
Coordenada a partir de Minas Gerais, a opera��o Caixa Forte 2 est� cumprindo 876 ordens judiciais nesta segunda-feira, em mais de 90 cidades de 19 estados e do Distrito Federal. O objetivo � asfixiar financeiramente uma das maiores fac��es criminosas do pa�s, com o bloqueio judicial de R$ 252 milh�es, apreens�o de bens como ve�culos e pris�o de integrantes e “laranjas” usados para financiar o crime. Logo de cara foram apreendidos R$ 6 milh�es em esp�cie em Santos, no litoral paulista.
A a��o foi deflagrada pela For�a Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), integrada pela Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG), Pol�cia Federal (PF), Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), Departamento Penitenci�rio de Minas Gerais (Depen-MG) e pelo Departamento Penitenci�rio Federal (Depen Federal). Desde 2018, h� uma grande investiga��o sobre tr�fico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), que teria mais de 30 mil integrantes.
Est�o sendo cumpridos 422 mandados de pris�o preventiva e 201 mandados de busca e apreens�o. Os envolvidos s�o investigados pelos crimes de participa��o em organiza��o criminosa, associa��o para o tr�fico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de pris�o.
“A fase 1 da Caixa Forte identificou os respons�veis pelo ‘Setor do Progresso’ do PCC, com atua��o no tr�fico de drogas e consequente lavagem de dinheiro. O dinheiro obtido era enviado, inclusive, para as contas do ‘Setor da Ajuda’, respons�vel por recompensar membros da fac��o recolhidos em pres�dios”, explica o delegado da PCMG, Murillo Ribeiro.
Segundo as investiga��es, 210 integrantes do alto escal�o do PCC recolhidos em pres�dios federais recebiam valores mensais da fac��o por terem ocupado cargos de destaque na organiza��o criminosa ou executado miss�es determinadas pelos l�deres, “como, por exemplo, assassinatos de servidores p�blicos”. “Havia uma tabela de valores de acordo com a posi��o e o trabalho executado. O dinheiro era depositado em conta de parentes ou contas 'alugadas'. Essas pessoas tamb�m incorreram em crime de lavagem de dinheiro e participa��o em organiza��o criminosa”, explica.
J� o delegado da PF Alexsander Castro de Oliveira diz que o objetivo � desarticular a organiza��o criminosa por meio de sua descapitaliza��o, “atuando em conformidade com as diretrizes do �rg�o de enfrentamento � criminalidade organizada por meio da abordagem patrimonial, al�m da pris�o de lideran�as”. “� a maior opera��o policial da hist�ria contra a fac��o.”
Em Minas
Apesar de ser coordenada a partir de Minas, apenas um dos mandados foram cumpridos no estado. O alvo era um criminoso que tem resid�ncia na regi�o do Barreiro, em Belo Horizonte, e que est� foragido.
Para evitar que se repitam problemas j� registrados em algumas capitais brasileiras, a intelig�ncia das for�as de seguran�a est� monitorando os integrantes da fac��o criminosa. A inten��o � n�o permitir que haja retalia��o, atingindo a popula��o.