
Estresse, depress�o, ansiedade, impaci�ncia, solid�o. Esses e outros sintomas t�m aflorado com a imposi��o do isolamento social provocado pela pandemia de COVID-19. Pensando nisso, pesquisadores da Fiocruz, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) iniciaram um estudo para mapear a forma como os jovens entre 12 e 17 anos est�o lidando com esse momento.
A pesquisa ConVid Adolescentes quer saber a maneira como esse ‘novo normal’ tem afetado a vida destes jovens. Para isso, disponibilizou um question�rio on-line, que ficar� acess�vel at� 31 de agosto, com indaga��es a respeito da vida escolar, do uso de tecnologias para estudo, sobre o ambiente familiar, se o jovem teve contato com alguma pessoa com coronav�rus, das atividades que ele mais tem sentido falta na pandemia, as dificuldades com as limita��es impostas nesse per�odo, entre outros.
At� o momento, cerca de 9 mil adolescentes j� relataram suas experi�ncias aos pesquisadores.
At� o momento, cerca de 9 mil adolescentes j� relataram suas experi�ncias aos pesquisadores.
Os resultados, de acordo com os pesquisadores, v�o contribuir para a cria��o de pol�ticas p�blicas de promo��o da sa�de destinadas a esse grupo. Os primeiros resultados preliminares, segundo a coordenadora do estudo, a doutora e pesquisadora da Fiocruz C�lia Landmann Szwarcwald, devem ser divulgados ainda na segunda semana de setembro.
A m�dica e professora da Escola de Enfermagem da UFMG, D�borah Malta, diz que a pesquisa pretende avaliar as mudan�as comportamentais dos jovens durante a pandemia.
“Essa pesquisa dar� respostas importantes tanto para apoiar as pesquisas como para definir diretrizes para o ensino e a extens�o. O estudo vai ser importante, sobretudo, para gestores e profissionais de sa�de. Ainda mais no Brasil, que este tempo de pandemia, de isolamento social deve se prolongar em fun��o de n�o termos ainda acesso � vacina. Esse tempo de distanciamento pode salvar a vida, achatar a curva, mas traz consequ�ncias para sa�de. Ent�o, os gestores precisam dessas respostas para fazer o planejamento de suas pol�ticas p�blicas”, diz.
“Essa pesquisa dar� respostas importantes tanto para apoiar as pesquisas como para definir diretrizes para o ensino e a extens�o. O estudo vai ser importante, sobretudo, para gestores e profissionais de sa�de. Ainda mais no Brasil, que este tempo de pandemia, de isolamento social deve se prolongar em fun��o de n�o termos ainda acesso � vacina. Esse tempo de distanciamento pode salvar a vida, achatar a curva, mas traz consequ�ncias para sa�de. Ent�o, os gestores precisam dessas respostas para fazer o planejamento de suas pol�ticas p�blicas”, diz.
A professora acrescenta que, para a participa��o dos adolescentes na pesquisa, � necess�ria a aprova��o dos pais por meio de um termo de livre consentimento dispon�vel no question�rio.
Primeira fase
Entre o fim de abril e in�cio de maio, os pesquisadores realizaram o mesmo estudo com adultos. Pouco mais de 44 mil pessoas responderam o formul�rio eletr�nico e os resultados foram reveladores: 55% das pessoas relataram uma redu��o da renda familiar, com maiores perdas entre as mais economicamente desfavorecidas.
Al�m disso, 40% da popula��o se sentiu triste/deprimida e 54% se sentiu ansiosa/nervosa frequentemente (muitas vezes ou sempre). Entre os adultos jovens (18-29 anos), os percentuais subiram para 54% e 70%, respectivamente.
Al�m disso, 40% da popula��o se sentiu triste/deprimida e 54% se sentiu ansiosa/nervosa frequentemente (muitas vezes ou sempre). Entre os adultos jovens (18-29 anos), os percentuais subiram para 54% e 70%, respectivamente.
O estudo correlacionou o estado depressivo com um poss�vel aumento do consumo de �lcool relatado durante a pandemia: 18% dos entrevistados (18,4% entre homens e 17,7% entre mulheres) afirmaram estar ingerindo mais bebidas alco�licas nesse per�odo.
O maior aumento (26%) foi registrado na faixa et�ria de 30 a 39 anos e o menor entre idosos (11%).
Quanto � motiva��o para beber mais, quanto maior a frequ�ncia dos sentimentos de tristeza e depress�o, maior o aumento do uso de bebidas alco�licas, atingindo 24% das pessoas que t�m se sentido dessa forma durante a pandemia do novo coronav�rus.
O maior aumento (26%) foi registrado na faixa et�ria de 30 a 39 anos e o menor entre idosos (11%).
Quanto � motiva��o para beber mais, quanto maior a frequ�ncia dos sentimentos de tristeza e depress�o, maior o aumento do uso de bebidas alco�licas, atingindo 24% das pessoas que t�m se sentido dessa forma durante a pandemia do novo coronav�rus.