
Depois de mais de um m�s com as portas fechadas por causa do coronav�rus, o com�rcio de Belo Horizonte voltar� �s atividades a partir desta quinta-feira. A prefeitura de Belo Horizonte se reuniu com v�rias entidades e optou pela flexibiliza��o gradual da economia, ainda que a taxa de ocupa��o de leitos esteja na casa dos 80% e em situa��o preocupante.
A capital mineira � a primeira no pa�s a adotar o protocolo de revezamento no retorno das atividades. Pelo que ficou acertado com a PBH, nesta fase 1, lojas e estabelecimentos poder�o funcionar de quinta-feira a s�bado e em seguida ficar�o outros quatro dias com as portas fechadas. Em seguida, eles voltam �s atividades a partir do dia 12 (quarta-feira) e funcionar�o normalmente at� sexta, com pausa de mais quatro dias de s�bado (15) at� ter�a-feira (18).
Essa escala funcionar� ao mesmo tempo em que a Secretaria Municipal de Sa�de e o grupo de infectologistas analisam os dados sobre a transmiss�o por infectado e taxa de ocupa��o de leitos de UTI e enfermaria. Tais crit�rios t�m sido usados como term�metro pela prefeitura para autorizar a flexibiliza��o das atividades.
A ideia do revezamento entre tr�s dias com atividades em funcionamento e outros quatro com portas fechadas surgiu depois de consenso entre a PBH e tr�s entidades que representam o com�rcio na capital: Sindilojas, C�mara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e Abrasel (Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes). Inicialmente, comerciantes propuseram reabrir os estabelecimentos por quatro dias seguidos e depois fech�-los nos tr�s seguintes. A PBH readaptou o acordo inicial.
De acordo com Nadim Donato, presidente do Sindilojas, o objetivo do protocolo � garantir o sustento dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, dar um espa�o para evitar maior transmiss�o da COVID-19: “Foi uma proposta que fizemos para buscar a recupera��o econ�mica. Projetamos abrir todas as lojas, sem excluir nenhum seguimento, por�m com menos dias de trabalho. Isso possibilitaria que todos se recuperassem depois de 153 dias sem trabalhar e, ao mesmo tempo, garantisse um menor �ndice de transmiss�o, com mais pessoas em casa”.
Ele entende que a ideia vai garantir a BH uma retomada da economia com mais estabilidade: “N�s nos acostumamos a acompanhar as ondas de transmiss�o do coronav�rus. O �ndice muitas vezes sobe e abaixa. Acredito que t�nhamos de come�ar a abrir as atividades o quanto antes, mas de forma segura. Porto Alegre, por exemplo, abriu e recuou tr�s vezes. Acredito que esse modelo vai garantir tempo � economia para se recuperar e dar� um f�lego maior � sa�de, pois vai haver menos gente fora de casa”
O modelo de revezamento, por�m, n�o foi aceito pela Abrasel, que sugeriu per�odo maior de abertura para que os estabelecimentos recuperassem o preju�zo pelo tempo fechado. “Propusemos que as lojas ficassem abertas de ter�a-feira � s�bado e os bares e restaurantes de ter�a a domingo. Mas a PBH n�o aceitou. N�o houve nenhuma capital que adotou essa ideia. Mas � melhor assim do que ficar fechado por mais tempo”, explica Paulo Antonacci, presidente da entidade.
Isolamento
Na vis�o do infectologista Carlos Starling, o mais importante agora � que a popula��o mantenha o isolamento social, independentemente do retorno ou n�o do com�rcio: “N�o existe um modelo definido para a reabertura, que seja validado e ideal para isso. O que n�s definimos enquanto t�cnicos da �rea da sa�de � que quanto menos aglomera��o melhor. Manter o distanciamento e n�mero m�nimo de pessoas dentro dos estabelecimentos e dar condi��es de higiene das m�os”
Retorno � "fase zero"
Belo Horizonte foi uma das cidades que recuaram na retomada da economia. Depois de flexibilizar a quarentena e liberar o funcionamento de alguns setores do com�rcio varejista entre 25 de maio e 26 de junho, Alexandre Kalil voltou � "fase zero" – apenas os servi�os essenciais poderiam funcionar. Na semana passada, ele se reuniu com as lideran�as do setor de com�rcio, que pediram apoio durante o delicado momento da pandemia – com fechamento de postos de trabalho e empresas decretando fal�ncia.
O plano de reabertura
Primeira semana da Fase 1 (de 6 a 8 de agosto):
• Todo o com�rcio varejista n�o contemplado na fase de controle: Estabelecimentos de rua, centros de com�rcio e galerias de lojas: quinta a s�bado, entre 11h e 19h.
• Com�rcio atacadista da cadeia do com�rcio varejista da Fase 1 (incluindo vestu�rio): quinta a s�bado, entre 11h e 19h.
• Cabeleireiros, manicures e pedicures: quinta a s�bado, entre 11h e 20h.
• Shopping centers, centros de com�rcio e galerias de lojas: quinta a s�bado, entre 12h e 20h. Pra�as de alimenta��o funcionar�o somente por delivery ou retirada, sem consumo no local.
• Atividades no formato drive-in: sexta a domingo, de 14h �s 23h.
Segunda semana em diante da Fase 1 (a partir de 12 de agosto)
• Todo o com�rcio varejista n�o contemplado na fase de controle: Estabelecimentos de rua, centros de com�rcio e galerias de lojas: quarta a sexta, entre 11h e 19h.
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• Com�rcio atacadista da cadeia do com�rcio varejista da Fase 1 (incluindo vestu�rio): quarta a sexta, entre 11h e 19h.
• Cabeleireiros, manicures e pedicures: quinta a s�bado, entre 11h e 20h.
• Shopping centers, centros de com�rcio e galerias de lojas: quarta a sexta, entre 12h e 20h. Pra�as de alimenta��o funcionar�o somente por delivery ou retirada, sem consumo no local.
• Atividades no formato drive-in: sexta a domingo, das 14h �s 23h.