Calor�o e chuva r�pida: entenda o fen�meno previsto para esta quinta em Minas

Deu a louca no clima. Ontem, quando os term�metros marcaram 38,4°C, no dia mais quente da hist�ria de Belo Horizonte, os moradores foram surpreendidos com ventania e chuva em alguns pontos da capital. O fen�meno se repetiu em outras cidades da Regi�o Central, como Mariana e Ouro Preto, onde a popula��o conviveu com o forte calor e chuva.

 

O meteorologista Ruibran dos Reis, do Climatempo, explica que a “loucura do tempo” se deve � pr�pria onda de calor e � varia��o atmosf�rica, que resulta na forma��o da ventania. Segundo ele, temperaturas altas seguidas de chuva dever�o se repetir hoje. Da mesma forma, nos pr�ximos dias, poder�o ser batidos novos recordes nas marca��es dos term�metros na capital e no interior de Minas.  

“O forte calor organizou temporais isolados no Sul de Minas e na Zona da Mata. Choveu em Ouro Preto e Mariana – tivemos chuva forte nesses lugares e tamb�m em Manhumirim, Manhua�u e Alto Jequitib�. Tamb�m tivemos chuva de granizo na Zona da Mata. Isso se deve ao calor e disponibilidades, as famosas chuvas de ver�o que acontecem no fim da tarde”, disse o meteorologista.

Ele explicou que a ventania verificada na tarde de ontem na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi causada pela varia��o da press�o atmosf�rica. “Os ventos fortes foram formados devido � varia��o de press�o atmosf�rica. E para ter essa press�o atmosf�rica de press�o tem que haver uma varia��o de temperatura. Ent�o, devido a essa varia��o de temperatura, houve o levantamento do ar, que organizou a ventania, principalmente, nos pontos mais altos da capital”, relatou Ruibran. 

Ainda segundo ele, a previs�o � de continuidade do forte calor, podendo tamb�m ocorrer chuvas nos pr�ximos dias. “Poderemos ter novos recordes de temperaturas na capital e no interior de Minas, principalmente, amanh� (hoje) e na sexta-feira. A massa de ar quente continua atuando no estado. Essas chuvas que ocorreram hoje (ontem) foram somente pontuais”, disse.

De acordo com Ruibran dos Reis, hoje, h� possibilidade das chamadas “chuvas de ver�o” no Sul de Minas e nas regi�es do Campo das Vertentes, Zona da Mata e na Regi�o Central do estado. Ele disse que chuvas mais intensas capazes de provocar queda da temperatura somente poder�o ocorrer a partir de domingo , “com a chegada de uma frente fria”.

Antes do recorde de 38,4°C batido na tarde de ontem em Belo Horizonte, o dia de calor mais forte em Belo Horizonte foi o �ltimo s�bado, dia 3, quando os term�metros marcaram 37,8°, superando os  37,4°C registrados em 2015. Na manh� de ontem, BH bateu o recorde de temperatura m�nima mais alta do ano, de 23,9°C. Geralmente, esses momentos mais frios (ou, neste caso, menos quentes) do dia s�o registrados entre o fim da madrugada e o in�cio da manh�. Os �ndices de umidade do ar seguiram baixos ontem, entre 20 e 30%.

 

A r�pida chuva de ontem aliviou um pouco os belo-horizontinos. O refresco passageiro durou aproximadamente 15 minutos. Mesmo assim, n�o foi observado em toda a cidade. A chuva fraca predominou na Regi�o Centro-Sul de BH. H� relatos de vento e chuva nos bairros Cruzeiro, Funcion�rios, Luxemburgo, Serra, S�o Lucas, Santa Efig�nia, Sion, Santo Agostinho e Santo Ant�nio. Pelas redes sociais, os belo-horizontinos comemoraram. Outros reclamaram pelo fato de a chuva ter sido em pontos isolados – o que � t�pico nesta �poca do ano. *Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Correa

Em dois munic�pios da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, o calor�o � agravado pela falta d'�gua nas resid�ncias e estabelecimentos comerciais. O problema come�ou em setembro, mas piorou na �ltima semana. Em Pedro Leopoldo, bairros da regi�o Norte da cidade est�o sem abastecimento cont�nuo h� cinco dias. O procurador-geral do munic�pio, Cristiano Fonseca Pereira, informou que a administra��o municipal entrou com uma A��o Civil P�blica contra a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) na ter�a-feira, em que exige o reestabelecimento imediato do fornecimento cont�nuo de �gua na cidade. Em Lagoa Santa, em v�rias casas do condom�nio Mirante do Fidaldo, no registro de �gua s� passa ar. A Copasa informou que os casos de desabastecimento na RMBH s�o “pontuais”. Por�m, a Companhia admitiu que, em alguns pontos, o sistema est� sobrecarregado, o que torna o abastecimento irregular. Segundo a Copasa, isso � mais comum em regi�es altas.