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Estado de Minas

"Foi uma atrocidade", diz delegada sobre assassinato de adolescente em Santa Luzia

Menor tinha problemas mentais, apanhou e foi torturado por dois dias antes de ser morto com 12 tiros, oito no rosto; tudo come�ou depois de s�rie de boatos contra a v�tima que n�o podem ser confirmados


18/08/2020 17:08 - atualizado 18/08/2020 17:40
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Delegada Adriana das Neves Rosa (C): 'Não houve comprovação mínima da ocorrência dos supostos abusos'
Delegada Adriana das Neves Rosa (C): "N�o houve comprova��o m�nima da ocorr�ncia dos supostos abusos" (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)

Uma s�rie de boatos envolvendo abusos sexuais contra crian�as de 3 e 6 anos foi a causa do assassinato de um adolescente, de 15, que tinha problemas ps�quicos, ocorrido em 4 de junho, no Bairro Baronesa, em Santa Luzia. O crime est� apurado, segundo a delegada de homic�dios de Santa Luzia, Adriana das Neves Rosa, a partir da pris�o de uma mulher, a quarta suspeita da autoria, nessa segunda-feira (17). Outras tr�s pessoas j� tinham sido detidas.

Segundo a delegada, uma s�rie de boatos foi difundida contra a v�tima, no Bairro Aparecida: “No entanto, n�o � poss�vel afirmar que as tentativas de abusos �s crian�as ocorreram ou n�o. As agress�es � v�tima iniciaram no momento subsequente ao relato de uma crian�a de 3 anos. N�o houve comprova��o m�nima da ocorr�ncia dos supostos abusos”.

 

Segundo ela, “algumas pessoas chegaram a constranger os av�s da v�tima, como sendo uma justi�a com as pr�prias m�os. Alguns vizinhos e algumas pessoas pr�ximas aos av�s questionaram a eles se de fato teriam criado um estuprador, se teriam tido alguma culpa quanto a isso”.

 

A v�tima, segundo as investiga��es, era diagnosticada com atraso mental e transtorno de afetividade, sendo equiparada a uma crian�a. “N�s recuperamos 17 v�deos em que os autores registraram as torturas e, nitidamente, pelas rea��es do adolescente, ele possu�a um atraso mental. Foi uma atrocidade, n�o foi justi�a com as pr�prias m�os”, declarou a delegada.

 

Segundo foi apurado pelos policiais, a v�tima j� havia sofrido agress�es antes da morte. A primeira delas, em 3 de junho, na v�spera do assassinato, no Bairro Vila Aparecida. Entretanto, o adolescente conseguiu fugir do local da tortura, tendo ajuda, inclusive, de algumas pessoas da comunidade. 

 

Mas ele foi localizado e agredido novamente. Na ocasi�o, os investigados teriam tentado autoriza��o de l�deres do tr�fico de drogas local para executarem o adolescente, o que n�o foi permitido, conforme a investiga��o policial.

 

Segundoa a delegada, por isso eles levaram a v�tima para a casa de uma das investigadas, no Bairro Baronesa, em Santa Luzia. No local, o jovem foi novamente agredido. A dona do im�vel, apesar de n�o estar presente, adulterou a cena do crime no dia seguinte, lavando o sangue da v�tima.

 

Ainda segundo a pol�cia, o adolescente foi torturado durante toda a noite e, pela manh�, os suspeitos retornaram com ele para o Bairro Vila Aparecida, onde o jovem foi mais uma vez agredido. “Na sequ�ncia, dois dos investigados retornaram com a v�tima para Santa Luzia, no Bairro Baronesa, onde a executaram de uma forma fria, com 12 disparos, sendo oito deles concentrados na face da v�tima”, diz a delegada Adriana das Neves Rosa.

 

Os tr�s principais investigados foram indiciados por homic�dio duplamente qualificado, c�rcere privado, tortura e estupro, por terem obrigado a v�tima a simular atos sexuais. Dentre esses tr�s, a suspeita presa ontem tamb�m foi indiciada por fraude processual, por ter adulterado a cena do crime. Outra investigada, a dona da casa em que a v�tima foi submetida � tortura, tamb�m foi indiciada por fraude processual. Outros tr�s suspeitos, pais das crian�as supostamente abusadas pela v�tima, foram indiciados por les�o corporal, j� que agrediram a v�tima. 


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