
No quarteir�o fechado da rua Carij�s, no centro de Belo Horizonte, o Estado de Minas avistou alguns trabalhadores expondo suas mercadorias. Ao lado de sua esposa, Silvana, o artes�o Ronan Moreira comercializava seus colares, brincos e outros acess�rios feitos � m�o. Ele cr� que a abertura das lojas aos s�bados pode refletir positivamente em seu neg�cio.
“Fiquei sessenta dias em casa, mas n�o d� para ficar mais. Ou voc� morre de fome ou de coronav�rus”, sustenta. Ronan est� h� 25 anos atuando nas ruas e � “figurinha” conhecida dos que passam pelo tradicional quarteir�o fechado.
Expondo tapetes, panos de prato e outros utens�lios do tipo, Ros�nia Ribeiro chegou ao centro �s 5h da manh� de s�bado — e n�o tinha hora para encerrar o expediente.
“J� comecei vendendo. E ainda estou montando. Pretendo ficar aqui at� quando ‘cansar’ minha beleza”, conta, em tom bem-humorado. Ros�nia acredita que h�bitos de higiene propagados em virtude da COVID-19 podem, inclusive, impulsionar o trabalho feito por ela.
“Os infectologistas mandaram as pessoas usar tapetes com �lcool e �gua sanit�ria para limpar os p�s”, lembra.

Guardas e fiscais por todo o centro
Durante as horas que a reportagem passou no centro de BH nesse s�bado, foi poss�vel ver diversos agentes da Guarda Municipal e fiscais da prefeitura atentos ao que se passava nas lojas. Para funcionar, vale lembrar, � preciso que diversas medidas preventivas, com a utiliza��o de m�scaras, sejam seguidas.
Integrantes do Executivo municipal oficializaram a autoriza��o para a abertura aos s�bados em entrevista coletiva concedida na sexta-feira (11). Agora, lojas de rua podem abrir �s portas das 9h �s 17h. O com�rcio instalado em shoppings, por sua vez, est� autorizado a funcionar entre 12h e 20h. Nos dias �teis, os shoppings podem abrir no mesmo hor�rio. Os estabelecimentos com porta para a rua atuam das 11h �s 19h.
- Veja aqui como foi o movimento nas lojas de rua na manh� desse s�bado.
- Clique aqui para ler sobre o funcionamento de shoppings e da Galeria do Ouvidor.
Processo de flexibiliza��o
Depois de flexibilizar a quarentena e liberar o funcionamento de alguns setores do com�rcio varejista entre 25 de maio e 26 de junho, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) voltou � "fase zero" – apenas os servi�os essenciais poderiam funcionar. A reabertura gradual s� foi retomada a partir de 6 de agosto, quando alguns segmentos n�o-essenciais puderam funcionar em escala alternada, tr�s dias por semana.
J� no dia 20 de agosto, Kalil atendeu a um pedido de entidades ligadas aos lojistas da capital e aumentou a quantidade de dias permitidos para o funcionamento do com�rcio, que recebeu autoriza��o para abrir as portas de segunda e sexta. Nessa etapa, umas das novidades da flexibiliza��o foi a permiss�o para a reabertura dos restaurantes para almo�o, sem consumo de bebida alco�lica nos locais.
Uma semana depois, a PBH oficializou a reabertura de bares e restaurantes a partir do dia 4 de setembro, com hor�rios e dias da semana definidos. Al�m disso, o Executivo municipal autorizou o funcionamento de academias e cl�nicas de est�tica. Todos os segmentos est�o tendo que adotar protocolos espec�ficos.