'Guanabara n�o vai fechar', diz propriet�rio de parque s�mbolo de BH

Muita gente se emocionou com a possibilidade de n�o poder mais se divertir na maior roda-gigante de g�ndola do Brasil, com 36 metros de altura, instalada na regi�o da Pampulha em Belo Horizonte. A not�cia de que o Parque Guanabara poderia fechar as portas pegou os belo-horizontinos de surpresa.

N�o estamos preparados para essa perda. De fato as dificuldades enfrentadas, durante sete meses de fechamento, s�o imensas. Mas Reynaldo Pereira Dias, 59 anos, um dos propriet�rios em entrevista ao Estado de Minas garantiu que a empresa vai encontrar sa�das para um dos piores momentos enfrentados, desde a funda��o em 1951, em Cachoeira do Itapemirim no Esp�rito Santo. O parque � a concretiza��o do sonho do pai de Reynaldo, Paulo Pereira Dias (1912-1995), um construtor de brinquedos.

 

Em 1970, Paulo adquiriu o terreno de 9 mil metros quadrados na Pampulha, onde desde ent�o funciona o parque. As atra��es colorem a paisagem, trazendo um ar de encantamento tanto para crian�as e adultos. O tromba-tromba na autopista, a Lagarta gigante, Sky fall, Crazy dance garantem adrenalina e divers�o aos frequentadores de todas as idades. A crian�ada se diverte com o barco pirata e o trem fantasma.

E n�o falta o carrossel para deixar mem�rias doces da inf�ncia.  Ao todo s�o 106 funcion�rios para fazer tudo funcionar. Uma estrutura que despende, mensalmente, R$ 750 mil para ser mantida quando em pleno funcionamento. Com as portas fechadas pela pandemia, os gastos se mant�m na ordem de R$ 300 mil.

Reynaldo, por�m, tem f� que o parque vai superar esse momento ruim e ele � muito grato ao apoio que vem recebendo nas redes sociais, mas desmente algumas mentiras que circularam, como uma peti��o pedindo para que n�o seja cobrado aluguel. O parque fica em terreno pr�prio. Confira a entrevista.

Em momento algum, disse que temos a inten��o de fechar. N�o temos mesmo a inten��o de fechar. Para os jornalistas, mostrei a realidade da emprsa depois de quase sete meses parado. Em qualquer empresa, que ficar por sete meses, a  situa��o fica complicad�ssima. Ficar sete meses sem entrar nada.

A nossa expectativa, e esperan�a, � que possamos, em breve, voltar as atividades e cobrir esse buraco que a pandemia fez. 

 

 

N�o entro nessa quest�o, porque � muito dif�cil avaliar a��es dentro da pandemia. Essa pandemia ningu�m esperava por isso. Ningu�m tinha um manual pronto para lidar com essa pandemia. N�s, como todos os brasileiros, todas as empresas brasileiras e o mundo, estamos passando por uma coisa inesperada. O mundo, de forma geral, est� aprendendo a enfrentar essa nova situa��o. Ent�o, se tem alguma coisa a qual a gente pode creditar situa��o atual � o v�rus, a pandemia.

J� est� acontecendo. A solidariedade popula��o enorme. Estamos recebendo telefonemas e mensagens, a��o de apoio nas redes sociais. N�o esperava ter repercuss�o t�o grande e ades�o solid�ria t�o positiva para o parque. J� est� acontecendo. A popula��o de Belo Horizonte lamenta a perspectiva de o parque fechar, embora,  em momento algum, afirmamos que temos plano de fazer isso.Pelo contr�rio, estamos  trabalhando continuidade Parque Guanabara. Isso, se Deus quiser � o que vai acontecer. 

Tem uma peti��o que desconhecemos quem fez. Uma peti��o para que as pessoas assinem pedindo ao propriet�rio do terreno que deixasse de cobrar o aluguel. N�o sei quem fez essa peti��o e de onde tirou essa ideia. O terreno do parque � pr�prio. Meu pai comprou em 1970. N�o sei porque fizeram essa peti��o. Mas n�o temos ger�ncia sobre isso. 

 

Estamos na expectativa disso. Pelo programa de reabertura, que acompanhamos diariamente, vai chegar a nossa vez. Atividades como museus cinemas, casas noturnas atividade em grupo est�o estudo. Expectativa � que, em breve, vai ter defini��o como teve defini��o para clubes e feira hippie, e v�rias atividades que voltaram ao funcionamento, claro!, com protocolos de seguran�a. O parque de divers�o � uma das empresas mais preparadas para implanta��o de protocolo seguran�a. Isso j� est� no nosso DNA.

Nosso cotidiano � voltado para funcionalidade e a seguran�a. Recebemos quase 40 mil por m�s e precisamos receb�-los e proporcionar total seguran�a. As pessoas chegam e ficam distra�das, querendo brincar. N�o se preocupam com os cuidados. Essa  responsabilidade abra�amos desde quando o parque foi criado h� quase 70 anos.

Em momento algum disse que temos a inten��o de fechar. Como n�o temos mesmo a inten��o de fechar. Mostrei a realidade da empresa depois de quase sete meses parado.

Reynaldo Pereira Dias

 

Se eu pudesse falar algo, eu pediria que ele olhasse com carinho para o parque. A nossa despesa � grande demais. Resistimos, gra�as a Deus, h� quase sete meses, fechados.  Isso acaba. Os recursos para se manter s�o finitos. Pediria que olhasse com carinho para gente, como todo os outros setores est�o pedindo. Se h� um culpado � a pandemia. Pandemia trouxe crise mundial. O Brasil est� sofrendo muito.