
Comunidades ribeirinhas de 16 munic�pios ao longo da calha do Rio Paraopeba, impactadas pelo rompimento da Barragem I, em Brumadinho, e que est�o impossibilitadas de captar �gua no rio, receberam entre janeiro de 2019 e julho de 2020, mais de 800 milh�es de litros de �gua pot�vel pr�pria para consumo.
A distribui��o envolve por volta de 50 caminh�es pipa, diariamente, e mais de 300 pessoas, entre funcion�rios da Vale e terceiros. A �gua distribu�da � captada em tr�s esta��es de tratamento (ETA) da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), localizadas em Juatuba, Pomp�u e Curvelo. A concession�ria trata a �gua obedecendo crit�rios de qualidade para consumo humano, irriga��o e dessedenta��o animal.
Para armazenamento da �gua, a empresa distribuiu 1.624 reservat�rios, 813 bebedouros para uso animal e 194 bombas hidr�ulicas. Durante o processo foram realizadas visitas e avalia��es t�cnicas com o objetivo de identificar a periodicidade e o volume de �gua ideal para cada propriedade.
A capta��o de �gua no Paraopeba continua suspensa de forma preventiva, e n�o h� restri��o para capta��o de �gua subterr�nea, por meio de po�os artesianos, para quem est� a mais de 100m da margem do rio, conforme nota de esclarecimento do Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (IGAM).
A Vale informou que segue trabalhando na busca por solu��es que levem � reabilita��o do Rio Paraopeba e sua biodiversidade. "A recupera��o do Rio Paraopeba � uma das premissas do trabalhado realizado pela Vale. Para isso, medidas de curto, m�dio e longo prazos est�o sendo realizadas. A empresa implementou um conjunto de a��es que, ainda em 2019, impediram novos carreamentos de sedimentos para o rio e contiveram os rejeitos."
De acordo com a empresa, contido o rejeito e impedida a sua chegada ao rio, foram instaladas duas esta��es de tratamento de �gua (ETAFs) que, at� o julho de 2020, j� devolveram ao rio mais de 15 bilh�es de litros de �gua cinco vezes mais limpa, em m�dia, do que o limite estabelecido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (COnama). "Essa �gua tratada e limpa tamb�m contribui para a recupera��o da qualidade da bacia e sua biodiversidade", diz a empresa.
Cerca de 6,5 milh�es de an�lises de �gua, solo e sedimentos em aproximadamente 53 mil amostras para an�lise de diversos par�metros, como a presen�a de metais na �gua, pH e turbidez j� foram realizadas. S�o mais de 5 milh�es de registros de resultados at� o momento. Essas an�lises e medi��es s�o reportadas sistematicamente ao Igam, que tamb�m monitora o rio.
As an�lises e medi��es realizadas desde janeiro de 2019 mostram que as intensas chuvas registradas a partir de novembro,at� os tr�s primeiros meses de 2020 provocaram uma retomada do aumento da turbidez da �gua e das concentra��es de metais, em alguns pontos do rio Paraopeba, inclusive em regi�o n�o afetada pelo rompimento da barragem B1. A combina��o de dois fatores contribuiu para esse cen�rio: a suspens�o de part�culas de sedimentos presentes na calha do rio e a intensidade do per�odo chuvoso, como n�o se via em 30 anos, refletida no aumento da vaz�o do curso d'�gua.
Apesar de a empresa ainda identificar varia��es aos limites legais para alguns metais, os resultados para a concentra��o desses materiais est�o se reduzindo progressivamente durante o per�odo de estiagem de 2020, assim como aconteceu no per�odo seco de 2019 e na mesma �poca de anos anteriores. Todas essas a��es e seus resultados indicam que o rio pode recuperar sua condi��o anterior ao rompimento, diz a Vale.