
O adolescente foi morto com um tiro na cabe�a, na madrugada de 19 de julho, na Vila An�lia, cidade do Norte do estado. O agente penitenci�rio, V. A. T., de 40 anos, que estava de folga, foi preso pela Pol�cia Militar logo ap�s o homic�dio, sendo autuado em flagrante. Ele alegou legitima defesa e foi solto no dia seguinte ao crime, o que revoltou os familiares da v�tima.
O juiz determinou a pris�o preventiva em atendimento a pedido do Minist�rio P�blico, que al�m do depoimento de colegas do adolescente, recorreu a filmagens da cena do homic�dio, feitas por c�meras de seguran�a de vizinhos do local do assassinato para confrontar a vers�o do suspeito de que agiu em leg�tima defesa.
O agente penitenci�rio alegou � pol�cia que um grupo de adolescentes teria jogado pedras e garrafas no telhado da casa dele que, por isso, ele saiu da resid�ncia e fez um disparo, atingindo Josu�, sem a inten��o de matar.
A fam�lia contestou a vers�o do suspeito, alegando que ele cometeu um homic�dio a sangue frio. “Meu filho levou um tiro na cabe�a pelas costas”, disse o pai do adolescente. “Foi execu��o”, completou a m�e da v�tima.
Em 28 de junho, familiares e amigos de Josu� fizeram um protesto em Montes Claros, clamando por justi�a. O caso tamb�m repercutiu nas redes sociais.
O promotor Guilherme Miranda, que pediu a pris�o preventiva do agente penitenci�rio, disse, no auto de pris�o em flagrante, que foram ouvidos apenas o suspeito e a mulher dele. Eles alegaram legitima defesa, o que levou o juiz de plant�o a conceder a liberdade provis�ria.
O promotor solicitou � Delegacia de Homic�dio que ouvisse tamb�m o depoimento dos outros adolescentes que estavam em companhia de Josu�. Tamb�m foram analisadas imagens de c�meras de v�deo, que registram a cena do crime.
“T�o logo a delegacia nos remeteu os depoimentos dos adolescentes, al�m de imagens de c�meras de seguran�a da vizinhan�a, ficamos convencidos de que a alegada leg�tima defesa do policial penal n�o condizia com as provas que estavam sendo obtidas nas investiga��es”, afirmou o representante do MPMG.
O agente penitenci�rio foi encaminhado para a Cadeia Publica de Bocai�va, para onde est�o sendo levados os novos presos da regi�o durante a pandemia da COVID-19. A defesa do suspeito anunciou que vai impetrar um pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justi�a de Minas Gerais, pleiteando a liberdade dele.
A pris�o do policial penal foi comemorada pela fam�lia de Josu�. “Pra n�s, foi um al�vio saber que a justi�a est� sendo feita”, disse, nesta quinta-feira (6), a manicure Ellen Teixeira, de 31 anos, tia do adolescente. “Que ele seja julgado e condenado”, completou.