
A campanha � denominada “Juntos com o Norte de Minas, pela vida”. A meta � arrecadar doa��es para montar cestas, com alimentos e produtos de limpeza e higiene, al�m de equipamentos de prote��o individual (EPIs) para 100 fam�lias.
De acordo com a entidade respons�vel pela iniciativa, a pandemia trouxe dificuldades para as popula��es de geraizeiros, quilombolas e barranqueiros. O coordenador da Associa��o Trupe, Jos� Ricardo Sim�es, salienta que as comunidades tradicionais vivem basicamente de produtos artesanais. Com a crise, as fam�lias n�o conseguiram mais comercializar o artesanato.

Outro problema � que a maioria dos integrantes das comunidades tradicionais n�o teve acesso ao aux�lio emergencial do governo pela falta de recursos tecnol�gicos, por n�o terem computador ou aparelho celular, aponta Sim�es. Al�m disso, segundo ele, muitos geraizeiros, quilombolas e barranqueiros n�o possuem sequer o CPF e moram distante das ag�ncias banc�rias e dos centros urbanos, o que impede que o problema seja resolvido pessoalmente.
Jos� Ricardo Sim�es lembra que a regi�o “j� carregava o fardo” de ter um baixo �ndice de Desenvolvimento Humano (IIHD), um dos menores do estado. Com a pandemia, a situa��o das fam�lias de Bras�lia de Minas se agravou ainda mais. Ele lembra que as comunidades rurais do munic�pio contam com uma “rica cultura humana transcrita por seus fazeres e saberes singulares, os cancioneiros populares, os artes�os, os barranqueiros do vale do S�o Francisco e as rezadeiras de infinita f�”.
“Quando se fala geraizeiros, diz-se respeito �s comunidades do estado de Minas Gerais, fora do eixo econ�mico, ou seja, n�o as Minas das matas cismontanas e das terras toucas cafeeiras”, afirma Sim�es. Ele diz ainda que grupos quilombolas e geraizeiros da regi�o tamb�m “povoam os barrancos” do Rio S�o Francisco”, citando o caso do antigo quilombo do Bom Jardim da Prata, no munic�pio de S�o Francisco.
Falta de acesso � �gua pot�vel
A Associa��o Trupe salienta que a r�pida interioriza��o da pandemia da COVID-19 atinge de forma diferenciada as popula��es tradicionais dos pequenos munic�pios. A entidade lembra que as pequenas cidades n�o t�m uma estrutura adequada para o atendimento aos infectados, incluindo as comunidades tradicionais, que enfrentam dificuldades para o acesso � �gua pot�vel e ao saneamento b�sico, sendo mais vulner�veis.
Como colaborar com a campanha
De acordo com a Associa��o Trupe, a campanha de arrecada��o de donativos para as fam�lias tradicionais atingidas pela crise da pandemia ser� desenvolvida at� 7 de setembro. Os doadores v�o receber pe�as artesanais como retribui��o.
Quem quiser contribuir deve acessar o site clicando aqui.