.