
N�vel baixo do Rio S�o Francisco dificulta retirada do vapor 'Benjamim Guimar�es' https://t.co/1DcZMxlXVF pic.twitter.com/D3LnKzb0Or
— Estado de Minas (@em_com) November 8, 2020
"Conversei agora com a presidente do Iepha, Michele Arroyo, e ela informou que a opera��o est� evoluindo de forma lenta por causa do n�vel da �gua do rio. Mas tudo est� sob controle, sem danificar a embarca��o", explicou o secret�rio, acrescentando que Michele est� em contato direto com o diretor da empresa encarregado do servi�o e acompanhando essa etapa em Pirapora. "Trata-se de uma manobra normal, ainda mais se considerarmos uma embarca��o antiga. O sistema � esse: boias v�o sendo infladas � medida que o vapor vai sendo retirado da �gua", disse Le�nidas.
A empresa vencedora — INC Ind�stria Naval Catarinense — foi conhecida em 30 de setembro, depois de anos de expectativa para come�o da interven��o no Benjamim Guimar�es. O valor total que ser� investido na recupera��o, do governo federal, via Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), � de R$ 3,7 milh�es, dos quais R$74.000,00 devem ser aportados pelo t�tulo de contrapartida. Le�nidas ressaltou que a empresa trouxe equipamentos e profissionais de Santa Catarina e "segue o cronograma de trabalho de um projeto complexo que levou dois anos para ser conclu�do".
OBRA A execu��o da obra est� prevista para ocorrer no prazo de seis a oito meses, conforme cronograma do conv�nio e do projeto executivo contratado pelo Iepha contados a partir da conclus�o do processo licitat�rio e assinatura do contrato.
Embarca��o hist�rica com sistema de propuls�o a vapor que usa lenha como combust�vel, o Benjamim Guimar�es receber� servi�os como a recupera��o e substitui��o da estrutura do casco, das estruturas em madeira, incluindo pisos, divis�rias, esquadrias e escadas. Tamb�m ser�o feitas novas instala��es el�tricas, hidrossanit�rias e de preven��o e combate a inc�ndio e p�nico, al�m de recupera��o dos sistema de governo, tel�grafo e das m�quinas alternativas de propuls�o.
“A a��o de reforma e restaura��o do Vapor Benjamim Guimar�es � um marco para o turismo e a cultura n�o s� da regi�o, mas de Minas e do Brasil. A hist�ria desta embarca��o � relacionada diretamente com o processo de implanta��o da navega��o comercial no Rio S�o Francisco entre a segunda metade do s�culo 19 e meados do s�culo 20, participando como refer�ncia fundamental na paisagem do rio e na mem�ria cultural coletiva local, regional e nacional”, destacou Le�nidas Oliveira.
A a��o de reforma e restaura��o da embarca��o inclu�da no �mbito do Projeto Estrat�gico Minas Cultural, do governo de Minas, teve seus recursos viabilizados a partir de conv�nio firmado com a Uni�o, por interm�dio do Iphan.
HIST�RIA A embarca��o foi constru�da em 1913, pelo estaleiro norte-americano James Rees e Sons e navegou alguns anos no Rio Amazonas sendo transferido para o Rio S�o Francisco a partir de 1920.
Transportou turistas pelo rio, sendo o �nico em funcionamento. Com capacidade para transportar at� 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros, ao vapor � permitido navegar em rio, lago e correnteza que n�o tenham ondas ou ventos fortes.
Como caracter�sticas construtivas, o bem cultural � uma embarca��o fluvial de popa quadrada, com m�quina � vapor de 60 cavalos de pot�ncia alimentada por lenha, e com uma capacidade m�xima de estocagem de 28 toneladas de combust�vel.
O sistema de propuls�o � o de roda de p�s localizado na popa, capaz de atingir at� 6,5 n�s de velocidade m�xima. O peso descarregado � de 243,42 toneladas, podendo ainda ser acrescido de mais de 66 toneladas, possui 43,85 metros de comprimento total e 7,96 metros de largura.
Benjamim Guimar�es � um dos �ltimos no mundo e tem sua hist�ria relacionada diretamente com o processo de implanta��o da navega��o comercial no Rio S�o Francisco entre a segunda metade do s�culo 19 e meados do s�culo 20, participando como refer�ncia fundamental na paisagem do rio e na mem�ria cultural coletiva local, regional e nacional.
Por uma recomenda��o da Capitania dos Portos teve suas atividades interrompidas em 2015, desde ent�o aguarda recupera��o de sua estrutura para retomar sua atividade.