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Estado de Minas PANDEMIA

Ensino infantil da rede privada de BH reivindica valida��o de aulas remotas pela prefeitura

Carreata na manh� deste s�bado (21) reuniu professores, pais e alunos. Alguns defendem retorno presencial imediato e outros pregam cautela. Carro de som foi barrado pela pol�cia no in�cio do protesto


21/11/2020 11:15 - atualizado 21/11/2020 14:08

O protesto começou na Praça do Papa, Zona Sul de BH(foto: Leandro Couri/DA Press-EM)
O protesto come�ou na Pra�a do Papa, Zona Sul de BH (foto: Leandro Couri/DA Press-EM)

Uma carreata de professores e pais de alunos da rede privada de ensino infantil, iniciada na Pra�a do Papa, Zona Sul da Capital, na manh� deste s�bado (21), teve o carro de som barrado pela Pol�cia Militar logo na sa�da. Ela seguia em dire��o � Prefeitura de Belo Horizonte.

Mesmo com autoriza��o oficial para o modelo do protesto, as organizadoras foram orientadas a descer do ve�culo, por apresentar riscos de acidentes. A fila de carros p�de seguir o trajeto at� o Centro, com a escolta do Batalh�o de Tr�nsito da PM.

A concentra��o come�ou cedo e reuniu centenas de pessoas, com cartazes e bal�es colados nos carros. Organizada por um grupo de professoras, que depois de conversas informais, decidiu convocar os demais profissionais da educa��o para o protesto. Segundo as educadoras Ana Paula Moreira Ramos e Ana Paula Oliveira Duarte, o objetivo do protesto � chamar a aten��o da prefeitura para a valida��o das aulas remotas do ensino infantil, iniciadas em abril, logo no in�cio da pandemia, para que os alunos n�o percam o conte�do do ano letivo.

O batalhão de trânsito não permitiu que as organizadoras viajassem na carroceria. Mas assegurou o protesto com escolta(foto: Leandro Couri/DA Press-EM)
O batalh�o de tr�nsito n�o permitiu que as organizadoras viajassem na carroceria. Mas assegurou o protesto com escolta (foto: Leandro Couri/DA Press-EM)
Segundo Ana Paula Oliveira, a prefeitura j� validou as aulas remotas do ensino fundamental e m�dio, mas ainda n�o se manifestou sobre a educa��o infantil. "As crian�as est�o participando, o aprendizando acontecendo, mas, teoricamente, n�o est� valendo. Dependemos do prefeito dar o aval."
 
Elas lembram que, desde o in�cio do isolamento social provocado pela pandemia, se organizaram para a continuidade da atividade pedag�gica e educativa de forma remota, e, diferentemente de prefeituras como de Betim, Contagem, Sete Lagoas, a da capital ainda n�o validou essas atividades.
 
As professoras contaram que j� vinham trabalhando em protocolos para retorno �s aulas presenciais e est�o prontas para o retorno, faltando apenas a data a ser definida pelo Executivo municipal para se adequar �s determina��es das autoridades sanit�rias do munic�pio. 
 
Presente no protesto, a administradora de empresas Larissa Lima defendia o retorno imediato �s aulas. Com um filho de 3 anos no ensino infantil, reclama que o ensino a dist�ncia prejudica as crian�as "por perderem o contato uns com os outros".

Ela reclama do tempo de isolamento e questiona a abertura de outros setores "n�o essenciais" e as escolas permanecerem fechadas. "S�o bares, boates, casas de eventos e o que � mesmo essencial, que � a educa��o, permanece sem atividades presenciais."
 
O servidor p�blico Ned Rodrigues, que tamb�m � estudante de direito, pai de uma filha de 10 anos, reconhece ser necess�rio ter cautela num poss�vel retorno, mas acredita que nada substitui as aulas presenciais. "O principal agora � validar aquilo que foi aprendido at� o momento, para que n�o se perca o ano letivo."
 
Sobre o retorno �s aulas presenciais a prefeitura informou em nota que todos (alunos, pais e professores) das redes p�blica e particular est�o sofrendo com aus�ncia de aulas presenciais, mas que um retorno precoce "trar� risco de surtos nas escolas, como ocorreram em v�rios estados e pa�ses que reabriram as escolas precipitadamente sob press�o. Queremos reabrir no tempo certo e com seguran�a para evitar idas e vindas que s�o ainda mais prejudiciais para o desenvolvimento escolar dos alunos".
 
A Secretaria Municipal de Sa�de soltou nota t�cnica esclarecendo que n�o � seguro liberar a volta �s aulas "antes de atingirmos a taxa de 20 casos por 100 mil habitantes, em um per�odo sustentado de 14 dias." 
 
Com a taxa  atual acima de 60 casos por 100 mil habitantes, a Secretaria Municipal de Educa��o "se basear� na determina��o da Prefeitura que segue obedecendo os par�metros cient�ficos e aguardar� o momento certo de retorno. Todos os investimentos necess�rios ao cumprimento dos protocolos de seguran�a  foram feitos." E que est� preparada para o retorno, mas, diz a nota, "infelizmente, n�o s�o os protocolos que definem o retorno das aulas". Segundo a secretaria foram investidos R$ 14 milh�es de insumos sanit�rios mas que "as escolas n�o estar�o livres de surto enquanto o v�rus circular com a intensidade que est� circulando pela cidade."
 
Sobre a valida��o do ensino infantil remoto da rede privada, a PBH informou que "nesse caso, o respons�vel pela rede particular de ensino infantil � o Conselho Municipal de Educa��o, o fundamental e m�dio da rede particular s�o de responsabilidade do Conselho Estadual de Educa��o."
 
Segundo Bernadete Baless, do Conselho Municipal de Educa��o (CME), o conselho j� se manifestou favor�vel ao registro de todas as atividades e que o valor pedag�gico n�o est� perdido. "O que somos contr�rios, e o somos com base na proposta curricular para Educa��o Infantil assim como na LDB, � a valida��o das aulas remotas para c�mputo de carga hor�ria uma vez que n�o h� reten��o na educa��o infantil e a pr�pria lei de excepcionalidade, publicada recentemente pelo governo federal, flexibiliza tanto os dias letivos quanto a carga hor�ria na Educa��o Infantil."
 


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