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Estado de Minas SEM AGLOMERA��O

Movimento de bares fora do circuito Centro-Sul de BH demora a engrenar

Noite de sexta-feira come�ou vazia em alguns redutos tradicionais na cidade, o que chegou a frustrar donos de estabelecimentos. Todos comemoraram, no entanto, a libera��o para funcionar


04/09/2020 21:31 - atualizado 04/09/2020 22:27

Tradicional reduto da boemia, Avenida Fleming 'sextou' com bares mais vazios(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
Tradicional reduto da boemia, Avenida Fleming 'sextou' com bares mais vazios (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
A primeira sexta-feira com happy hour em BH ap�s quase seis meses suspens�o dos bares foi de mesas vazias em alguns dos tradicionais redutos da boemia da capital situados fora do circuito Centro-Sul. Em outros, a noite demorou a esquentar, com a maioria dos clientes chegando apenas mais tarde aos bares. 


Na Pra�a Duque de Caxias, Bairro Santa Tereza, Regi�o Leste, o Bar do Bol�o tinha apenas uma mesa ocupada por volta das 19h30. O propriet�rio Luiz Cl�udio Rocha acreditava que a noite n�o seria de casa cheia.

"As pessoas t�m ligado muito para saber se estamos abertos, mas ainda n�o apareceram. Tudo indica que o movimento vai ser moderado, pois s� vamos at� as 22h. Se fosse para encher, j� ter�amos uma procura maior. De toda forma, n�o reclamo. Estar de portas abertas j� � uma alegria”, comemora. 

Para os clientes, encontrar o ambiente vazio foi uma esp�cie de brinde extra. “Esta primeira cerveja depois de tanto tempo em confinamento tem gosto de liberdade e seguran�a. Tomara que n�o comecem as aglomera��es. Por enquanto, est� tudo �timo por aqui”, brinca o servidor p�blico Christian Pecinalli, que foi curtir o fim de tarde no Bol�o com a namorada, a engenheira Lindalva Ara�jo. 

Os amigos Cristiano Oliveira e Dalvo de Castro Braga voltaram a se reunir depois de seis meses(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
Os amigos Cristiano Oliveira e Dalvo de Castro Braga voltaram a se reunir depois de seis meses (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
Na mercearia do Nivaldo, outro famoso estabelecimento da regi�o, o clima era mais animado. A noite come�ou com cerca de 70% dos lugares dispon�veis nos balc�es ocupados. Muitos dos clientes aproveitavam para reencontrar amigos ap�s um longo per�odo de afastamento imposto pela pandemia de COVID-19.

Foi o caso do analista de sistemas Cristiano Oliveira e do aut�nomo Dalvo de Castro Braga, que n�o se reuniam havia seis meses. “Bom demais isso! Maravilha! Poder sentar no boteco e tomar uma cerveja, socializar, faz falta demais!”, comenta Cristian. 

Para conter eventuais aglomera��es e garantir a seguran�a, a Pol�cia Militar montou uma base m�vel na Pra�a Duque de Caxias. Segundo os agentes, nenhuma ocorr�ncia foi registrada na regi�o at� as 20h. 


Sem dinheiro

(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
Na Avenida Alberto Cintra, Bairro Cidade Nova, Regi�o Nordeste da capital, o restaurante Surubim no Espeto tinha clientes em apenas seis das 82 mesas montadas nesta sexta por volta das 20h. Otimista, o gerente Paulo Lima acreditava que atenderia ao menos 120 pessoas at� o fim do expediente.

Antes da pandemia, ele diz que a casa costumava receber at� 400 pessoas no mesmo per�odo de tempo: “Confesso que estou um pouco frustrado com esta estreia, mas, ainda sim, satisfeito. A gente achava que ia quebrar, n�? Vend�amos R$ 500 mil antes da epidemia, passamos a vender R$ 40 mil na �poca em que s� estava liberado o delivery. Mas estamos de portas abertas e chegamos aqui sem demitir ningu�m. O resto se ajeita”. 

A aposentada Marise Barroso, de 65 anos, esteve no local com filho, Lucas Barroso, para celebrar o anivers�rio de 30 anos do rapaz. Acompanhada tamb�m do marido, da nora e da sobrinha, ela elogiou as condi��es de seguran�a oferecidas pela casa.

“Estamos achando tudo muito limpo e organizado. E sem aglomera��es. O que � muito importante para mim, que sou do grupo de risco e estou saindo da clausura pela primeira vez desde mar�o! Este � o gole de cerveja mais gostoso da minha vida!”, brinca Marise. 

O fluxo de clientes tamb�m foi m�dio no circuito de bares da Avenida Fleming, no Bairro Ouro Preto, Regi�o da Pampulha, onde a noite costumava ser bastante agitada antes da pandemia.

�s 20h15, pouco mais de 40% das mesas do Fil� estavam ocupadas. A gerente Amanda Giovanini acredita que o movimento tanto noturno, quanto diurno deve melhorar a partir de ter�a-feira (8), quinto dia �til do m�s, data em que grande parte dos trabalhadores costumareceber o sal�rio.

“Acho que as pessoas est�o sem dinheiro, por isso ficaram em casa. Ou, de repente, preferiram viajar nesse feriado. � cedo para dizer. Vamos aguardar os pr�ximos dias”, afirma. 

Para reduzir o risco de cont�gio pelo novo coronav�rus, o local trocou os card�pios de papel pelos digitais, que podem ser visualizados no smartphone. Basta apontar a c�mera do aparelho para os c�digos QR (c�digos de barras bidimensionais que se convertem em texto e imagens) distribu�dos pelas mesas.

A novidade n�o agradou muito a pedagoga Sabrina Avelar, que foi � casa curtir um happy hour com duas amigas. “Achei trabalhoso. a gente tem que ficar fazendo cadastro, informando nome, telefone, essas coisas. Mas, se � para a nossa seguran�a, est� tudo certo. E, depois, beber esta cerveja ao ar livre aqui n�o tem pre�o!”, celebra. 

Alguns bares modernizaram o cardápio, que agora pode ser visualizado pela câmera do celular(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
Alguns bares modernizaram o card�pio, que agora pode ser visualizado pela c�mera do celular (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)



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