
Segundo a fam�lia da crian�a, Theo dos Reis Santos estava com o av� na cal�ada e foi levado pela av� at� o outro lado da rua para encontrar a m�e. A av� entrou em casa para guardar verduras quando o garoto tentou atravessar a rua novamente para devolver o celular ao av�.
Ao perceber a movimenta��o da crian�a, a m�e saiu correndo atr�s dela, mas n�o evitou que o filho fosse atropelado.
“Eu ia s� pegar o bico e a naninha dele. Quando eu olho para tr�s, ele j� tinha sa�do. Eu corri para tentar pegar ele. At� consegui pegar no bracinho dele, mas ele fez um movimento brusco e atravessou na frente do carro”, relatou Mariana Barbosa dos Reis, m�e de Theo.
Al�m do impacto com o para-choque do carro, as duas rodas passaram por cima do garoto. A roda dianteira passou em um dos ombros e a traseira atingiu a regi�o lombar.
O motorista, Edson dos Santos Borges, contou que escutou Mariana gritando, mas n�o teve tempo de reagir para evitar o choque.
“A m�e gritou e eu meio que olhei para ela. Quando percebi j� estava batendo nele. Cheguei a frear, mas logo tirei o p�, pois fiquei com medo de arrastar o menino”, declarou.
Logo ap�s o atropelamento, os familiares da crian�a a socorreram. Theo foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Araguari.
Na UPA, ele fez exame de raio-X, que n�o apontou nenhuma fratura �ssea. O menino teve apenas um corte na nuca, um dente quebrado e arranh�es. A crian�a ficou de observa��o at� o dia seguinte, quando recebeu alta pelos m�dicos.
Atropelamento no Bairro Goi�s, em Araguari, no dia 24/06.
%u2014 Luiz Henrique Campos (@luizhc_09) July 6, 2020
Essa crian�a sofreu apenas ferimentos leves. Nasceu de novo!! pic.twitter.com/9j3Gdi9CNk
Como Theo sobreviveu?
Em entrevista ao G1, a pediatra Ana Escobar explicou que, por ser ainda crian�a, Theo n�o t�m os ossos completamente formados e isso colaborou para que ele recebesse o impacto sem sofrer ferimentos mais graves.
“Os ossos das crian�as s�o mais male�veis, ele tem uma composi��o diferente, s�o mais el�sticos. Por isso, quando o carro passou por cima dele com aquela velocidade, essa maleabilidade e elasticidade permitiram que ele ficasse bem sem quebrar nenhum osso”, pontuou a pediatra.
Al�m disso, outro fator que pode ter salvado o garoto, foi o fato de o motorista do ve�culo n�o ter freado. O atrito gerado poderia ter arrastado a crian�a e causado ferimentos mais graves.
*Estagi�rio sob supervis�o da editora Liliane Corr�a