“Trata-se de crime hediondo, por causa do inconformismo do suspeito em raz�o do novo relacionamento da ex-esposa”, diz a delegada-geral Let�cia Gamboge, chefe do Departamento Estadual de Investiga��o de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP).
A v�tima era uma pessoa �ntima do casal e, ap�s a separa��o, tornou-se namorado da mulher – o que o autor do crime n�o aceitou “Ap�s a separa��o, ocorreu uma aproxima��o rec�proca entre a v�tima e a mulher, o que deixou o suspeito inconformado”, diz a delegada.
O delegado Alexandre Oliveira, respons�vel pelo inqu�rito policial, revelou que a ex-mulher sofria amea�as constantes do suspeito: “Ela procurou a Delegacia de Mulheres e, rapidamente, foi expedida a medida protetiva. Por�m, esse fato foi mais um ponto de conflito com o autor. Ela chegou a denunciar o ex-marido e conseguiu uma medida protetiva. Ele foi intimado uma semana antes do crime. No entanto, desapareceu depois da segunda-feira que antecedeu o crime. N�o ia sequer trabalhar. Ficou com o carro da empresa e passou a rastrear a ex-mulher”.
Segundo as investiga��es, em relatos um atentado contra a v�tima j� teria sido tentado anteriormente, quando o suspeito, em um ataque de f�ria, efetuou um disparo de arma de fogo contra o carro do ent�o namorado da ex-mulher.
Fam�lia pediu que v�tima terminasse relacionamento
“A v�tima, a pedido da fam�lia, tentou terminar o relacionamento com a mulher. Mas, na sexta-feira, ele entrou com contato e foi at� a casa dela, onde passou a noite. No s�bado, por volta das 6h30, o suspeito chegou � porta da casa da ex, gritou para ela e ligou cinco, seis vezes, al�m de mandar mensagens amea�adoras”, relata o delegado Oliveira.
Diante da situa��o, a mulher confrontou o ex-marido alegando que ele sabia sobre a medida protetiva e que ele teria que prestar satisfa��o ao juiz sobre o descumprimento da ordem judicial. No entanto, em tom de amea�a, ele respondeu que n�o sabia se teria juiz.
Diante disso, a mulher e a v�tima sa�ram de casa na inten��o de ir � Delegacia de Mulheres, a fim de registrar nova den�ncia. “No caminho, no entanto, o pneu do carro em que estavam furou e eles tiveram dificuldade de fazer a troca da pe�a. Foi quando o autor do crime chegou armado e desferiu tiros nas costas da v�tima, que tombou morta”, conta Oliveira.