A plataforma foi desenvolvida pela Neoway empresa refer�ncia na utiliza��o de Big Data Analytics e Intelig�ncia Artificial, que disponibilizou gratuitamente diversas solu��es para o combate � COVID-19. A parceria com o governo de Minas, possibilitada pelo Decreto Estadual 47611/2019, ajudou a enfrentar problemas, agilizando processos e contribuindo para diminui��o de gastos com equipamentos e medicamentos.
Trabalhar grandes volumes de informa��o para chegar a determinadas conclus�es. Assim, Kadu Monguilhott, CEO da Neoway, define o objetivo da empresa. “A gente tem uma plataforma em que o nosso cliente pode ter bastante autonomia para trabalhar. A gente pega informa��es de fontes p�blicas e trata. Ent�o a gente tem levantamento de todos os hospitais, por exemplo. Eu sei quais hospitais t�m respirador, leito de UTI. Esse � um exemplo de coisas que a gente consegue tratar”.
Ele explica que sabia que a tecnologia da empresa era relevante e poderia ajudar gestores p�blicos na tomada de decis�o durante a pandemia. Ent�o resolveu disponibilizar a plataforma, chamada Neoway for Good, para o setor p�blico. “O que a gente fez foi colocar essa plataforma de an�lise de grandes volumes de dados, mas de maneira simples, na m�o do gestor p�blico. O estado de Minas Gerais foi o primeiro que aderiu � plataforma”, conta.
O Neoway for Good � um projeto criado para ajudar governos, setores de sa�de e neg�cios de todos os segmentos a superarem esse momento de crise.
Mesma tecnologia, diversas utilidades
Em Minas, a mesma tecnologia foi aplicada em diversas frentes de trabalho, nas �reas de planejamento, sa�de e controladoria. A plataforma mapeia todos os hospitais e informa o n�mero de respiradores e leitos de UTI dispon�veis. Com esses dados, o governo pode tomar decis�es sobre a distribui��o dos equipamentos para munic�pios que estejam precisando, por exemplo.
Al�m dos respiradores, a tecnologia foi utilizada no projeto Protege Minas e no setor de compras, segundo Isabella Bueno de Vasconcelos, co-CEO da Nexti , empresa parceira da Neoway e que presta consultoria para as a��es tomadas pelo estado. Enquanto os gestores precisariam acessar a base de dados p�blicos e analisar, manualmente os n�meros de todos os hospitais, quantos respiradores existem e quantos est�o dispon�veis para uso, a plataforma j� apresenta todos essas informa��es.
Em Minas Gerais, por meio da Neoway, foram captados 464 respiradores sem uso para serem reparados. “Alguns hospitais temiam que os aparelhos n�o fossem devolvidos depois de consertados. Quando a Pol�cia Mlitar chegou com a informa��o e os respiradores voltaram muito r�pido, houve at� o engajamento de outras institui��es de entregarem respiradores guardados para serem consertados tamb�m”, relata Rodrigo Matias, subsecret�rio da Secretaria do Planejamento e Gest�o.
Ele explica que as principais dificuldades foram aquisi��o de equipamentos de prote��o individuais (EPIs), compra de equipamentos de leitos de UTIs e respiradores, al�m de medicamentos. E que a agilidade no planejamento foi a principal caracter�stica para implementar a parceria, j� que as respostas precisavam ser r�pidas, no enfrentamento da doen�a.
Quanto aos EPIs, Matias ressalta que a plataforma ajudou na escolha de empresas confi�veis para fornecer os equipamentos. “N�s deu essa seguran�a na compra”. A tecnologia foi �til, tamb�m, na compra de equipamentos em grandes quantidades para serem repassados aos munic�pios menores, que encontravam dificuldades em adquirir esses materiais. “O estado tomou uma decis�o de comprar um quantitativo maior, estocar na Defesa Civil em Belo Horizonte e colocar � disposi��o dos munic�pios. Aqueles que tiverem interesse requisitam da administra��o estadual o quantitativo que eles precisarem e reembolsam o munic�pio, pelo mesmo valor que foi pago”, explica.
Uma parceria entre o Sesi, a Fiat e a ArcelorMittal tamb�m capacitou uma equipe para consertar respiradores. A tecnologia da plataforma atuou para mapear quantos equipamentos precisavam ser reparados e colocados em uso. “Inicialmente eram 333, a medida que eles foram sendo consertados e devolvidos, come�aram a aparecer respiradores que nem estavam na base de dados. E o estado conseguiu reparar 440 respiradores que estavam fora de uso”, completa Matias.
Com eles em funcionamento, dobrou o n�mero de leitos de UTI. Em m�dia, um aparelho custa R$ 70 mil e cada um pode salvar 10 vidas. A plataforma ajudou tamb�m na identifica��o de poss�veis fraudes em processos urgentes sem licita��o e amplia��o de fornecedores de itens de sa�de que estavam em falta no mercado.
“A tecnologia veio para ficar. Sem ela alguns feitos seriam imposs�veis. Por exemplo, conseguimos viabilizar 40 compras em 37 dias. Normalmente, seriam 125 em um ano ou 10 por m�s. Al�m disso, ela permitiu analisar o perfil de mais de 170 mil profissionais de sa�de que atuam em todos os 853 munic�pios mineiros”, ressalta Matias.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira