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Estado de Minas PESQUISA

Moscas podem ser ferramenta para pol�cia solucionar homic�dios

Um estudo com carca�as de su�nos j� identificou quais insetos colonizam cad�veres em Belo Horizonte


postado em 02/07/2020 14:46 / atualizado em 02/07/2020 17:13

Estudos de entomologia forense começam a ser desenvolvidos em Minas Gerais(foto: Cecília Bastos/Usp Imagens)
Estudos de entomologia forense come�am a ser desenvolvidos em Minas Gerais (foto: Cec�lia Bastos/Usp Imagens)
Moscas encontradas em cad�veres podem ajudar a solucionar homic�dios. O inseto pode determinar o tempo de morte das v�timas de assassinato por meio dos ovos e larvas encontrados no cad�ver. A pr�tica j� � utilizada em diversos pa�ses e, no Brasil, estados como Rio de Janeiro, Bahia, Amap� e Para�ba j� t�m um perito especializado para analisar os insetos encontrados na cena do crime. Em Belo Horizonte, um estudo com carca�a de su�nos j� foi capaz de identificar as esp�cies de insetos que existem e podem colonizar os corpos em estado de decomposi��o para come�ar a utilizar esse m�todo.
 
A entomologia forense � o estudo da biologia de insetos e outros artr�podes em processos criminais. Existem muitas pesquisas antigas empregadas com diversas finalidades para o aux�lio das investiga��es em diferentes tipos de crimes. De acordo com Pablo Alves Marinho, do laborat�rio de qu�mica do Instituto de Criminal�stica de MG, apesar de alguns estados j� utilizarem esse m�todo, ainda � preciso o Brasil se desenvolva nesta �rea.

Em Minas Gerais, a entomologia forense ainda n�o tinha sido adotada e com isso, em 2015, Pablo reuniu com uma pesquisadora da universidade de Bras�lia, e mais dois alunos de biologia do Centro Universit�rio UNA para come�ar o projeto. Ele explica como funciona o processo de extrair informa��es �teis para a pol�cia solucionar um homic�dio. “� importante esclarecer que ap�s a morte, o corpo passa por um processo de decomposi��o que � acelerado pela coloniza��o de insetos necr�fagos. Eles se alimentam dos tecidos do cad�ver para seu desenvolvimento. A an�lise destes insetos ou larvas nos corpos em estado de decomposi��o pode contribuir de v�rias formas para entender melhor sobre o crime praticado”, esclarece. 

Pablo Alves Marinho conta que o procedimento para identificar esses dados se baseia em coletar os insetos presentes no corpo em decomposi��o e anotar as condi��es ambientais relacionadas ao local da ocorr�ncia. Depois disso ele leva as larvas para o laborat�rio e cria em um ambiente controlado para emergir a fase adulta e, assim, realizar a identifica��o da esp�cie do inseto. “S�o realizados c�lculos matem�ticos utilizando dados publicados na literatura cient�fica sobre a esp�cie coletada no local do crime. Estas an�lises ir�o contribuir principalmente para estimar tempo de morte de corpos em estado de decomposi��o avan�ado, onde n�o se pode mais realizar este c�lculo apenas pelas caracter�sticas vis�veis no corpo”, explica.

A pesquisa foi feita na mata da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com carca�a de su�nos, que a professora da Faseh, Thelma de Filippis, considera ter o mesmo tipo de infesta��o de mosca que os humanos. Ela tamb�m conta que nos primeiros resultados do estudo eles identificaram quais insetos colonizam cad�veres em Belo Horizonte, na Regi�o Central do estado. “A fauna de insetos varia de uma regi�o para outra e o primeiro resultado que obtivemos no estudo foi a determina��o das fam�lias ou esp�cies de insetos em diferentes etapas de decomposi��o do su�no”, disse.

Com essas informa��es, os pesquisadores v�o montar um banco de dados local para o desenvolvimento da entomologia forense em Minas Gerais.

* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.  


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