Exerc�cio, lazer e sol: BH tem manh� de domingo com movimento intenso em v�rios pontos

Em Belo Horizonte, com as diversas flexibiliza��es na �rea comercial e com pra�as p�blicas sem grandes limita��es, a ideia do “fique em casa”, pregada desde mar�o devido � pandemia do novo coronav�rus, parece ter ficado definitivamente para tr�s. A reportagem do Estado de Minas circulou por pontos da capital de Minas Gerais na manh� deste domingo (6) e constatou milhares de pessoas nas ruas, seja aproveitando o agrad�vel tempo ensolarado, visitar amigos ou at� mesmo ir a algum estabelecimento.

Na Lagoa da Pampulha, um dos principais pontos tur�sticos da capital, v�rias pessoas faziam atividades f�sicas ao ar livre, como corrida, ciclismo e caminhada. Outras apenas usavam o tempo para aproveitar o clima bom com a fam�lia. Os equipamentos de muscula��o estavam interditados, mas os bebedouros estavam dispon�veis.

Morador do Bairro Cai�ara, Ant�nio de Jesus Ferreira, de 63 anos, aproveitou para passear com a filha, Rebeca, de 15. "As coisas parecem estar melhorando. O com�rcio voltou a funcionar, voc� v� que a maioria das pessoas est� tomando os cuidados. E as pessoas, principalmente as crian�as, t�m essa necessidade de aproveitar um tempo bom como esse aqui na orla da Lagoa", afirma.

J� na Pra�a da Liberdade, na Regi�o Centro-Sul de BH, o cen�rio foi semelhante ao da Pampulha. A pra�a n�o estava t�o cheia quanto a orla da Pampulha, mas muitas pessoas faziam atividades f�sicas ou aproveitavam o espa�o para lazer.

A grande maioria parecia preocupada com a propaga��o da COVID-19 e tomava os cuidados necess�rios, como uso de m�scara de prote��o e a necessidade de manter o distanciamento. Por�m, ainda foi poss�vel perceber algumas pessoas sem m�scaras, tanto quando praticavam exerc�cios quanto nos momentos de lazer e relaxamento.

A fiscaliza��o tamb�m estava presente. Al�m de Guarda Municipal, agentes da BHTrans e da prefeitura estavam mobilizados.

BH tem um avan�o ininterrupto da retomada das atividades comerciais desde o in�cio de agosto, quando estabelecimentos comerciais considerados n�o essenciais come�aram a abrir as portas, desde que sigam os protocolos estabelecidos. Nessa semana, bares e restaurantes puderam abrir at� 22h em certos dias e vender bebidas alco�licas, outro momento que indica o avan�o da flexibiliza��o na capital.

Algumas pessoas, quando abordadas pela reportagem, queixaram-se do uso da m�scara na pr�tica f�sica ao ar livre. Segundo Luciano Sales Prado, professor e doutor em Ci�ncias do Esporte e coordenador t�cnico do Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o uso da m�scara de prote��o durante as atividades f�sicas em p�blico � necess�ria.

"A proximidade f�sica � perigosa. H� um risco de cont�gio por meio de got�culas, que s�o expelidas pela respira��o. Por isso, a m�scara � uma barreira f�sica importante, tanto para que a pessoa n�o contamine os outros quanto para que n�o seja contaminada. Como a m�scara � uma barreira f�sica, pode ser que realmente se crie um microambiente entre a boca e o nariz que contenha um pouco mais de di�xido de carbono. No entanto, isso n�o � necessariamente ruim, t�xico, nem faz mal � sa�de", disse, � R�dio UFMG Educativa.

O especialista lembrou que o rendimento pode ser menor com o equipamento, pela dificuldade de respira��o, mas que n�o causa nenhum mal � saude. “O que pode acontecer � que, em exerc�cios mais prolongados e intensos, essa musculatura seja sobrecarregada e o desempenho seja reduzido. Isso � poss�vel, mas n�o representa nenhum risco para a sa�de das pessoas”.

Desde que a prefeitura passou a informar diariamente em seus boletins a ocupa��o dos leitos, em 30 de maio deste ano, a taxa de uso das unidades de terapia de intensiva nunca foi t�o baixa. O menor quantitativo no per�odo havia sido registrado no �ltimo dia 28: 52,8%.

 

Belo Horizonte chegou na �ltima quinta-feira (3) a 1.057 mortes por COVID-19. O boletim epidemiol�gico e assistencial da prefeitura informa que 13 �bitos pela doen�a aconteceram entre quarta e quinta. Quanto ao n�mero de casos, a cidade chegou a 35.319 – uma diferen�a de 357 diagn�sticos para o levantamento anterior.

O n�mero de pessoas que morreram em decorr�ncia de infec��o pelo novo coronav�rus em Minas nesse s�bado est� desatualizado e oficialmente permaneceu em 5.708 �bitos, mesmo quantitativo da �ltima sexta-feira, em semana de alta na m�dia di�ria de �bitos notificados de 9%. O mesmo boletim deste s�bado, contudo, aponta aumento de 3.865 casos de COVID-19 no estado, de 228.013 para 231.878 testes positivos.

De acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), o fato se deve a uma instabilidade no sistema de notifica��es do Minist�rio da Sa�de, em Bras�lia. Levando-se em conta um apanhado de registros di�rios de �bitos, a m�dia semanal de domingo a sexta-feira desta semana foi 9% superior � m�dia do mesmo per�odo da semana anterior, subindo de 67 para 73 �bitos em m�dia todos os dias.