
A Campanha Nacional de Vacina��o contra a poliomielite para crian�as de at� 5 anos vai at� o dia 30 deste m�s em postos de sa�de de todo o pa�s. Os �rg�os de sa�de alertam que a popula��o deve procurar o servi�o mesmo com a pandemia, pois a vacina � de extrema import�ncia para manter as crian�as imunes � doen�a. No s�bado (17), o dia D, a vacina��o ser� refor�ada na data prevista para a mobiliza��o nacional.
Tamb�m teve in�cio a campanha nacional de multivacina��o. Crian�as e adolescentes menores de 15 anos, n�o vacinados ou com esquemas incompletos de qualquer vacina, devem comparecer �s unidades de sa�de para atualizar a caderneta de vacina��o.
No p�blico-alvo da campanha contra a poliomielite est�o crian�as menores de 5 anos de idade, com estrat�gias diferenciadas para crian�as com at� 1 ano incompleto e para aquelas na faixa et�ria de 1 a 4 anos. A depender do esquema vacinal registrado na caderneta, a crian�a poder� receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), como dose de refor�o ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), como dose de rotina.
A estimativa do Minist�rio da Sa�de � que haja no pa�s 11,2 milh�es de crian�as nessa faixa et�ria. A meta � imunizar 95% desse p�blico.
MINAS GERAIS
Em Minas Gerais, com o slogan Cart�o em dia, sa�de protegida, a campanha quer chamar a aten��o sobre a import�ncia de manter a vacina��o em dia, em qualquer idade. "Esta a��o tem como objetivos diminuir o risco de reintrodu��o do poliov�rus selvagem no pa�s, garantir oportunidade de acesso �s vacinas, atualizar a situa��o vacinal, ampliar as coberturas vacinais, reduzir a incid�ncia das doen�as imunopreven�veis e contribuir para o controle, elimina��o e/ou erradica��o dessas doen�as", explica Josianne Dias Gusm�o, coordenadora estadual do Programa de Imuniza��es da Secretaria Estadual de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG).
No estado, a estimativa � de que 1.034.782 crian�as est�o na faixa de idade at� 5 anos. "A vacina��o � a �nica forma de proteger contra a poliomielite e evitar a reintrodu��o da doen�a em nosso estado. Por isso, devemos levar as crian�as para vacinar e, assim, manter altas as coberturas vacinais", comenta Josianne Gusm�o. S�o 4.453.616 crian�as e adolescentes at� os 15 anos em Minas, p�blico alvo da campanha nacional. Neste per�odo, ser�o ofertadas todas as vacinas do calend�rio b�sico de vacina��o da crian�a e do adolescente.
"A multivacina��o tem como objetivo a an�lise do esquema de vacina��o das crian�as e dos adolescentes para verificar se est� completo. E, para aqueles que estiverem faltando alguma vacina, ser� realizada a administra��o, garantindo assim a prote��o contra diversas doen�as imunopreven�veis, melhorando tamb�m as coberturas vacinais no pa�s", afirma Josianne Gusm�o.
DOEN�A
A poliomielite, tamb�m chamada de p�lio ou paralisia infantil, � uma doen�a contagiosa aguda causada pelo poliov�rus, que pode infectar crian�as e adultos e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros inferiores, ou at� mesmo � morte. A vacina��o � a �nica forma de preven��o.
A falta de saneamento, as m�s condi��es habitacionais e a higiene pessoal prec�ria s�o fatores que favorecem a transmiss�o do poliov�rus, por meio do contato direto com fezes ou com secre��es eliminadas pela boca das pessoas doentes.
N�o existe tratamento espec�fico para a poliomielite. Todas as pessoas contaminadas devem ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro cl�nico. Entre os sintomas mais frequentes est�o febre, dor de cabe�a e no corpo, v�mitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paral�tica ocorre a s�bita defici�ncia motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e persist�ncia de paralisia residual (sequela) ap�s 60 dias do in�cio da doen�a.
As sequelas s�o tratadas por meio de fisioterapia e de exerc�cios que ajudam a desenvolver a for�a dos m�sculos afetados. Al�m disso, pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articula��es.
Desde 2016, o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de tr�s doses da vacina injet�vel (VIP, aos 2, 4 e 6 meses) e mais as doses de refor�o com a vacina oral bivalente (VOP, gotinha). A medida est� de acordo com a orienta��o da Organiza��o Mundial da Sa�de e faz parte do processo de erradica��o mundial da p�lio. Essa vacina��o propicia imunidade individual e aumenta a imunidade de grupo na popula��o em geral.
No Brasil, o �ltimo caso de infec��o pelo poliov�rus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza, na Para�ba. Em 1994, o pa�s recebeu da Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (Opas) a certifica��o de �rea livre de circula��o do v�rus. No cen�rio internacional, hoje, existem dois pa�ses end�micos para a doen�a: o Paquist�o e Afeganist�o.
COVID-19
O Minist�rio da Sa�de orientou a rede p�blica a adotar medidas de preven��o contra a COVID-19, para garantir a seguran�a das pessoas que comparecerem aos postos. Entre as orienta��es para as unidades de sa�de est�o garantir a administra��o das vacinas em locais abertos e ventilados; disponibilizar local para lavagem das m�os ou �lcool em gel; orientar que somente um familiar acompanhe a pessoa a ser vacinada e realizar a triagem de pessoas com sintomas respirat�rios antes da entrada na sala de vacina��o.
De acordo com o minist�rio, at� o momento n�o h� contraindica��o m�dica para vacinar pessoas com infec��o pelo novo coronav�rus. Caso alguma pessoa com a doen�a, suspeita ou confirmada, esteja hospitalizada ou em unidade de sa�de com sala de vacina, ela deve receber as doses de acordo com o calend�rio nacional de vacina��o.
A campanha nacional tamb�m visa a conscientizar a popula��o sobre a import�ncia da vacina��o para a prote��o contra diversas doen�as, no �mbito do Movimento Vacina Brasil, lan�ado no ano passado com o objetivo de combater as fake news e aumentar a cobertura vacinal da popula��o.