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Estado de Minas Pandemia

COVID-19: Volta �s aulas em BH pode ter rod�zio e li��es de sa�de

Rede particular de ensino de BH planeja afastamento e revezamento de turmas, cria m�todos de desinfec��o e prev� suporte psicopedag�gico


19/07/2020 04:00 - atualizado 19/07/2020 07:12

Equipamentos de audiovisual em escolas como o Instituto Manoel Pinheiro serão aliados em caso de eventual revezamento(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Equipamentos de audiovisual em escolas como o Instituto Manoel Pinheiro ser�o aliados em caso de eventual revezamento (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)

Sob impacto da declara��o do governador Romeu Zema, que na sexta-feira (17/07) afirmou que as aulas presenciais em Minas devem ser retomadas em escolas do estado neste semestre, unidades da rede particular de ensino de Belo Horizonte j� se organizam para o retorno das atividades, que integram o grupo das primeiras interrompidas para conter a transmiss�o do novo coronav�rus. Mesmo diante da falta de previs�o precisa por parte de autoridades de sa�de, col�gios trabalham em protocolos sanit�rios pr�prios contra a COVID-19.

Paralelamente, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG) divulgou documento para orientar as institui��es (veja lista abaixo). Em meio �s discuss�es sobre como retomar as aulas e � indefini��o de quando, a maioria dos pais de alunos de escolas particulares n�o quer o retorno das aulas presenciais nas escolas.

O setor avalia que � importante discutir o tema, para que a prepara��o ocorra a tempo de receber os alunos com seguran�a. A instala��o de totens com �lcool em gel, tapetes sanitizantes e equipamentos para transmiss�o on-line das aulas s�o medidas j� adotadas em escolas como o Instituto Manoel Pinheiro (Iemp), no Bairro Guarani, Regi�o Norte de Belo Horizonte, que prop�e a modalidade de ensino h�brido para a volta �s aulas.

“Estamos pensando em rod�zio. Ainda esperamos defini��o quanto � porcentagem vir de �rg�os competentes, mas pensamos que no in�cio possam comparecer em m�dia 40% dos estudantes. Durante uma semana vem um grupo, na seguinte vem outro”, explica a diretora Viviane Brand�o de Toledo.

Cuidados sanit�rios

  • Reduzir pela metade a quantidade de alunos em sala de aula, mantendo o sistema de ensino remoto para aqueles que n�o v�o para a escola
  • Uso obrigat�rio de m�scaras para alunos, professores e funcion�rios, que devem ser trocadas a cada tr�s horas
  • Alunos, professores e funcion�rios devem aferir a temperatura corporal todos os dias antes de ir para a escola. Em caso de sintomas, a orienta��o � ficar em casa e se manter isolado por 14 dias
  • Incentivar que os alunos lanchem em mesas individuais, de prefer�ncia dentro da sala de aula. As mesas de refeit�rios devem ser separadas com divis�rias
  • Todos devem levar garrafa de �gua pr�pria, para evitar usar bebedouros
  • Se necess�rio e poss�vel, pessoas que pertencem ao grupo de risco da doen�a devem ser afastadas
  • Se poss�vel, adotar rod�zio de funcion�rios entre atividades presenciais e remotas
  • Refor�ar o trabalho da equipe de limpeza em todos os espa�os, usando equipamentos de prote��o individual
  • Respeitar a dist�ncia m�nima de 1,5 metros e de 2 metros para quem n�o estiver usando m�scara. O distanciamento deve ser refor�ado com marca��es no ch�o
  • Salas de aula, corredores, p�tios, quadras e portas de acesso devem contar com �lcool em gel 70%
  • Manter janelas e portas sempre abertas, ventiladores ligados e evitar o uso de ar condicionado
  • Escalonar o hor�rio de entrada e sa�da, para evitar aglomera��es

Sa�de mental

  • Oferecer atendimentos psicol�gicos remotos ou presenciais e promover estrat�gias de autocuidado para estudantes e funcion�rios
  • Explicar aos alunos que nessa situa��o � normal ficar confuso, triste e preocupado, e que eles n�o est�o sozinhos
  • Compartilhar informa��es claras precisas sobre a COVID-19

Medidas pedag�gicas

  • Fazer avalia��es para identificar os n�veis de aprendizagem dos estudantes
  • Providenciar a transmiss�o das aulas ou a manuten��o do regime remoto de ensino para alunos e fam�lias que n�o se sintam confort�veis em retornar para as salas
  • Auxiliar e capacitar professores para identificar mudan�as de comportamento e necessidades espec�ficas de aprendizagem
  • Implantar programas de refor�o escolar para compensar os preju�zos na educa��o e impedir que as desigualdades de aprendizagem piorem
  • Oferecer atividades e aulas com o tema sa�de, n�o apenas sobre a COVID-19, como tamb�m outras doen�as contagiosas

A educadora conta que na institui��o a expectativa � de que seja permitida a volta �s atividades presenciais, mesmo que aos poucos. “A preocupa��o n�o � somente com o aluno, mas com toda a comunidade. Por isso, j� compramos tamb�m term�metros infravermelho, estamos pensando em como fazer a sanitiza��o das mochilas, j� alteramos todo o trabalho da nossa equipe de limpeza”, detalha Viviane.

