
As investiga��es tiveram in�cio no ano passado. Segundo o delegado Wagner Salles, chefe da Pol�cia Civil, o alvo principal das investiga��es foram os receptadores. A pol�cia esbarrou com propriet�rios de ferro-velhos e fundi��es, que se passavam por empres�rios, mas que na verdade seriam criminosos, j� que toda a produ��o era oriunda de material roubado.
Alguns detalhes, segundo o delegado, chamam a aten��o, como o caso de Santa Luzia, onde al�m do crime de recepta��o, Waldemir Gon�alves, que se apresentava como propriet�rio de uma fundi��o, � tamb�m envolvido em crime ambiental. “Ele retirava o material desejado, que servia para a fundi��o, de dento de baterias est�ticas, roubadas de esta��es de telefonia, e os restos, eram jogados no Rio das Velhas.”
Um dos presos, Jo�o L�cio, conhecido por Jo�o Bala, tinha 53 passagens pela pol�cia, mas estava em liberdade. O delegado, ao ser cobrado sobre os motivos que permitem que uma pessoa com tantos crimes possa estar em liberdade, disse que cabe � pol�cia prender os criminosos, no entanto, quem cuida dessa parte � outro poder.
Nos tr�s casos, segundo ele, todo o material utilizado nas fundi��es era adquirido por meio de roubo. “Apreendemos, nos tr�s lugares, baterias estacion�rias, fios de cobre, fios de alum�nio, fios de alta tens�o, fios de telefonia, que, nesse caso, foram mais de 100 quilos”, afirma o delegado Wagner.
Ele explica que a opera��o, batizada de 'Choque de ordem 2', prossegue, com o intuito de identificar quem seriam os receptadores intermedi�rios, aqueles que recebem o furto e os repassam �s fundi��es. “Esses s�o os que ganham muito dinheiro”, afirma.
O delegado afirma ainda que nos casos do material roubado, ele acaba retornando �s cidades por meio de empresas p�blicas ou privadas, que acabam comprando o material oferecido por essas fundi��es.
Foi poss�vel, tamb�m, identificar onde come�a o elo dessa cadeia, ou seja, quem s�o os ladr�es, segundo o delegado. “Os ladr�es s�o pessoas em situa��o de vulnerabilidade social. S�o moradores de rua e usu�rios de drogas”, diz.
“Esse tipo de crime cria problemas para a sociedade de um modo geral, pois afeta �rg�os p�blicos, empresas, paralisa o tr�nsito, deixa resid�ncias �s escuras ou sem comunica��o, ou seja, atormenta a sociedade”, finaliza o delegado Wagner. As investiga��es tiveram a participa��o do delegado Hugo Arruda.
Errata
Ao contr�rio do publicado, Jo�o L�cio Coelho, conhecido como Jo�o Bala, n�o possui 53 passagens pela pol�cia, sendo que o mesmo prestou esclarecimentos, foi liberado, sendo isentado de culpa.