A 6ª C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) decidiu aumentar de cinco para seis anos e oito meses, em regime semiaberto, a pena imposta a um homem condenado por tr�fico de drogas em Salinas, munic�pio localizado no norte mineiro a cerca de 650 quil�metros da capital.
A decis�o dos desembargadores atendeu a um pedido do Minist�rio P�blico do Estado e reformou tamb�m a multa determinada em primeira inst�ncia.
Em seu voto, o relator do caso, desembargador Furtado Mendon�a, destacou que embora o homem n�o tenha antecedentes criminais, as provas colhidas pelos policiais militares respons�veis pela pris�o indicam que 'o tr�fico de drogas n�o era atividade isolada na vida do r�u'. " Ao contr�rio, integrava a rotina dele", observou o magistrado.
O desembargador tamb�m chamou aten��o para a estrat�gia usada para vender a droga na Pra�a Floriano Peixoto, no Centro da cidade.
"Era um verdadeiro esquema de delivery", registra o voto. "O denunciado realmente � tecnicamente prim�rio. Entretanto, colhe-se do acervo probat�rio que ele se dedicava � mercancia il�cita, utilizando inclusive o aplicativo de mensagens Whatsapp para realizar as negocia��es. O autor, como j� destaquei, recebia os pedidos e realizava as entregas com uma bicicleta", diz outro trecho do parecer.
O voto do relator foi acompanhado pelos desembargadores Bruno Terra Dias e Jaubert Caneiro Jaques.
O homem foi preso em fevereiro de 2019. Na ocasi�o, a Pol�cia Militar de Minas recebeu den�ncias e montou uma opera��o com agentes � paisana na regi�o central de Salinas. Ao ser abordado, o suspeito confessou ter mais drogas em casa, segundo registram os autos do processo. No endere�o, os policiais encontraram aproximadamente meio quilo de coca�na, uma balan�a de precis�o, fermento qu�mico e material para dolagem. �s autoridades, o homem tamb�m teria informado que receberia R$ 10 mil com as vendas.
A senten�a do Ju�zo de Salinas n�o agradou o Minist�rio P�blico. O promotor Marco Ant�nio Picone Soares entrou com pedido de aumento de pena, apontando as circunst�ncias desfavor�veis, bem como a 'expressiva' quantidade de drogas encontradas e o seu poder nocivo. J� a defesa sustentou que os elementos achados na moradia n�o comprovam que o rapaz dedicava sua vida � pr�tica criminosa.