Termômetro passa a fazer parte do arsenal das escolas contra COVID-19 para dar segurança a estudantes e funcionários(foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)
Term�metro passa a fazer parte do arsenal das escolas contra COVID-19 para dar seguran�a a estudantes e funcion�rios (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRESS)


O tradicional Col�gio Santo Agostinho, que tem unidades em Belo Horizonte, Nova Lima e Contagem, j� trabalha em um plano de medidas sanit�rias para o retorno das aulas presenciais desde maio, com apoio de consultoria internacional. Segundo a gestora de Rela��es Humanas da mantenedora da escola, Fernanda Fernandes, a mesma empresa trabalhou em protocolos de retorno de institui��es de ensino dos EUA, da China e do Reino Unido. No entanto, ela afirma que o Santo Agostinho vai avaliar quais pontos do protocolo do Sinep-MG pode incorporar, bem como compartilhar suas ideias.

Mudan�as f�sicas nas escolas

“Uma das principais medidas que v�o garantir menores riscos de cont�gio � a conscientiza��o dos colaboradores, das fam�lias e dos estudantes, pois a situa��o requer altera��es em comportamentos e rotinas, que v�o contribuir com todas as demais medidas de prote��o”, afirma Fernanda Fernandes. Ela acredita que dimensionar o n�mero adequado de pessoas em cada espa�o ser� um desafio.

A gestora defende que discutir como as aulas podem voltar, mesmo sem previs�o de data, � importante para que as escolas estejam preparadas quando o momento chegar. “S�o muitos processos que precisam ser implementados e � preciso planejamento e investimento em mecanismos e tecnologias de desinfec��o e equipamentos de prote��o individual”, enumera Fernanda Fernandes.

"Estamos pensando em rod�zio. Durante uma semana vem um grupo, na seguinte vem outro"

Viviane Brand�o de Toledo, diretora do Instituto Manoel Pinheiro



O grupo controlador da rede de ensino Coleguium, com unidades na capital e em outras cinco cidades em Minas, tamb�m j� havia elaborado um protocolo pr�prio de retomada das aulas presenciais, com base nas orienta��es do Minist�rio da Sa�de e em experi�ncias internacionais. Segundo a diretora geral da rede, Daniele Passagli, as diretrizes foram revisadas e validadas por uma empresa de gest�o de sa�de e seguran�a no trabalho. Ela afirma que o protocolo elaborado pelo Sinep-MG est� alinhado com o que o col�gio pretende adotar.

De acordo com a diretora, a escola est� discutindo a retomada das aulas desde a paralisa��o, para buscar as melhores pr�ticas para o momento. “Independentemente de data, � fundamental termos protocolos definidos, funcion�rios treinados e toda a dire��o alinhada”, diz Daniele Passagli. A diretora do Coleguium afirma que a escola enfrentar� desafios no retorno ao regime presencial, especialmente com a necessidade de distanciamento f�sico.

“Estamos acostumados com a proximidade em todas as atividades, tanto em sala de aula quanto nas �reas comuns. Por�m entendemos que, neste momento, essa medida (de afastamento) � totalmente necess�ria”, afirma. Daniele Passagli destaca que n�o h� “receita m�gica” para isso, mas sustenta que se adaptar e se reinventar
s�o responsabilidades dos educadores.

Sa�de f�sica e psicol�gica

O Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais sustenta que o protocolo que elaborou para orientar as escolas n�o tem inten��o de pressionar pelo retorno das aulas presenciais, segundo a presidente da entidade, Zuleica Reis. Ela afirma que o objetivo � dar uma base para as institui��es, que considera estarem sem orienta��o. “A toda hora se fala em flexibiliza��o, mas nunca se fala nas escolas”, reclama. O documento foi apresentado ao comit� de combate ao coronav�rus do governo de Minas Gerais, que prometeu marcar uma reuni�o para avali�-lo.

A cartilha elaborada pelo SinepMG prev� normas de cuidados sanit�rios e recomenda��es pedag�gicas, bem como orienta��es jur�dicas e gerais para os gestores.



Na �rea da sa�de, o material n�o orienta apenas que as escolas tomem medidas para evitar a propaga��o do novo coronav�rus, mas tamb�m que se preocupem com a sa�de mental de alunos e funcion�rios. O sindicato orienta que as institui��es ofere�am atendimento psicol�gico, remoto ou presencial, para ajudar nos momentos de incerteza. Al�m disso, recomenda que seja refor�ado com os alunos que se sentir mal nessas circunst�ncias � comum, e que eles n�o est�o sozinhos. Outra medida � fornecer informa��es claras e precisas sobre a crise de sa�de.

Salas com 50% de ocupa��o

Os protocolos de cuidados sanit�rios foram elaborados com apoio da Associa��o Mineira de Epidemiologia e Controle de Infec��es (Ameci). Uma das recomenda��es para evitar a propaga��o do coronav�rus � reduzir pela metade a quantidade de alunos nas salas de aula, mantendo o regime de ensino remoto para o restante. Al�m disso, todos devem usar m�scaras e manter uma dist�ncia m�nima de 1,5 metro.

Cada aluno deve levar uma garrafa de �gua, para evitar o uso de bebedouros, e o lanche deve ser feito preferencialmente dentro de sala, com cada aluno em uma mesa. O protocolo ainda recomenda que a limpeza dos ambientes seja refor�ada com produtos espec�ficos, e que os profissionais tenham acesso a equipamentos de prote��o individual (EPIs). Janelas e portas devem ficar sempre abertas, para manter os ambientes ventilados, e todo espa�o precisa ter um dispensador de �lcool em gel 70%.

No campo pedag�gico, o SinepMG faz recomenda��es no sentido de compensar os preju�zos de aprendizagem durante o per�odo de isolamento, como oferecer refor�o escolar. As escolas que aderirem ao projeto precisam capacitar os professores para lidar com mudan�as de comportamento dos alunos e necessidades particulares.

Al�m disso, o sindicato recomenda que os col�gios insiram na grade atividades sobre sa�de, como a preven��o da COVID-19, assim como de outras doen�as infecciosas.

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