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Estado de Minas ARTE URBANA

Morre em Val�ncia a artista Hyuro, autora de mural do Cura, em BH

Argentina destacava a figura da mulher em suas obras, como algu�m v�tima �s cargas do sistema capitalista


19/11/2020 20:29 - atualizado 19/11/2020 22:00

Obra da artista argentina foi vista na Avenida Amazonas, por meio do projeto Cura(foto: Cura/Divulgação)
Obra da artista argentina foi vista na Avenida Amazonas, por meio do projeto Cura (foto: Cura/Divulga��o)

O mundo da arte est� de luto nesta quinta-feira. Famosa pela produ��o de belos murais a c�u aberto, a argentina radicada em Valencia Tamara Djurovic, morreu aos 42 anos em virtude de leucemia. Desde o ano passado, a artista lutava com problemas graves de sa�de e n�o resistiu. Ela faleceu em sua casa, ao lado dos dois filhos e outros parentes. 
 
Hyuro era o nome em que ela adotava em suas milhares de obras espalhada por Brasil, M�xico, Estados Unidos e Marrocos e em boa parte da Europa. 
 
Entre muitas das quest�es abordadas por Hyuro na sua obra, destaca-se a figura da mulher, n�o s� do seu g�nero no contexto da sociedade patriarcal, mas tamb�m como algu�m presa aos preceitos e cargas impostas pelo sistema capitalista. A artista � considerada um dos principais nomes femininos do novo muralismo.

Por meio do projeto Circuito de Arte Urbana (Cura), criado em 2017, ela pintou, em novembro de 2018, o mural O que fica, de 1.060 m², na fachada cega do edif�cio hist�rico do Amazonas Palace Hotel, que aborda a viol�ncia e a solid�o das mulheres v�timas da criminaliza��o do aborto na Am�rica Latina.
 

Tristeza no Cura

"A Hyuro deixa um importante legado na arte urbana contempor�nea, pois ela � certamente um dos principais fen�menos do muralismo contempor�neo, como a conhecemos. J� pintou nos principais festivais do mundo e tinha uma trajet�ria s�lida, reconhecida, abrindo espa�o para as mulheres artistas. O que a Hyuro representa hoje para a hist�ria da arte urbana � muito relevante. � uma mulher que pintou no Cura e tem um trabalho muito poderoso, que fala muito do universo feminino de uma forma sutil. Estamos todos abalados com a morte dela", ressalta Juliana Flores, uma das idealizadoras do projeto na capital mineira.

Juliana tamb�m enaltece a import�ncia da artista no cen�rio de BH: "A pintura dela est� no edif�cil tombado que pintamos no Almirante Sapuca�, que � o Hotel Amazonas Palace. Ele mesmo tem arte dentro, uma hist�ria incr�vel. E ela pensou nas paletas de cores de forma a dialogar com esse edif�cil tombado, com seu entorno. Fez um trabalho primoroso, que levou o nome de Belo Horizonte pelo mundo. Muito conheceram a cidade e o festival por esse trabalho que ela fez. Ainda bem que temos a sorte e o presente ter de um dos murais na nossa cidade". 

Os tra�os de tr�s das paredes mais ic�nicas da cidade tamb�m est�o preservadas em Val�ncia: uma homenagem a Jane Jacobs que pintou em 2019 no bairro Caba�al; sua participa��o no projeto Sense Murs, no bairro de La Punta, com a figura gigante de uma mulher defendendo o jardim de tomate; e a sua interven��o na fachada do edif�cio La Base, na Marina, onde realizou uma das suas conhecidas cenas de multid�es.

Amantes da arte e celebridades brasileiras lamentaram a morte da artista. Perdemos hoje uma das maiores muralistas do mundo, a Hyuro, autora do mural "O que fica", produzido em uma das edi��es do Cura. Nos deixou esse presente, que provoca quem passa pelo centro de BH. Triste por sua passagem", ressalta a atriz e vereadora de BH, Cida Fallabela (Psol). 
 
 
 


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