
Em raz�o da pandemia do novo coronav�rus, a comemora��o deste ano est� bem reduzida em compara��o aos anteriores. O mercado, que abriu as portas �s 8h nesta segunda-feira, funcionar� at� �s 13h, mas com lota��o m�xima de 370 pessoas. Assim, uma fila se formou na porta local com pessoas esperando a oportunidade de passear pelos corredores do mercado.
"O aniversariante de hoje est� assediado", comentou Luiz Carlos Braga, superintendente do Mercado Central. Mesmo com os desafios, o anivers�rio n�o est� passando em branco. "Tradicionalmente, a gente tem, na Pra�a do Abacaxi, bolo para mais de 600 pessoas, banda de m�sica, parab�ns. Este ano a gente n�o vai ter nada. Infelizmente, o momento n�o permite grandes comemora��es. Acho que todos os aniversariantes de mar�o pra c� tiveram um bolo virtual e o Mercado n�o � diferente", disse Luiz.

H� cerca de um m�s, desde quando a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) come�ou a flexibiliza��o do com�rcio, o movimento no Mercado vem crescendo. "Com o com�rcio voltando, mesmo que seja em apenas alguns dias, reflete aqui dentro do Mercado", comenta. Entretanto, Luiz v� que o momento � complicado: "L�gico que as pessoas n�o podem achar que a pandemia acabou, mas s� de algumas pessoas sa�rem de casa, com a prote��o necess�ria, a gente j� sente o movimento".

Luiz conta que as lojas est�o funcionando dentro dos protocolos de seguran�a para evitar a propaga��o do novo coronav�rus. "Temos �lcool em gel, todos usam m�scaras, temos avisos sonoros e fizemos uma circular para os comerciantes mostrando a necessidade de manter os protocolos", comenta.
Al�m disso, o superintende afirma que est� do lado dos comerciantes para que este momento passe com seguran�a, "o mais r�pido poss�vel". "Espero voltar para o aconchego da resenha, do cafezinho. Isso � importante", completa.
Bares
Com a flexibiliza��o do com�rcio em BH, os bares do Mercado voltaram a funcionar no �ltimo s�bado (5), ap�s cerca de seis meses fechados. Dos 13 bares do mercado, 11 funcionaram neste final de semana, "seguindo os protocolos determinados pela PBH", garantem.
"Os bares do Mercado s�o, tradicionalmente, apertados. Com bancadas de dois ou tr�s metros de cumprimento", comenta Luiz. Para ampliar a capacidade dos bares e aumentar a seguran�a dos clientes, os donos dos bares e a administra��o decidiram colocar mesas no estacionamento, em uma �rea aberta de 540 m² na parte localizada acim das lojas.

"Ent�o o cliente fica sentado l�, bebendo a cerveja e comendo um petisco. Todos os materiais s�o descart�veis. Inclusive, foram disponibilizado caixas t�rmicas para colocar as garrafas", comenta Luiz. Outro ponto que refor�a a seguran�a dos clientes nos bares s�o os gar�ons. "N�o pode transitar com nada descoberto nos corredores. Ent�o, voc� pede o tira-gosto, o cara faz no restaurante e leva para voc� com tudo tampado", explica.
Apesar desta medida, J�lio Pereira, dono do bar Fortaleza, conta que o movimento foi muito baixo. "Est� muito fraco. Hoje (segunda), o hor�rio de funcionamento permitido para os bares � das 11h �s 13h. Ent�o nem deu tempo", conta Julio. Para ele, houve pouca divulga��o sobre a abertura dos bares. "Como s� abrimos �s 11h, muita gente j� tinha ido embora", explica.
O bar Fortaleza est� com uma �rea demarcada no corredor e com algumas mesas no estacionamento. Apesar da grande disponibilidade de espa�o, o dono conta que as mesas ainda estavam vazias. "N�o est� enchendo nem aqui embaixo- no corredor-, imagina l� em cima que as pessoas ainda n�o t�m costume", explica.
Mesmo com as dificuldades, Julio se mant�m positivo. "Ainda d� tempo de melhorar. Vai melhorar", diz. Os carros chefes da casa, o chopp e a cerveja gelada, devem atrair clientes nesta segunda-feira de muito calor.
Hist�ria
Em 7 de setembro de 1929, o antigo campo de futebol do America dava espa�o para a cria��o do Mercado Central. Com apenas algumas barracas, a inten��o era reunir comerciantes no centro da capital mineira.Mais de nove d�cadas depois, o Mercado abriga mais de 400 lojas. Com atendimento bil�ngue, tornou-se um ponto tur�stico da capital que atrai pessoas do Brasil e do mundo.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira