
O primeiro dia de reabertura do com�rcio em Belo Horizonte, de acordo com entidades do setor, foi abaixo das expectativas em vendas e com algumas aglomera��es no Hipercentro, mas mais positivo que negativo.
De acordo com dados do Sindicato do Com�rcio Lojista de Belo Horizonte (Sindilojas-BH), o faturamento foi de 65% nos estabelecimentos no per�metro da Contorno e 55% nos shoppings, no comparativo com a quinta-feira anterior ao Dia dos Pais do ano passado.
Segundo Nadim Donato Filho, presidente do Sindilojas-BH, a entidade projetou uma venda de 70% em rela��o ao ano passado nesse Dia dos Pais. Os n�meros, no entanto, ficaram abaixo nessa reabertura.
"O poder de compra do cliente est� mais restrito e ele est� com medo, mas tamb�m temos que levar em considera��o que existe uma demanda reprimida. Ficamos 154 dias sem vender. Essa demanda tamb�m vai aparecer nesses dias”, pontua, ressaltando que h� expectativa de melhora a partir de amanh�, principalmente no s�bado.
O presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, avalia que o dia foi “muito mais positivo do que negativo” para a cidade.
O dirigente atribui os eventuais desrespeitos �s regras a um “dia at�pico”, no qual consumidores e lojistas ainda estavam se adaptando.
“Acredito que nos pr�ximos dias e semanas vai melhorar nesse ponto. E temos que ir ajudando, orientando. Estou vendo muita boa vontade. Todos ansiosos, mas entendendo o momento”, afirma.
Houve aglomera��o no Centro de BH, fato que preocupa Nadim Donato Filho, do Sindilojas. “Hipercentro lotou um pouco mais, mas temos que levar em considera��o que tivemos greve do funcionalismo da seguran�a p�blica”, ressalta.
Shoppings

Principal centro de compras popular de Belo Horizonte, o Shopping Oiapoque, localizado no Hipercentro da capital mineira, teve um movimento abaixo do habitual nesta quinta, primeiro dia de reabertura do com�rcio da cidade.
O volume de clientes foi cerca de 20% da m�dia de uma quinta-feira normal, antes da chegada da pandemia da COVID-19. A explica��o, segundo M�rio Valadares, propriet�rio do estabelecimento, passa por diversos fatores.
“A gente precisa entender que a popula��o est� sem poder de compra. O consumidor est� descapitalizado e com medo da doen�a. T�m tamb�m as medidas de seguran�a, que limitam o n�mero de pessoas”, explicou.
Conforme n�meros da administra��o, cerca de 400 pessoas passaram por hora no Shopping Oi nesta quinta. Com isso, n�o houve registro de aglomera��es no estabelecimento – um dos principais fatores da prolifera��o do novo coronav�rus.
Em outros dois shoppings da capital, o Esta��o BH, em Venda Nova, e o Del Rey, no Noroeste da cidade, o movimento foi dentro do esperado.
No primeiro, 90% das lojas que tinham permiss�o para funcionar abriram. No segundo, o �ndice foi de 88%.
“O movimento foi dentro do esperado; cont�vamos com uma retomada gradativa e entendemos ser um instante delicado, de ajustes e adapta��es, por isso nossa proje��o � otimista, mas pautada em empatia e muito zelo”, afirmou o superintendente do Esta��o BH, Rodrigo Vellozo.
Nos dois centros de compras, houve respeito aos protocolos de seguran�a e de prote��o individual, segundo as administra��es.
Filas foram registradas somente na entrada dos clientes, ainda que com respeito ao distanciamento de dois metros. No Del Rey, houve presen�a de agentes da prefeitura.
Casos e mortes
Belo Horizonte registrou mais 22 mortes por COVID-19 nas �ltimas 24 horas e chegou aos 637 �bitos, informou a prefeitura em boletim epidemiol�gico divulgado na noite desta quinta.
De acordo com a PBH, a cidade computa 24.115 casos da doen�a: al�m do total de mortos, h� 3.443 diagn�sticos em acompanhamento e 20.035 recuperados. A taxa de letalidade � de 2,6%.
A prefeitura tamb�m atualizou a situa��o dos leitos na cidade e houve queda tanto nas enfermarias quanto nas UTIs para COVID-19.
O levantamento traz 55% de uso nas enfermarias e 78% nas unidades de terapia intensiva. Houve diminui��es de quatro pontos percentuais nesse primeiro indicador e um ponto no segundo.