
Formado em gastronomia e atuante na gest�o de bares e restaurantes, a corrida sempre foi um hobby, mas ele nunca havia percorrido uma dist�ncia t�o grande. Segundo ele, a dificuldade que tantas pessoas estavam passando em fun��o da pandemia foi o que o motivou a “fazer algo diferente” para ajudar os outros, j� que “dentro de casa, n�o seria poss�vel”.
“Eu estava me fortalecendo, mas via muita gente para para baixo, em dificuldades. Desde mar�o estamos escutando muitas coisas ruins, ent�o pensei que era hora de fazer algo pelos outros”, revela Rodrigo, que justifica a escolha do trajeto. “Quando alguma coisa d� errado, procuramos fazer o caminho volta, para identificar o que deu errado e no que podemos melhorar. Ent�o, pensei que moro na atual capital federal, mas que a capital anterior era o Rio de Janeiro, por isso decidi refazer esse caminho”, relata o caminhante, que chegar� a Belo Horizonte nesse domingo, 2.
Ao planejar a jornada, ele relata ter identificado que a dist�ncia entre Bras�lia e Rio pode ser dividia em “27 maratonas”, de aproximadamente 42 quil�metros (dist�ncia oficial da prova ol�mpica). Coincidentemente, o mesmo n�mero de estados brasileiros. Por isso, cada um dos 27 dias de caminhada � dedicado a uma institui��o solid�ria de um estado. A ideia � promov�-las e conseguir doa��es pontuais de materiais que cada uma necessita. Para isso, ele documenta todo o trajeto em uma p�gina no Instagram chamada Cad� Rodrigo (caderodrigoo), onde a campanha � divulgada.
Apesar de muitos, a ideia � que os passos at� o Cristo Redentor, onde terminar� a viagem, sejam os primeiros dentro de um objetivo social maior. “O projeto vai continuar. Quando eu chegar l� no Cristo, vou ver que o mais dif�cil j� ter� sido feito, ent�o seguiremos em frente, ajudando mais gente, com participa��o de quem se interessar”, afirma Rodrigo Coelho.
Ap�s seguir de Sete Lagoas para Ribeir�o das Neves, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, onde dormir� neste s�bado, ele diz tamb�m que apesar de dif�cil e fisicamente dolorosa, a caminhada est� deixando uma li��o importante. “Eu tinha, e ainda tenho, muito medo de que n�s brasileiros, que sempre fomos conhecidos por gostar de ajudar, de estender a m�o, estiv�ssemos perdendo essa ess�ncia. Nessa viagem estou percebendo que ela continua. Essa ess�ncia boa, de olhar no olho, das pessoas que d�o bom dia, boa tarde, boa noite, escutam o que o autor tem a dizer, pelos interiores estou vendo isso. Pessoas que vivem em ritmos mais lentos em rela��o a quem mora nas capitais, pessoas sem acesso a rede social, que n�o est�o nessa correria do dia a dia. S�o muitas hist�rias que encontrei, de gente do bem. Ultimamente estamos ouvindo e falando sobre mutias coisas ruins, ent�o minha ideia � dar espa�o para coisas bonitas. Assim nasce esse projeto”, diz Rodrigo. A previs�o de chegada ao Rio � no dia 12 de agosto.