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Estado de Minas Em tempos de pandemia

'Frida' e 'Fabri Mulher': aplicativos ajudam mulheres a denunciar agressores

Os aplicativos 'Frida', de Governador Valadares, e 'Fabri Mulher', de Coronel Fabriciano, deram visibilidade � viol�ncia dom�stica, encoberta pelo isolamento social


09/08/2020 09:51 - atualizado 09/08/2020 12:21

O atendimento 'Frida' funciona via WhatsApp
O atendimento "Frida" funciona via WhatsApp (foto: divulga��o)

O isolamento social iniciado em mar�o deste ano, como forma de evitar o cont�gio do novo coronav�rus colocou v�rias mulheres em situa��o vulner�vel, principalmente aquelas que vivem em um lar no qual a viol�ncia dom�stica � trivial. Mas a situa��o adversa tornou-se invis�vel. Na Delegacia Especializada de Atendimento � Mulher de Governador Valadares (DEAM/GV), os atendimentos que eram feitos em uma m�dia de oito por dia, at� antes do isolamento, caiu a zero logo nas primeiras semanas.


A delegada titular da DEAM/GV, Adeliana Xavier Santos estranhou o sil�ncio. “Essa situa��o tamb�m causou estranhamento ao Minist�rio P�blico e os �rg�os de assist�ncia, e logo conclu�mos e mulheres estavam sendo agredidas e ficavam caladas, por n�o terem condi��es de sair de casa”, disse a delegada. A solu��o para o problema foi a cria��o de um canal de f�cil acesso, via smartphone.

 

“Copiamos um modelo bem sucedido implantado pela DEAM de Manhua�u e criamos o atendimento virtual “Frida”, que funciona via WhatsApp, com o n�mero (33) 99999-0091. A v�tima manda uma mensagem de texto pelo n�mero e � atendida por um “atendimento autom�tico”, com respostas previamente programadas”, disse a delegada.

A delegada afirma que as mulheres que antes viviam em ambiente hostil, com o isolamento passaram a viver dentro de uma grande panela de pressão
A delegada afirma que as mulheres que antes viviam em ambiente hostil, com o isolamento passaram a viver dentro de uma grande panela de press�o (foto: Arquivo Pessoal )

Por meio do “Frida”, as mulheres conseguem solicitar agendamento para formalizar medidas protetivas, solicita c�pia de medida, tira d�vidas sobre as leis que garantem seus direitos e pune os agressores. Tamb�m podem fazer den�ncias de agress�es a crian�as, adolescentes, idosos e pessoas com defici�ncia. “Depois que o Frida entrou em atividade, conseguimos realizar uma m�dia de 7 atendimentos por dia e, gra�as a Deus, os hor�rios que s�o disponibilizados, s�o preenchidos”, disse a delegada.

 

Na an�lise dos casos que chegam a DEAM de Governador Valadares, a delegada Adeliana Xavier concluiu que as mulheres que antes viviam em ambiente hostil, com o isolamento passaram a viver dentro de uma grande panela de press�o, segundo ela.

“A mulher encontra-se em casa, com filhos (pois n�o h� escola), confinada com o marido, vive dentro grande panela de press�o. Sobrecarregada com os afazeres dom�sticos e as crian�as com aula em casa. Basta um deslize e come�a a terceira guerra mundial. A viol�ncia atinge logo as partes mais fracas do conflito, a mulher e as crian�as”, comenta a delegada.

 

Adeliana Santos lembra que a viol�ncia contra a mulher pode ser entendida como “qualquer a��o ou omiss�o, baseada no g�nero, que cause morte, les�o, sofrimento f�sico, sexual ou psicol�gico e dano moral e patrimonial”.

Fabri Mulher

No Vale do A�o, a Prefeitura de Coronel Fabriciano criou o canal “Fabri Mulher” para den�ncias de viol�ncia contra mulheres. O canal pode ser acessado no aplicativo eOuve, dispon�vel no Google Play Store, cujo �cone est� em todos os smartphones. Baixando esse aplicativo, a mulher o �cone da Prefeitura de Coronel Fabriciano e dento dele est� a florzinha branca no �cone vermelho do “Fabri Mulher”.

Os passos seguintes, depois que a mulher digita as informa��es preliminares para que a den�ncia seja aceita, basta descrever o acontecido, informar se possui defici�ncia, se quer manter sigilo e informar o local onde sofreu o abuso. A v�tima ainda pode anexar fotos ou arquivos de texto e depois enviar.


“A campanha tem por objetivo oferecer �s mulheres de Coronel Fabriciano mais um canal de den�ncia, f�cil e sigilosa, para romper o sil�ncio e acabar com o ciclo de viol�ncia. As den�ncias passam uma triagem e depois s�o encaminhadas ao CREAS, Pol�cia Militar ou Civil, dependendo da complexidade”, disse Let�cia Godinho, secret�ria de Governan�a de Assist�ncia Social.


A secret�ria disse que durante esse m�s, em que se comemora o “Agosto Lil�s”, alertando a sociedade contra a viol�ncia dom�stica, a sua secretaria est� produzindo v�deos, lives e uma ampla campanha nas redes sociais para fazer o alerta sobre um tema t�o importante.


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