
A Comiss�o de Sa�de da C�mara de Divin�polis, regi�o Centro-Oeste de Minas, sugeriu, nesta quarta-feira (12), que os vereadores travem a pauta de projetos do Executivo at� a reabertura das academias na cidade. A ideia � for�ar o munic�pio a recuar, independente do protocolo estadual de enfrentamento � COVID-19. Os estabelecimentos est�o fechados desde o �ltimo s�bado (08) ap�s a ades�o do munic�pio ao programa estadual “Minas Consciente”. Ele foi classificado na onda amarela.
O vereador e m�dico Dr. Delano (MDB) classificou a atividade como “sa�de e esportiva” e n�o como “lazer”. Ele foi respons�vel em assinar o parecer a comiss�o pedindo o retorno do segmento. Em pronunciamento, o emedebista tratou como incoer�ncia a permiss�o para reabertura dos bares e o fechamento das academias que estavam abertas h� mais de 90 dias com redu��o de alunos e outras medidas restritivas.
“O prefeito precisa ter pulso (...) A comiss�o n�o est� pedindo, ela est� exigindo a reabertura. N�o h� justificativa t�cnica e cient�fica, viu comit� de sa�de, que mande fechar essas academias (...) Abre os botecos e fecha as academias. Onde voc�s est�o com o ju�zo? Abre o lugar que adoece, d� barriga, press�o alta, colesterol e fecha o lugar que d� sa�de”, contestou Delano.

A semana come�ou quente na cidade. J� na segunda-feira (10) cerca de 200 pessoas se mobilizaram e realizaram uma manifesta��o na regi�o central para pressionar o prefeito. “Gostar�amos que os respons�veis pelas decis�es governamentais apresentassem as informa��es que levaram a tomar essas medidas, em quais estudos se basearam para constatar que as academias s�o locais de alto risco de cont�gio”, afirmou um dos propriet�rios, Marco T�lio de Oliveira Narciso. Com queda no faturamento devido �s restri��es, ele ainda destacou o risco de encerramento de atividades.
O secret�rio municipal de Sa�de, Amarildo de Sousa, pediu uma reuni�o extraordin�ria com o Comit� Estadual. “Divin�polis j� reabriu as academias h� meses, a Vigil�ncia Sanit�ria e a Secretaria de Esportes visitaram os espa�os, passaram as instru��es e mesmo com a abertura, nossos n�meros continuaram est�veis. � importante ressaltar que estamos fazendo tudo ao nosso alcance para reverter essa quest�o”, completa. O pedido para inclus�o na onda amarela foi, inicialmente, negado pelo Estado. O assunto ser� colocado em pauta ainda hoje no Comit� Municipal e voltar� a ser discutido nesta quinta (13) no �mbito estadual.
Inclus�o na onda amarela

O superintendente de Sa�de da macrorregi�o Oeste, Alan Rodrigo da Silva tratou como “hiperdimensionado” a discuss�o sobre o funcionamento das academias. Ele destacou que, mesmo antes de Divin�polis aderir ao Minas Consciente, o protocolo do programa n�o permitia a retomada da atividade, pois elas sempre estiveram numa onda mais restritiva.
Independente disso, o comit� de enfrentamento � Covid-19 da macrorregi�o solicitou a inclus�o do setor dentro da onda amarela ao Centro de Opera��o de Emerg�ncias em Sa�de (COES-Minas) respons�vel pelos estudos e defini��es. Mesmo assim, ainda n�o h� previs�o de retorno dentro dos pr�ximos 28 dias. Sem mudan�as, Divin�polis s� poder� avan�ar para onda verde se conseguir manter a pontua��o dos indicadores abaixo de 12 pelas pr�ximas semanas e, a�, retornar com as academias.
O Minas Consciente foi elaborado levando em considera��o o CNAE. Sobre os questionamentos que tratam como “incoerente” a libera��o de bares e o fechamento de academias, ele explicou que v�rios itens foram analisados, dente eles o impacto econ�mico. S� em Belo Horizonte, por exemplo, s�o mais de 22 mil estabelecimentos deste segmento. Outro fator � que o CNAE de bares � o mesmo de restaurantes e que o servi�o possibilita a modalidade delivery.
Para permitir a abertura desses setores, houve a elabora��o de um protocolo mais r�gido a ser seguido pelos propriet�rios. A recomenda��o da Secretaria de Estado de Sa�de (Ses) � para que os munic�pios intensifiquem a fiscaliza��o deixando-a mais rigorosa para evitar abusos, como circula��o, aglomera��o acima da capacidade permitida. A quantidade de pessoas, por exemplo, depende do tamanho do estabelecimento.
Exclus�o
Caso o munic�pio fa�a vista grossa aos protocolos, ele poder� ser retirado do Minas Consciente. A ades�o partiu de determina��o judicial que dava aos prefeitos duas alternativas, aderir ao plano ou seguir a delibera��o 17. Ela � ainda mais r�gida e estabelece o fechamento de outros setores da economia, limitando-se aos essenciais.
O cumprimento ser� acompanhado pelo Minist�rio P�blico e apurado tamb�m a partir de den�ncias. Ita�na, tamb�m no Centro-Oeste, por exemplo, manteve as academias funcionando, mesmo na onda amarela. Constatada a irregularidade, a cidade poder� ser exclu�da e regredir na reabertura da economia. L�, a interpreta��o � de que o setor se enquadra em “ensino de esportes”.
Avan�o
Sete indicadores s�o avaliados para definir em qual onda a macrorregi�o ou microrregi�o ser�o classificadas, s�o eles: taxa de incid�ncia de confirmados; de positividade de PCR na rede p�blica; percentual de suspeitos dentre os internados; propor��o de leitos de UTI adulto; disponibilidade de leitos de UTI adulto; varia��o de positividade; e taxa de incid�ncia em compara��o a semana anterior.
Hoje, a microrregi�o que comp�e a macro e que est� em situa��o cr�tica � a de Oliveira/Santo Ant�nio do Amparo. As de Ita�na e Lagoa da Prata/Santo Ant�nio do Monte est�o em alerta. Dentre as explica��es, est� a capacidade de atendimento. Com a abertura de novos leitos e entrega de respiradores, a expectativa � que haja uma tend�ncia de melhora.
*Amanda Quintiliano, especial para o EM