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Estado de Minas

Bar do Bol�o sobre fal�ncia: 'Delivery segura bem, mas tem limite', diz s�cia

Propriet�ria do tradicional restaurante de BH diz que faturamento caiu 60%, cobra reabertura, mas minimiza risco de fechar as portas: 'Enquanto h� venda, h� esperan�a'


04/08/2020 19:12 - atualizado 04/08/2020 21:28

'Enquanto há venda, há esperança', diz Karla Rocha, proprietária do Bar do Bolão, sobre crise enfrentada pelo estabelecimento. Restaurante está fechado há 5 meses, condição imposta pela pandemia de COVID-19(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
'Enquanto h� venda, h� esperan�a', diz Karla Rocha, propriet�ria do Bar do Bol�o, sobre crise enfrentada pelo estabelecimento. Restaurante est� fechado h� 5 meses, condi��o imposta pela pandemia de COVID-19 (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
�cone da boemia belo-horizontina, o Bar do Bol�o, instalado h� 58 anos no Bairro Santa Tereza, enfrenta a maior crise de sua trajet�ria ancorado no peso de um "roched�o". No caso, o mais famoso prato do card�pio da casa, composto por arroz, feij�o, batata, bife e ovo, carro-chefe do delivery

As entregas em domic�lio - �nico atendimento permitido aos restaurantes desde o in�cio da quarentena imposta pela pandemia - t�m sido suficientes para manter a casa funcionando, segundo a s�cia Karla Rocha. Ela ressalta, no entanto, que o estabelecimento pode n�o ter f�lego para resistir ao cen�rio que se anuncia para os pr�ximos meses: portas fechadas e fim da possibilidade da suspens�o dos contratos de trabalho dos funcion�rios. A prerrogativa, que consta na Lei 14.020/2020, vale pelo prazo m�ximo de 120 dias.

"O delivery segura bem, mas tem limite. Imagine que meu faturamento caiu 60% nos �ltimos 5 meses. Como eu tenho conseguido sobreviver nessas condi��es? Mantendo pelo menos 22, dos 45 funcion�rios que eu tenho em casa, sendo pagos pelo governo. Em breve, eu perco esse benef�cio. Sem ajuda de custo, complica. Com que capital vamos pagar todos os empregados, sem poder voltar a funcionar?", pondera a empres�ria. 

Diante do progn�stico ruim, Karla apela ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), para que ele que libere a reabertura dos bares e restaurantes da cidade. "Essa � a maior quarentena do mundo. Praticamente todas as capitais j� est�o no �ltimo grau de flexibiliza��o. A gente aqui nem come�ou. N�o tenho mais gordura para queimar, a fonte secou. N�o sei se vamos aguentar cinco meses de portas fechadas", queixa-se. 

Sem tr�gua

As expectativas de retorno dos empreendimentos do setor de alimenta��o foram frustradas nesta ter�a-feira (4). Kalil anunciou, esta tarde, apenas a retomada das atividades contempladas na fase 1, a partir desta quinta(6). O protocolo inclui todo o com�rcio atacadista e varejista de rua, sal�es de beleza, shoppings, galerias e centros de com�rcio, mas exclui os bares restaurantes. 

Apesar das dificuldades, a empres�ria Karla Rocha diz que precisou demitir apenas tr�s funcion�rios. Para compensar a falta de capital de giro, o card�pio do Bol�o ficou mais enxuto, assim como as compras junto aos fornecedores. Os comerciantes tamb�m recorreram � criatividade: em abril, criaram um aplicativo pr�prio para pedidos, o Restaurante Bol�o Santa Tereza, dispon�vel gratuitamente para Android e iOS. "A gente, hoje, opera no m�nimo. Mas vamos fazer de tudo para n�o fechar. Enquanto h� venda, h� esperan�a", afirma a s�cia. 

O Bar do Bol�o foi fundado em 1961 por Jos� Maria e Maria dos Passos Rocha, av�s de Karla. O empreendimento �, atualmente, conduzido pela terceira gera��o dos Rocha - os irm�os Karla, Carlos Henrique, M�rcia, Luiz Cl�udio, Luiz Ant�nio e Luciana. Al�m da matriz, instalada na Pra�a Duque de Caxias, o restaurante mant�m mais tr�s filiais nas regi�es Leste e Centro-Sul da capital. 


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