Zool�gico de BH se prepara para reabrir com a chegada e o nascimento de animais
Durante isolamento social, obras foram feitas no local. Dois animais morreram, tr�s em extin��o chegaram e houve o nascimento de um macaco barrigudo
Macaco-barrigudo com filhote (foto: Herlandes Tinoco/Divulga��o/PBH)
O per�odo de quarentena em fun��o da pandemia do novo coronav�rus em nada atrapalhou o zool�gico de Belo Horizonte. Pelo contr�rio, os meses de isolamento social foram produtivos no espa�o dos animais. Pequenas obras e reparos foram feitos para melhor aconchegar as esp�cies e tamb�m receber o p�blico, que ainda segue sem data para poder voltar a visitar o jardim.
“Estamos no processo de finaliza��o dos processos b�sicos para a reabertura. Dentro da programa��o do qual o zoo faz parte, tivemos alguns parques abertos, mas ainda estamos aguardando orienta��o da Secretaria Municipal de Sa�de”, adianta Humberto Mello, gerente do Jardim Zool�gico. Os protocolos s�o os mesmos dos parques municipais: agendamento, uso de m�scara e distanciamento social.
As novidades para os visitantes come�am com boas not�cias. Houve chegada e nascimento de animais. Um cervo-do-Pantanal chegou em parceria com o N�cleo de Pesquisa e Conserva��o de Cerv�deos da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Em um trabalho de conserva��o integrada com o Zool�gico de S�o Paulo, BH tamb�m recebeu duas esp�cies amea�adas de extin��o: um mico-le�o-de-cara-dourada e um mico-le�o-preto.
Em 25 de agosto nasceu um macaco-barrigudo, esp�cie tamb�m amea�ada de extin��o no pa�s. Outra novidade foi o primeiro voo da filhote de arara-azul-grande, que nasceu no fim do ano passado.
Filhote de arara-azul-grande al�ou primeiro voo (foto: Humberto Mello/Divulga��o/PBH)
“No caso da arara, considero como ganho do isolamento porque � um animal que foi criado pelos pais e teve primeiro voo agora”, analisa Humberto Mello. “Todo esse cen�rio de chegadas e nascimento serve pra gente tra�ar um plano de conserva��o das esp�cies. Fortalece nossa fun��o de jardim zool�gico.”
Reformas
De acordo com a Funda��o de Parques Municipais e Zoobot�nica, foi feita uma pequena reforma na �rea de visita��o dos gorilas, reformula��o dos port�es da �rea interna, constru��o de comedouros com �rea de sombra para emas e avestruz, constru��o de estrutura para receber uma iguana e tamb�m transfer�ncia do espa�o de jacar�s. “Aproveitamos esse tempo e fizemos ambienta��o de v�rios recintos para bem estar dos nossos animais. A gente n�o parou n�o. Sempre com um olhar para o bem estar”, conta Mello.
O gerente do local garante que a falta do p�blico n�o alterou o comportamento dos bichos. “Est�o todos bem. Quanto mais tivermos esse olhar para os programas de bem estar animal, n�o haver� mudan�a no comportamento deles. Tivemos esse cuidado e vamos continuar tendo sempre”, disse.
Embora a falta de gente nos corredores n�o tenha influenciado nos h�bitos dos animais, os trabalhadores do jardim zool�gico n�o escondem a saudade. “A gente sente falta das pessoas. Al�m de pesquisa e lazer, uma das principais fun��es � a educa��o. Faz parte do nosso trabalho conversar com os visitantes para que as pessoas entendam a real fun��o de incentivar a preserva��o. Precisa ter essa troca, gera conhecimento, aprendizagem. Tem uma ansiedade de ver a carinha das pessoas novamente, mas estamos nos preparando”, conta Humberto Mello.
Perdas
O per�odo, no entanto, n�o foi s� de alegrias. A leoa Hanna morreu aos 14 anos, v�tima de um c�ncer abdominal. Em 2012, ela chegou a ser considerada a rainha do Zool�gico de BH.
Leoa Hanna era a rainha do zoo (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
A on�a-pintada Jonas tamb�m se despediu sem plateia. Segundo o gerente do zool�gico, ela j� era considerado idosa com 20 anos de idade. “Teve uma manifesta��o estranha, suspeita de contamina��o por chumbo”, explica. O animal estava no parque desde 2004.
On�a-pintada Jonas flagrada pelo EM em 2014
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)