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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Sem vaga para novos enterros, Capim Branco inicia expans�o de cemit�rio e gera pol�mica

Popula��o diz que terra retirada do cemit�rio durante os trabalhos de amplia��o pode contaminar ribeir�o e po�o de �gua que abastece a cidade


25/08/2020 11:05 - atualizado 25/08/2020 11:35

Sem capacidade para novos enterros, prefeitura resolveu promover uma ampliação emergencial do cemitério(foto: Divulgação/PMCB)
Sem capacidade para novos enterros, prefeitura resolveu promover uma amplia��o emergencial do cemit�rio (foto: Divulga��o/PMCB)
Em Capim Branco, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, uma obra emergencial da prefeitura est� causando pol�mica entre os moradores. Sem ter mais lugar para enterrar os mortos, a administra��o municipal resolveu ampliar a capacidade do cemit�rio, retirando o muro da frente e estendendo a �rea. Mas a terra que est� sendo removida para a obra estaria sendo despejada em um terreno que margeia o Ribeir�o da Mata e muito pr�ximo a um dos po�os da Copasa, que abastece a cidade.
 
Os moradores alegam que essa terra poderia estar contaminada com necrochorume e, uma vez realocada, a chance de contaminar o po�o e assorear parte do ribeir�o seria grande. A Resolu��o n�mero 335 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), de 2003, traz diretrizes para a implanta��o de cemit�rios.
 
O inciso I do artigo 5º diz que a “�rea prevista para a implanta��o do cemit�rio dever� estar a uma dist�ncia segura de corpos de �gua, superficiais e subterr�neos, de forma a garantir sua qualidade, de acordo com estudos apresentados e a crit�rio do �rg�o licenciador”. A mesma resolu��o traz ainda uma s�rie de normativas para impedir a contamina��o do len�ol fre�tico por restos provenientes da decomposi��o dos corpos.
 
A prefeitura, por meio de nota, esclareceu que toda a terra depositada no terreno foi removida da frente do terreno do cemit�rio e, segundo ela, n�o estaria contaminada. “A terra n�o est� pr�xima ao c�rrego e essa mesma terra retornar� ao cemit�rio para fazer o nivelamento acima dos jazigos. Salientamos que essa terra n�o tem caracter�sticas de necrochorume, pois ela se encontrava do lado de fora do cemit�rio”, afirmou.
 
Moradora da cidade, a auxiliar de servi�os gerais Kathlhem Karine diz que a popula��o de Capim Branco fica preocupada porque n�o houve an�lise da terra retirada do cemit�rio. Ela teme que possa estar contaminada.
 
“Essa terra onde est� vai causar impacto ambiental e impacto na sa�de de todos os capim-branquenses. Ali n�o � o local apropriado, deveriam colocar em um local onde n�o causaria dano ao meio ambiente e � popula��o. � uma falta de respeito enorme a toda popula��o o que est� sendo feito”, afirma.
 
Para Lib�rio Silva, doutor em geoci�ncias, o solo no entorno do cemit�rio pode sofrer contamina��o. “O necrochorume pode ser levado para �reas adjacentes por movimento lateral em per�odos chuvosos, contaminando esse solo com micro-organismos patog�nicos e outros compostos presentes no corpo humano, que podem alcan�ar o meio, que n�o est� preparado para receb�-lo. Isso pode causar danos irrepar�veis”.
 
Moradores relataram que t�cnicos da Copasa estiveram no local para fazer uma an�lise. A filial da empresa na cidade foi contactada, mas ningu�m foi localizado para comentar o assunto.
 
A expans�o do cemit�rio inclui a aquisi��o de 260 jazigos pr�-moldados, al�m da constru��o de muro e de uma nova entrada. Em mat�ria publicada pelo EM no �ltimo dia 7 de agosto, a secret�ria de Administra��o, Val�ria Alves, ressaltou que a prefeitura “estuda possibilidades para a poss�vel constru��o de um novo cemit�rio. Por�m, o principal empecilho � que hoje o Munic�pio n�o possui nenhum terreno adequado (com possibilidade de autoriza��o ambiental) e os que poderiam ser usados foram vendidos ou doados em gest�es anteriores”.


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