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Estado de Minas INVESTIGA��O

M�dico que operou jovem tem inqu�rito em aberto por morte de outra paciente

Segundo a Pol�cia Civil, se comprovado que o m�dico n�o estava autorizado a realizar os procedimentos est�ticos, ele poder� ser condenado por homic�dio culposo


15/09/2020 17:12 - atualizado 15/09/2020 17:50

Coletiva de imprensa da Polícia Civil realizada na tarde desta terça-feira (15)(foto: Juarez Rodrigues/ EM/ D.A. Press)
Coletiva de imprensa da Pol�cia Civil realizada na tarde desta ter�a-feira (15) (foto: Juarez Rodrigues/ EM/ D.A. Press)
A Pol�cia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, na tarde desta ter�a-feira (15), que o m�dico que realizou os procedimentos est�ticos em Edisa de Jesus Soloni, de 20 anos - que morreu no �ltimo s�bado, horas depois da cirurgia -, tem um inqu�rito em aberto referente a 2011. Na ocasi�o, o m�dico, que � aspirante a membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pl�stica (SBCP), foi o respons�vel pelo procedimento que levou uma funcion�ria p�blica a �bito. 

O delegado Vin�cius Dias, respons�vel pelas investiga��es, revelou que o inqu�rito do primeiro caso, instaurado em 2011, deve ser remetido � Justi�a e se somar� ao caso da morte de Edisa. 

“O m�dico exercia a atividade profissional em outra cl�nica que n�o � vinculada � Bel�ssima, mas que era de procedimentos est�ticos tamb�m. Ele tamb�m trabalhava na condi��o de aspirante para a SBCP. As provas do inqu�rito anterior v�o ser usadas nesse agora”, explicou. 

Al�m disso, a partir do recolhimento de documentos e prontu�rios na cl�nica est�tica localizada na Savassi, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, que foi feito na manh� desta ter�a-feira, p�de se constatar que o alvar� de funcionamento est� em conformidade com as exig�ncias da prefeitura. Mas, “em rela��o ao alvar� da vigil�ncia sanit�ria, ser� necess�rio an�lises posteriores para verificar se ele contempla a atividade que foi realizada na cl�nica”, ressaltou o delegado. 

Ainda segundo as primeiras investiga��es, o profissional respons�vel pela morte da jovem tem v�rios cursos feitos na �rea de cirurgias pl�sticas, mas n�o � membro da SBCP, o que poderia ser um indicador negativo para sua defesa nesse caso. “Ele pode ter desrespeitado normas t�cnicas que a Sociedade Brasileira de Cirurgias Pl�sticas determinou a ele, como por exemplo: o prontu�rio m�dico n�o seguia a risca o que a sociedade pede”, completou. 

De acordo com o delegado Wagner Silva Sales, o caso da jovem Edisa trata-se de um fato complexo que demanda de uma investiga��o profunda e delicada, mas pode ter sido um homic�dio culposo, que no linguajar popular � conhecido como erro m�dico.

“Para que isso seja comprovado � necess�ria a confirma��o de v�rios fatores: a ocorr�ncia de culpa, verifica��o de modalidades da culpa, possibilidade de neglig�ncia, imper�cia, imprud�ncia e nexo de causalidade”, explicou. 

A Pol�cia Civil tamb�m informou que a cl�nica pode ser suspensa caso as provas demonstrem que o m�dico n�o era habilitado para a realiza��o dos procedimentos. 
 
A reportagem do Estado de Minas questionou a Pol�cia Civil sobre qual o motivo da demora na conclus�o do inqu�rito instaurado em 2011. Em nota, a institui��o se limitou a dizer que "ainda est� em tramita��o, pois existem dilig�ncias em andamento. Assim que conclu�do, ser� remetido � justi�a." 

Entenda o caso

A cabeleireira Edisa de Jesus Soloni, de 20 anos, morreu ap�s se submeter a cirurgias pl�sticas em Belo Horizonte. O �bito ocorreu em 11 de setembro, horas depois que ela realizou tr�s procedimentos na cl�nica Bel�ssima, situada na Savassi, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte.

Edisa desmaiou quatro horas ap�s as cirurgias. O m�dico chegou a encaminh�-la ao Hospital Fel�cio Rocho, mas a cabeleireira morreu pouco depois de dar entrada na institui��o. 

Parentes e amigos da jovem fizeram um protesto na porta do estabelecimento nessa segunda-feira (14). Munido de faixas e cartazes, o grupo acusou o m�dico, que � dono da cl�nica, de neglig�ncia. 

De acordo com os familiares, o cirurgi�o teria convencido Edisa a realizar tr�s procedimentos simultaneamente: lipoabdominoplastia (remo��o de gordura e pele em excesso do abd�men), inser��o da gordura retirada da barriga nos gl�teos e lipo na papada. Todas as interven��es teriam sido feitas na pr�pria cl�nica, j� que o profissional avaliou que elas poderiam prescindir da estrutura hospitalar. As opera��es, segundo a fam�lia, custaram R$ 11 mil, pagos � vista.
 
* Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie. 


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